Venezuela/Maduro exibe espada de Simón Bolívar em marcha contra o "imperialismo"
Oato, na terça-feira, ocorreu um dia depois de os Estados Unidos designarem o denominado 'Cartel dos Sóis' como organização terrorista internacional.
"Juro diante deste céu, juro diante
de nosso senhor Jesus Cristo, que darei todo o meu esforço pela vitória da
Venezuela contra as ameaças e agressões do imperialismo", afirmou Nicolás
Maduro ao liderar um juramento do qual participaram os presentes.
Maduro, vestido com camuflado e rodeado
pelos seus ministros, falou no Pátio de Honra da Academia Militar da Venezuela,
situada no Forte Tiuna, um dos principais complexos militares do país, até onde
chegou a numerosa mobilização.
"Recebo-a 200 anos depois com a sua
energia e a sua força libertadora, emancipadora dos povos, esta é a espada da
vitória de toda a América do Sul", disse o Presidente da Venezuela após
desembainhar a espada dourada, que foi um presente que a Câmara Municipal de
Lima entregou a Bolívar a 30 de outubro de 1825, após as vitórias das batalhas
de Junín e Ayacucho, no Peru, como parte da guerra de independência.
A mobilização chavista homenageou o
bicentenário da espada, que foi transportada num carro dentro de uma urna de
vidro pelo Passeio Los Próceres, onde normalmente se celebra o desfile do Dia
da Independência.
Para além do seu significado histórico,
a espada de Bolívar tornou-se também um símbolo do próprio chavismo: tanto o
falecido presidente Hugo Chávez como Maduro têm atribuído réplicas desta a quem
consideram aliados em diferentes contextos.
Chávez ofereceu réplicas a vários
dirigentes nas suas visitas à Venezuela, como o russo Vladimir Putin, o sírio
Bashar al-Assad, o líbio Muamar al-Kadhafi, o cubano Raúl Castro, o boliviano
Evo Morales ou a argentina Cristina Fernández de Kirchner.
Maduro também presenteou com estas
réplicas da espada outros chefes de Estado, incluindo novamente Putin ou o turco
Recep Tayyip Erdogan, e líderes do chavismo que foram alvo de sanções dos
Estados Unidos.
A Espada do Peru tem uma bainha feita de
ouro maciço, com diamantes e brilhantes no punho, assim como várias inscrições
gravadas na lâmina, incluindo no verso "Simón Bolívar" - "União
e Liberdade", e do lado contrário "Libertador da Colômbia e do
Peru".
O Governo chavista rejeitou na
segunda-feira a designação norte-americana do Cartel dos Sóis como grupo
terrorista, considerando "inexistente" a organização.
Apontou ainda que o governo de Donald
Trump reedita uma "vil mentira" para justificar uma intervenção, num
momento de tensões entre os dois países provocadas pelo destacamento militar
norte-americano nas Caraíbas.ANG/Lusa

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