Bissau, 3 Mai 17 (ANG) - O Colectivo dos
Partidos Democráticos, uma organização na qual integram o Partido Africano da
Independência da Guine e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência
Democrática (PCD), União para a Mudança (UM), Partido da Nova Democracia (PND),
Partido de Solidariedade e Trabalho (PST) e o Movimento Patriótico (MP) apelou
à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para
responsabilizar o Partido da Renovação Social (PRS) por aquilo que o grupo
considera a recusa do partido em participar no diálogo de busca de saída da
crise política em curso no país.
Em conferência de imprensa, realizada terça-feira, 2 de Maio, em Bissau, o grupo justifica
o apelo com a alegada recusa por parte do PRS da proposta do Presidente da Assembleia Nacional
Popular para saída da crise, segundo a qual o PRS ficaria com 12 pastas ministeriais,
PAIGC 18 pastas e o PND com uma pasta.
O grupo refere, que “o PRS é o único
partido que se recusa a participar neste diálogo pelo que deve ser também
responsabilizado enquanto instituição que obstaculizar a implementação do
Acordo de Conacri”.
Em relação aos 15 deputados expulsos do
PAIGC, o Colectivo dos Partidos Democráticos lembra que o Acordo de Conacri, no
seu ponto 10, determina a reintegração dos deputados em causa, e adianta que
esta situação tem merecido a atenção da Direcção do partido, tendo garantido
tornar público as provas sobre as medidas tomadas e esforços feitos no
cumprimento do acordo.
Ainda sobre esse caso, o grupo diz que os 15 têm declinado todos os convites da
Direcção do partido, alegando compromisso com o PRS, isto inclusive na presença
da delegação da CEDEAO”.
Neste sentido, o Colectivo apela a maior
ponderação dos 15 no espírito do cumprimento de Acordo de Conacri e ao PRS no
retorno à convivência democrática tomando parte nas iniciativas que visam a
formação do novo Governo inclusive e elaboração de programa consensual que vai
ser aprovado na Mesa Redonda de Dialogo Nacional.
Ao Presidente da República, o Colectivo
dos Partidos Democráticos apelou à imediata nomeação de Augusto Olivais ao
cargo do primeiro-ministro, iniciando assim a implementação do Acordo de
Conacri.
ANG/e-Global
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