sexta-feira, 28 de maio de 2021

                      
                 Função Pública
/ UNTG entrega novo Pré-aviso de greve

Bissau, 28 Mai 21 (ANG) - A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) entregou ao Governo um novo pré-aviso de greve na Função Pública para o mês de junho, disse quinta-feira o secretário-geral da central sindical, Júlio Mendonça.

A UNTG tem convocado, desde Dezembro, ondas de greves gerais na função pública, reivindicando   melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa (76 euros) para o dobro.

O Ministério das Finanças  anunciou na semana passada que condicionou o pagamento de salários de funcionários de vários ministérios ao desconto de faltas dadas por funcionários que observam a greve desde Dezembro.

"Agora complicou-se, porque passamos também a exigir o pagamento de todos os salários em atraso devidos aos funcionários públicos", afirmou o secretário-geral da UNTG, salientando que em 2003, por exemplo, estiveram sem receber durante nove meses.

Segundo Júlio Mendonça, na adenda ao memorando de entendimento, assinada em Março de 2020 com o Governo está acordado o "pagamento dessas dívidas faseadamente e que nunca foram pagas".

O pré-aviso de greve compreende o período entre 01 e 20 de junho.ANG/Lusa

 

Era colonial/Alemanha admite pela primeira vez ter cometido genocídio na Namíbia

Bissau, 28 Mai 21(ANG) – A Alemanha admitiu hoje pela primeira vez ter cometido “genocídio” contra as populações de etnia herero e nama, na Namíbia, durante a era colonial e vai pagar ao país mais mil milhões euros em ajudas ao desenvolvimento.


Em comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, saudou um “acordo” com a Namíbia, após mais de cinco anos de duras negociações sobre os acontecimentos ocorridos neste território africano colonizado pela Alemanha entre 1884 e 1915.

Os colonos alemães mataram dezenas de milhares de herero e nama em massacres entre 1904 e 1908, considerados por historiadores como o primeiro genocídio do século XX.

“À luz da responsabilidade histórica e moral da Alemanha, vamos pedir perdão à Namíbia e aos descendentes das vítimas pelas atrocidades cometidas”, disse o ministro.

Num “gesto de reconhecimento do imenso sofrimento infligido às vítimas, a Alemanha vai apoiar na reconstrução e desenvolvimento da Namíbia através de um programa financeiro de 1,1 mil milhões de euros”, acrescentou.

O ministro especificou que não se trata de indemnização de base jurídica e que esse reconhecimento não abre caminho a qualquer “pedido judicial de indemnização”.

Esse valor será pago num período de 30 anos, segundo fontes próximas das negociações, e deve beneficiar principalmente os descendentes dessas duas etnias.

“Não podemos traçar um limite com o passado. O reconhecimento da culpa e o pedido de perdão são, porém, um passo importante para superar o passado e construir juntos o futuro”, disse o ministro.

Num desejo de reconciliação, em 2019 a Alemanha entregou à Namíbia os ossos de membros das tribos exterminadas herero e nama.

Um gesto considerado claramente insuficiente pelos descendentes e pelas autoridades namibianas que exigiram um pedido oficial de desculpas e indemnizações.

A Alemanha opôs-se repetidamente a isso, citando os milhões de euros em ajudas ao desenvolvimento concedidas à Namíbia desde a sua independência em 1990.

As tribos herero representam agora cerca de 7% da população da Namíbia, em comparação com os 40% no início do século XX.

A Alemanha e a Namíbia têm estado em conversações desde 2015 sobre a revisão das atrocidades cometidas pelo Império Alemão durante o período colonial e possíveis compensações.

A ocupação alemã de territórios actualmente pertencentes à Namíbia teve lugar entre 1884 e 1915.

A 12 de Janeiro de 1904 houve uma primeira revolta dos herero contra o domínio colonial alemão, seguida, em Outubro, pela revolta da população nama.

Estima-se que os soldados do imperador Guilherme II tenham exterminado 65.000 hereros de uma população de 80.000 e pelo menos 10.000 dos 20.000 nama.

Em Novembro de 2019, o parlamento alemão usou pela primeira vez a palavra “genocídio” para se referir a este massacre e o negociador alemão, Ruprecht Polenz, adiantou que o acordo com a Namíbia estava próximo.ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

Política/Quadros Técnicos do MADEM G15 exigem abandono do partido à coligação  governamental dentro de 72 horas

Bissau,28 Mai 21(ANG) – Os quadros técnicos do Movimento para Alternância Democrátrica(Madem G15), exigiram esta sexta-feira a Direcção Superior do partido que abandone a  actual coligação governamental  que suporta o Governo liderado por Nuno Gomes Nabiam dentro 72 horas.

A exigência foi feita através de uma conferência de imprensa, pelo secretário nacional dos quadros técnicos do Madem G15, Aliu Cassamá.

Na ocasião, Cassamá justificou a decisão com alegações de que o partido esta a perder, aos ,poucos, o espaço privilegiado que ocupa na aliança política que suporta a nova maioria na Assembleia Nacional Popular e no governo.

“Desde a formação do Governo  depois das eleições presidenciais de Dezembro de 2019,  o Madem G15, em nome de estabilidade política e paz social, aceitou o número de pastas ministeriais que lhe foi atribuído, em resultado dos acordos assinados para viabilizar o executivo de Nuno Nabiam”, referiu.

Aliu Cassama disse que, o Madem G15 sempre cumpriu as orientações do seu coordenador Braima Camará no sentido de  aceitar os sacrifícios de forma a salvaguardar a estabilidade da coligação.

“Mas, o que viemos a constatar é que, de facto, os representantes do Madem G 15 no Governo estão a perder espaços e protagonismo, na qualidade do maior partido dentro da coligação que sustenta o Governo”, disse.

Acrescentou que há bem pouco tempo, antes da remodelação governamental, os dirigentes do Madem G15 esperavam manter com as pastas governamentais anteriormente ocupadas, o que não veio a acontecer tendo sido subtraído ao partido dois pelouros.

“Como se isso não bastasse, constatamos a tomada de várias decisões ao nível do Governo sem uma prévia consulta ao partido, em particular ao seu coordenador Braima Camará”, disse.

Aquele responsável sublinhou que após uma ronda de auscultações levadas a cabo junto das estruturas de base do partido, no Sector Autónimo de Bissau, constaram que os militantes do partido estão com mágoa e a sofrer com essas situações, “porque o Madem G15 nem sequer conseguiu dar bolsas de estudos para a sua juventude”.

Disse que o conjunto dessas situações
está a criar um mal estar dentro do partido, acrescentando que não podem fazer parte de uma estrutura tão importante no partido, para estarem calados e impávidos a verem situações do género a acontecer.

Cassamá acusou a Direcção Superior do Madem G15, e o  seu coordenador, Braima Camará de  serem os culpados por tudo o que estão a enfrentar nesse momento, acrescentando que “as pessoas estão a abusar da passividade e bom senso de Braima Camará”.

Perguntado  se já informaram aos órgãos superiores do partido sobre a exigência de abandonar a coligação que suporta o  executivo de Nuno Gomes Nabiam, o secretário nacional dos Quadros do Madem G15, disse que sim, e que já esgotaram todas as formalidades nesse sentido.ANG/ÂC//SG

 

 

 

 

Comunicação social/Ministro promete encaminhar os processos da efetivação dos estagiários para a Função Pública

Bissau, 28 Mai 21 (ANG) – O ministro da Comunicação Social (MCS), prometeu encaminhar brevemente os processos de efectivação dos  estagiários afectos aos órgãos públicos ao Ministério da Função Pública.

Fernando Mendonça, falava  à imprensa após uma visita que efectuou hoje à Televisão da Guiné-Bissau (TGB) e a Rádio Difusão Nacional (RDN).

Mendonça mostrou-se satisfeito com a nova dinâmica que o actual Director Geral daquela estação televisiva Amadu Djamanca está a levar a cabo, e aproveitou o momento também para elogiar um bom entendimento constactado entre a actual Direcção e o Sindicato de Base dos Trabalhadores da TGB..

O governante  aconselhou aos Sindicatos de Base da TGB e RDN  para evitarem da greve como forma de  bloquear
as instituições.

“Não digo que os funcionários não têm direito de ir à greve para chamar atenção ao patronato, caso algo não esteja a andar bem., Aí compreenderemos  que há necessidade sim de vocês irem à greve. A nossa responsabilidade é negociar e tentar cumprir  as vossas exigências”, disse o ministro da Comunicação Social.

Segundo Fernando Mendonça  as greves estão ser utilizadas de forma exagerada para prejudicar o país. ANG/LLA/ÂC//SG  

   

 

quinta-feira, 27 de maio de 2021

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Dia Nacional da Música/Músico João Cornélio diz que a efeméride deve servir para pensar José Carlos Schwars

Bissau 27 Mai 21 (ANG) – O músico nacional João Cornélio Gomes Correia afirmou hoje que o Dia Nacional da Música, 27 de Maio, data em que faleceu o pioneiro da música moderna guineense, José Carlos Schwarts deve servir de reflexão para todos os músicos da Guiné-Bissau.

O ex-Director-geral da Cultura, numa entrevista exclusiva à ANG, no dia em que o país assinala mais um ano do desaparecimento físico do músico, disse que, o que José Carlos e os colegas nomeadamente Ernesto Dabo, Aliu Bari e outros fizeram para a revolucionar a musica guineense mereciam uma grande homenagem por parte dos músicos e não só .

“O José não era apenas o músico, mas também poeta, politico e combatente da liberdade da pátria, daí que deve, sempre, ser recordado com grandes eventos para fazer os mais jovens saber quem foi este grande homem e segui-lo como sendo uma referência”, sublinhou.

Cornélio Gomes Correia disse que José Carlos morreu tão novo, com 27 anos de idade, mas que deixou grandes obras ou seja “como dizia o poeta Fernando Pessoa,  o homem morre a obra nasce”.

Para o músico, o sentido das composições musicais de José Carlos não correspondia com a de alguém com a  sua idade, e  o exemplo dele deve servir para inspirar os mais novos.

Gomes Correia frisou que deve-se fazer um esforço para se voltar às origens ou seja aos anos 70 e 80 , em que a música estava no seu apogeu, uma vez que, diz Cornélio, existia orquestras musicais por todos os lados do país e possuíam a sua autonomia financeira, sem depender do Estado.

João Cornélio considerou José Carlos de um génio e que os seus feitos deviam ser ensinados nas escolas, enquanto património cultural e material para orientar os mais novos.

Segundo ele, apesar de a força dos músicos não ser relevante, está-se a  tentar  criar uma Escola de Música, como no passado.

Correia considera uma vergonha o facto de o país não dispor   de nenhuma sala de espetáculos, salientando que o Espaço Lenox  e outros locais onde fazem shows representam uma alternativa e não espaços próprios.

Para Cornélio Correia entre os sectores que mais evoluíram no país está a área da música, não obstante a inexistência de uma escola, nem lojas de venda de  de instrumentos musicais.

“Mesmo com essas vicissitudes houve uma revolução e os músicos da nova geração estão a revelar-se muito bem, não ficamos para trás em relação aos cantores de outras paradas do mundo”, disse .

Cornélio Correia disse que tudo isso já foi demostrado e confirmado com a recepção de  músicos estrangeiros que fizeram shows no Estadio 24 de Setembro onde houve muita presença do público, mas que nenhum deles encheu aquele lugar como os artistas nacionais,  casos de Charbel Pinto, As One, Klash, Justino Delgado, Rui Sangara, Eric Daro, o que, segundo Correia, demonstra  que o público guineense está com os artistas nacionais.

“Têm qualidades e valores por isso merecem apoio e atenção do Governo, que deve criar instrumentos que protegem as obras dos artistas, e leis sobre a pirataria ajudando artistas a viverem do seu trabalho como acontece em outros países do mundo”, enalteceu.

Para o músico a importância da área da cultura e desportiva deve passar de discursos à prática e como sendo elementos fundamentais da unidade nacional devem ser priorizados com investimentos sérios, porque “quando a cultura e o desporto nos une só há uma Nação, um povo, todos comem num só cabaz ninguém lembra se é do partido azul ou branco”.

O antigo DG da Cultura diz que  apesar da sua importância, a cultura é simplesmente posta de lado, acrescentando que exemplo disso é que até agora não existe uma sede da Cultura, volvidos vários anos de  independência.

Disse que não foi por isso que José Carlos e seus camaradas batalharam enquanto Combatentes da Liberdade da Pátria, uma vez que usaram a música como arma de mobilização ou seja, o crioulo em que cantavam, para passar as mensagens não era compreendida pelos colonialistas portugueses, o que terá ajudado na consciencialização da população sobre a necessidade de se lutar para se obter a liberdade.

Gomes Correia referiu que já se passaram 44 anos anos desde a  morte de José Carlos mas que a sua música  se mantém actual como nunca  e que, se estivesse vivo, teria 71 anos de vida e obra daquele que foi músico, poeta, politico e Combatente da Liberdade da Pátria.

“Apesar de morrer muito novo a sua maturidade não tinha nada a ver com a sua idade. Ele era um Génio", vincou João Cornélio Gomes Correia.ANG/MSC/AC//SG

 

 

 

Saúde pública/ANAPROFARM aconselha associados para não adquirirem medicamentos junto das entidades não autorizadas para a venda

Bissau,27 Mai 21(ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias aconselhou aos seus associados a se abdicarem de adquirir medicamentos na posse de instituições  não autorizadas para a sua venda.

Abdalla Hi Salum em declarações exclusivas à ANG, disse que é condenável pela lei, uma empresa que não é grossista de venda de medicamentos estar a importar e a comercializar  medicamentos.

“Existe o caso da Farmácia SS que nunca chegou de concorrer para a licença de operadora grossista de comercialização de medicamentos e que agora é permitida exercer actividades de venda de medicamentos de proveniência e qualidade duvidosa”, revelou.

Perguntado sobre em que circunstâncias a Farmácia “SS” entrou como grossista de venda de medicamentos sem passar por um concurso, Abdalla Salum disse que a Anaprofarm pediu  explicações às autoridades competentes e a resposta que tiveram é de que  a referida Farmácia teve  autorização para importar apenas 20 contentores de medicamentos.

“Mesmo assim ficamos indignados com a situação porque não podem conceder autorização para importar essa quantidade de medicamentos. No mínimo, podiam autorizar apenas um ou dois contentores para o seu consumo, mas a quantia superior significa permitir-lhe fazer a venda a grosso, o que não é normal”, criticou.

O Presidente da Anaprofarm disse contudo estar esperançado de que o novo ministro de Saúde irá tomar medidas para sanear essa situação que diz ser ilegal.

Adiantou  que existem outras instituições que importam medicamentos utilizando as licenças da  Central de Comercialização de Medicamentos Essenciais(CECOMES), que já deixou de operar como grossista de medicamentos, há muitos anos.

Abordado sobre o que essa situação pode acarretar para a saúde das populações, Abdalla Salum disse que, em muitas ocasiões, as pessoas queixam-se de ter tomado um certo medicamento e não surtiu efeitos na sua saúde, acrescentando que isso é motivada pela venda de medicamentos duvidosos, cujos nomes são falsificados.

Disse  que os medicamentos a serem vendidos no país devem ser idênticos
aos do   Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri ou  outros países.ANG/ÂC//SG  

 

                Mali/Presidente e primeiro-ministro de transição libertados

Bissau,  27 Mai 21(ANG) – O Presidente do Mali e o primeiro-ministro de transição, presos na segunda-feira e demissionários de acordo com os militares, foram libertados durante a noite, disse um oficial militar à Agência France-Presse (AFP).

“O primeiro-ministro e o presidente de transição foram libertados por volta das 01:30 (horário local). Mantivemos a nossa palavra”, disse, sob condição de anonimato.

Diversos membros da família confirmaram a libertação.

Os dois homens voltaram para casa, em Bamako, sem que as condições para sua libertação tivessem sido especificadas, acrescenta a AFP.

A libertação foi uma das reivindicações da comunidade internacional face ao que corresponde ao segundo golpe de Estado no Mali em nove meses.

O homem forte no poder do Mali, o coronel Assimi Goita, fez com que o Presidente, Bah Ndaw, o primeiro-ministro, Moctar Ouane, mas também o novo ministro da Defesa, que tinha acabado de ser escolhido, bem como outras personalidades de destaque, fossem presos na segunda-feira.

O coronel Goita acusou-os de terem formado um novo Governo sem o consultar enquanto vice-presidente encarregado das questões de segurança, um papel fundamental num país em turbulência e com violência de todos os tipos, incluindo ‘jihadistas’.

Os soldados indicaram na terça-feira que Ndaw e Ouane renunciaram, sem que ninguém soubesse em que condições.

Desde a sua detenção, o Presidente e o primeiro-ministro de transição foram mantidos em segredo no campo militar de Kati, a cerca de 15 quilómetros de Bamako.

A detenção de Ndaw e Ouane ocorreu horas após o anúncio da composição de um novo Governo formado pelo primeiro-ministro, o que, segundo várias fontes, causou desconforto entre os líderes do golpe militar pela exclusão de dois comandantes militares.

O Conselho de Segurança da ONU condenou hoje, em declaração aprovada por unanimidade, a destituição pelos militares das autoridades de transição no Mali, sem falar em golpe de Estado, nem prevendo a possibilidade de medidas coercivas.

“Os membros do Conselho de Segurança condenam veementemente a prisão do presidente e do primeiro-ministro responsável pela transição, bem como de outros funcionários por elementos das forças armadas”, lê-se na declaração tornada pública.

“Impor uma mudança de rumo da transição pela força, inclusive por renúncias forçadas, (é) inaceitável”, especifica o texto.

Desde a sua independência de França, em 1960, o Mali foi palco de vários golpes de Estado, resultantes de motins por militares em 1968, 1991, 2012 e 2020. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Desporto-Futebol/Guiné-Bissau acolhe  jogos da segunda série do Torneio “UFOA”

Bissau, 27 Mai 21 (ANG) – A Guiné-Bissau, receberá nos próximo dias 28 à 30 de corrente mês, os jogos da segunda série do primeiro Torneio de Sub-15 da União de Federações Oeste Africana (UFOA) promovida pela Confederação Africana de Futebol (CAF).

De acordo com as informações reveladas pela “Site” da Federação de Futebol Cabo-Verdiana, o torneio tem como o objectivo, promover o futebol juvenil dos países de Sub-região.

O referido Site indica que participam no torneio oitos países nomeadamente a Guiné-Bissau, Cabo-verde, Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri, Mali, Libéria e a Seraleoa, e que  o critério do torneio é todos contra todos e será disputado em duas séries.

As partidas da primeira série já foram disputadas na Guiné-Conacri na semana passada, com a participação das equipas da Guiné-Conacri, Mali, Libéria e a Saraleoa.

A Guiné-Conacri já está apurada para a fase-final do torneio e aguarda a finalista da segunda série para disputarem o final da prova.

Os jogos da próxima série serão realizados em Bissau entre  a  Guiné-Bissau, Cabo Verde, Senegal e Gâmbia, e o vencedor desta serie  irá disputar a final do torneio  UFOA com a  Guiné-Conacri . ANG/LLA/ÂC//SG        

 

Ruanda/Macron reconhece  "as responsabilidades" da França no genocídio de 1994

Bissau, 27 Mai 21 (ANG) - O Presidente francês Emmanuel Macron afirmou esta quinta-feira, 27 de Maio, no Ruanda que reconhece "as responsabilidades" da França no genocídio de 1994, em particular por ter optado durante "muito tempo pelo silêncio em vez da verdade".

O Presidente francês está em visita ao Ruanda, presente esta manhã no Memorial do Genocídio Emmanuel Macron admitiu erros de Paris no decurso dos eventos em 1994 e afirmou esperar o perdão pelos mesmos.

O chefe de Estado do Ruanda, Paul Kagamé, por seu lado, afirmou que o discurso do seu homólogo foi de uma grande coragem e teve mais valor do que um pedido de desculpas. 

"Hoje aqui, com humildade respeito, venho reconhecer nossas responsabilidades", afirmou Emmanuel Macron num discurso muito aguardado no Memorial do Genocídio em Kigali.

"Os assassinos que ensombraram as colinas, as igrejas não tinham o rosto da França. Ela não foi cúmplice. O sangue derramado não desonrou as armas nem as mãos dos seus soldados. Estes viram também com os próprios olhos perpetrar-se o indescritível, estancaram feridas e abafaram as suas lágrimas", disse.

"A França tem um papel, uma história e uma responsabilidade política no Ruanda", declarou o chefe de Estado francês que reconheceu "as nossas responsabilidades, reconhecer este passado é também e, sobretudo, prosseguir um trabalho de justiça".

Emmanuel Macron é o primeiro Presidente francês desde 2010 a visitar o Ruanda, que durante muito tempo acusou a França de cumplicidade na morte de 800.000 ruandeses, a maioria Tutsi.

A França compromete-se "a que nenhuma pessoa suspeita de crimes de genocídio possa escapar ao trabalho dos juízes. Só os que atravessaram a noite podem, talvez, perdoar. E nos possam, então, brindar com a dádiva de nos perdoarem."

O papel da França antes, durante e depois do genocídio de Ruanda é um tema sensível há anos, e chegou a provocar a ruptura das relações diplomáticas entre Paris e Kigali entre 2006 e 2009.

 Um relatório de historiadores publicado em Março e coordenado por Vincent Duclert concluiu que a França tinha "responsabilidades pesadas e avassaladoras" e que o então Presidente socialista François Mitterrand e os seus políticos "fecharam os olhos" pela deriva racista e genocida do governo hutu, então apoiado por Paris.

 A associação de sobreviventes do Ibuka lamentou a falta de um pedido de "desculpas" de Emmanuel Macron. No Memorial do Genocídio, repousam os restos mortais de 250.000 das mais de 800.000 vítimas de uma das tragédias mais sangrentas do século XX.

Com este discurso, o Presidente francês vai mais longe que seus antecessores, em particular Nicolas Sarkozy, o único Presidente francês a ter viajado para Kigali desde o genocídio de 1994. Nicolas Sarkozy reconheceu, na altura, "graves erros" e "uma forma de cegueira" das autoridades francesas, que tiveram consequências "absolutamente dramáticas".

Para o presidente de Ruanda, Paul Kagame, que liderou a rebelião tutsi que pôs fim ao genocídio, o relatório dos historiadores marcou uma mudança de rumo nas relações entre os dois países.

Durante visita à França na semana passada, Paul Kagame declarou que o informe abriu o caminho para que França e Ruanda tenham "uma boa relação". "Posso viver com as conclusões do relatório", disse Kagame em entrevista à RFI e France 24.

Para concretizar a normalização das relações bilaterais, os dois Presidentes chegaram a um acordo sobre o regresso de um embaixador francês a Kigali. O posto que está vago desde 2015.

Depois de Ruanda, Emmanuel Macron segue para a África do Sul, onde se reunirá com o Presidente Cyril Ramaphosa para abordar a luta contra a pandemia da Covid-19 e seu impacto na economia mundial. ANG/RFI

 

Saúde reprodutiva/Fórum Nacional da Juventude e População capacita líderes juvenis em matéria de Saúde Sexual Reprodutiva

Bissau,27 Mai 21(ANG) – O Fórum Nacional da Juventude e População(FNJP),  leva a cabo desde o dia 26 do corrente mês uma acção de formação de  20 líderes juvenis provenientes da capital Bissau e das oito regiões do país, no domínio de acesso dos adolescentes às informações relacionadas com a Saúde Sexual Reprodutiva.


Em declarações á imprensa, na abertura do evento, o secretário executivo do FNJP, Baite Badjana disse que  a formação se enquadra nas recomendações do CIP-19/Nairobi que é a Conferencia Internacional da População e Desenvolvimento, realizada em 2019.

Baite Badjana disse  que no cumprimento das  referidas recomendações a  Guiné-Bissau se engajou em elevar certos indicadores, dentre os quais a elevação do nível de conhecimento de adolescentes guineenses sobre a saúde sexual reprodutiva.

Badjana disse  que os participantes no evento verão as suas capacidades reforçadas em matéria de Saúde Sexual Reprodutiva, frisando que, por isso, farão parte dos conteúdos,  a noção sobre a adolescência, sexualidade, métodos anticonceptivos, comunicação para a mudança de comportamentos, direitos sexuais e reprodutivos.

O secretário executivo do FNJP aproveitou a ocasião para apelar as autoridades competentes no sentido de fazerem diligências para o termino das paralizações no sector da saúde.

“O nosso sistema de saúde, por sí só é deficitário, quando é associado à uma paralisação quase por completo, as coisas tornam-se mais difíceis. Isto é inaceitável num país que se diz ou reclama ser  um Estado  de Direito Democrático”, criticou.

Baite Badjana sustentou que não se pode imaginar quantas mulheres e meninas que hoje assistem ao olho nú a tremenda violação dos seus direitos sexuais e reprodutivas por não estarem a beneficiar do Planeamento Familiar.

Aconselhou aos formandos para aproveitarem no máximo os conteúdos do seminário, frisando que a partir do momento em que forem selecionados para participar na referida formação, passaram a fazer parte de um grupo de jovens ou adolescentes privilegiados.

“Após terem recebido a formação e quando regressarem as vossas comunidades, terão uma responsabilidades acrescidas, e irão transitar-se de um  cidadão  proativo para  alguém com  espírito de inter-ajuda”, disse.ANG/ÂC//SG

 

Covid-19/Biden quer relatório dos serviços secretos sobre origem do vírus dentro de 90 dias

Bissau, 27 Mai 21 (ANG) – O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu quarta-feira aos serviços de informações norte-americanos para “redobrarem os esforços” para tentar explicar a origem do novo coronavírus e exigiu um relatório num prazo de 90 dias.

“Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os seus parceiros em todo o mundo para pressionar a China a participar numa investigação internacional completa, transparente e fundamentada em provas”, acrescentou o chefe de Estado norte-americano, lamentando a atitude de Pequim em relação a este dossiê.

A teoria de que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pudesse ter saído de um laboratório chinês em Wuhan, onde o vírus foi detectado no final de 2019, foi afastada, em Fevereiro passado, pela equipa internacional de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que esteve nesta cidade localizada na região centro da China.

A teoria voltou entretanto a estar no centro das atenções depois do jornal The Wall Street Journal ter publicado esta semana um relatório dos serviços de informações norte-americanos entregue ao Departamento de Estado, a que teve acesso, que revela que pelo menos três cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan terão adoecido em Novembro de 2019.

Este dado voltou a levantar a suspeita de que o SARS-CoV-2 possa ter escapado deste laboratório.

Na segunda-feira, a China negou que estes investigadores tenham adoecido, em Novembro de 2019, com sintomas semelhantes aos provocados pelo novo coronavírus.

“Não houve nenhum caso de covid-19 naquele instituto no outono de 2019. A notícia é completamente falsa”, disse, na segunda-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian.

O relatório foi escrito nos últimos dias da administração de Donald Trump.

O documento ressalvou que os sintomas dos investigadores eram também consistentes com doenças sazonais comuns, segundo o The Wall Street Journal.

A China informou a OMS que o primeiro paciente com sintomas semelhantes aos da doença covid-19 foi detectado em Wuhan em 08 de Dezembro de 2019.

No entanto, vários epidemiologistas e virologistas acreditam que o novo coronavírus começou a circular na cidade de Wuhan em Novembro de 2019.

O jornal norte-americano observou que o Instituto de Virologia de Wuhan não partilhou dados brutos, registos de segurança e laboratoriais sobre o seu extenso trabalho com novos coronavírus detectados em morcegos, que muitos consideram a fonte mais provável do vírus.

O relatório dos serviços de informações dos Estados Unidos considerou mais plausível a teoria de que o vírus terá tido origem natural, a partir do contacto entre animais e seres humanos.

No entanto, não excluiu a possibilidade de que a sua disseminação em Wuhan tenha sido resultado de uma fuga acidental do Instituto de Virologia de Wuhan.

A China tem negado repetidamente que o vírus tenha escapado de um dos seus laboratórios, tendo acusado qrarta-feira Washington de disseminar teorias de “conspiração” sobre as origens da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.487.457 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,7 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Cidadania/Presidente da República promulga lei para emissão do novo modelo de passaporte biométrico

Bissau,27 Mai 21(ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, promulgou quarta-feira o decreto-lei para emissão do novo modelo de passaporte biométrico para cumprir com os requisitos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e lutar contra o crime organizado.

Segundo o decreto-lei , os novos passaportes da Guiné-Bissau vão passar a ser biométricos, com uma página de dados em policarbonato, de leitura ótica e mecânica e constituídos por 32 páginas.

A decisão, aprovada em Conselho de Ministros, em agosto de 2020, visa "tornar mais fácil o reconhecimento e a validação dos passaportes nas fronteiras" dos Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Mas, também segundo o diploma, "prevenir e lutar contra as práticas ligadas à criminalidade organizada".

Segundo o decreto-lei, o modelo de passaporte em circulação já não se adequa aos requisitos exigidos e relacionados com os padrões de segurança internacional.ANG/Lusa

 

Angola/João Lourenço pede desculpas por execuções sumárias do 27 de Maio de 1977

Bissau, 27 Mai 21 (ANG) - O Presidente angolano, João Lourenço, pediu "desculpas em nome do Estado angolano pelo grande mal que foram as execuções" durante o massacre de 27 de Maio de 1977 que pode ter provocado cerca de 30 mil vítimas.

“Não é hora de nos apontarmos o dedo procurando os culpados. Importa que cada um assuma as suas responsabilidades na parte que lhe cabe. É assim que, imbuídos deste espírito, viemos junto das vítimas dos conflitos e dos angolanos em geral pedir humildemente, em nome do Estado angolano, as nossas desculpas públicas pelo grande mal que foram as execuções sumárias naquela altura e naquelas circunstâncias”, disse o chefe do executivo angolano.

João Lourenço falou ao país numa comunicação transmitida pela Televisão Pública de Angola, na véspera da passagem dos 44 anos sobre os massacres de milhares de angolanos de 27 de Maio de 1977, que será pela primeira vez assinalado com uma homenagem em memória das vítimas.

“O pedido público de desculpas e de perdão não se resume a simples palavras e reflecte um sincero arrependimento e vontade de pôr fim à angústia que estas famílias carregam por falta de informação quanto aos seus entes queridos”, acrescentou.

O pedido de desculpas era uma reclamação dos sobreviventes e das organizações que representam as vítimas e os seus descendentes, agrupadas na Plataforma 27 de Maio.

João Lourenço anunciou ainda que terá início esta quinta-feira o processo de entrega das primeiras certidões de óbito aos familiares e nos próximos dias o processo de localização dos restos mortais e ossadas de figuras destacadas envolvidas na alegada tentativa de golpe, como Nito Alves, Sita Vales, José Van Dunem, antigos militares e outras vítimas do 27 de Maio, para exumação e entrega aos familiares.

Embora não seja possível localizar todas as vítimas, o Presidente angolano garantiu que vão ser feitos todos os esforços para que as famílias possam realizar um funeral condigno, pedindo a compreensão de todos para os casos em que não for possível atingir este objectivo.

Em Abril de 2019, o Presidente angolano ordenou a criação de uma comissão (a CIVICOP), para elaborar um plano geral de homenagem às vítimas dos conflitos políticos que ocorreram em Angola entre 11 de Novembro de 1975 e 04 de Abril de 2002 (fim da guerra civil).

Com a ajuda das tropas cubanas,  o regime deteve e matou milhares de pessoas, cujo total ainda se desconhece. Há quem estime que cerca de 30 mil pessoas poderão ter sido assassinadas no que foi considerada uma purga dentro do MPLA, partido no poder.

Em 27 de Maio de 1977, uma alegada tentativa de golpe de Estado, numa operação que terá sido liderada por Nito Alves - então antigo ministro do Interior desde a independência (11 de Novembro de 1975) até Outubro de 1976 -, foi violentamente reprimida pelo regime de Agostinho Neto. ANG/RFI

 

 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Governação/Presidente da República garante que não haverá nenhuma outra maioria na ANP

Bissau,26 Mai 21(ANG) – O Presidente da República garantiu que não haverá nenhuma outra maioria na Assembleia Nacional Popular para além do actual que suporta o governo de Nuno Gomes Nabiam.

Umaro Sissoco Embaló que falava na terça-feira numa entrevista concedida à Televisão da Guiné-Bissau, Agência de Notícias da Guiné, Jornal Nô Pintcha, Rádio Difusão Nacional e a Rádio África FM, no âmbito da celebração do Dia de Àfrica, disse que os decretos presidenciais são assinados por ele, tendo qualificado a sua pessoa de “muito estável”.

“Mesmo se o eventual nova maioria surgir com 102 deputados, congregando os deputados de PAIGC, Madem G15, APU-PDGB, PND, UM e outros me confrontaram com a dita maioria, sou eu quem vai fazer a avaliação final e para o efeito, vou ponderar entre a dissolução do parlamento ou ter a nova maioria”, explicou, frisando que, por isso, não haverá nenhuma outra maioria.

Questionado sobre se eventualmente  viria a surgir uma outra maioria parlamentar durante a sessão da ANP iniciada terça-feira, Umaro Sissoco Embaló respondeu que já tem em cima da mesa o decreto para dissolução do parlamento, se isso justificar.

“Sou o Presidente da República e estou ciente dos impactos da crise política. A gestão de qualquer crise pertence ao Presidente da República como regulador e não aos deputados. Garanto-vos que nunca haverá uma maioria artificial no parlamento enquanto sou Presidente da República”, salientou.

Instado a falar sobre a recente remodelação governamental no executivo liderado por Nuno Gomes Nabiam e que provocou uma certa inquietude no Movimento para Alternância Democrática(MADEM-15), o chefe de Estado disse que não lhe compete fazer mudanças no governo sem receber propostas do primeiro-ministro.

“Na altura em que o Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam me propôs a alteração no seu elenco governamental, equacionei as melhores fórmulas para a estabilidade governamental e do país”, frisou o Presidente da República.

Disse que é muito normal para que o MADEM G15 se sinta penalizado com a remodelação governamental, acrescentando   que outras formações políticas que sustentam o executivo podiam igualmente estar nessa situação, reafirmando que limitou-se a avaliar as propostas do chefe do executivo para concretizar as mudanças e proceder a posse dos governantes nomeados.

O Presidente da República reiterou que elegeu como prioridade do seu mandato, o combate a corrupção, a par da ofensiva diplomática para o relançamento do imagem do país no mundo.

“Reafirmo durante o empossamento do Presidente e Vice Presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial de que, comigo na Presidência
da República, para os corruptos não existem imunidades e nem outros privilégios, a começar pela minha própria pessoa”, avisou.

Umaro Sissoco Embaló disse que no dia em que foi apanhado nas malhas de corrupção que seja levado para a justiça, para o julgamento no Supremo Tribunal de Justiça, tendo afirmado que duvida se isso irá acontecer com ele mesmo no final do mandato.ANG/ÂC//SG

 

                                Mali/Cedeao envia medianeiro a Bamako

Bissau, 26 Mai 21 (ANG) - Uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encontra-se, desde o início da tarde da terça-feira, em Bamako (Mali), apurou a PANA de uma fonte.


Liderada pelo medianeiro da organização sub-regional para o Mali, o ex-presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, a missão é composta pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Ghana, pelo presidente da Comissão da CEDEAO, e pelo comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da organização.

Segundo a mesma fonte, a delegação da CEDEAO deverá encontrar-se com autoridades militares em Kati, a fim de encontrar um desfecho feliz para esta enésima crise político-institucional no Mali, na sequência do anúncio, segunda-feira última, pelo vice-presidente da Transição, o coronel Assimi Goita, da demissão do Presidente da Transição, Bah N'Daw, e o seu primeiro-ministro, Moctar Ouane.

Goodluck Jonathan e a sua delegação realizarão uma conferência de imprensa, depois de interagirem com outros intervenientes.

Segunda-feira, logo após a publicação da lista da nova equipa governamental, marcada pela partida de dois coronéis da junta militar que derrubara, a  18 de Agosto último, o então chefe do Estado, Ibrahim Boubacar Keita.

Trata-se dos coronéis Sadio Camará e Modibo Koné substituídos pelos generais Souleymane Doucouré e Mamadou Ballo, respectivamente nos Ministérios da Defesa e da Segurança.

O vice-presidente da Transição acusa Bah N'Daw de ter violado a carta de transição que lhe confere plena autoridade sobre os sectores da Defesa e da Segurança. ANG/Angop