Guterres condena ataques a civis e às forças da ONU
Bissau,
16 Mai 17 (ANG) - O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou num
comunicado, divulgado no domingo, os recentes ataques contra civis e membros
das forças de paz da ONU na cidade de Bangassou, na República Centro Africana
(RCA) e reafirmou o mandato da missão da ONU nesse país.
Os
ataques “levaram a um significativo deslocamento da população, um número
indeterminado de vítimas civis e à morte de um soldado de paz marroquino,
elevando a seis o número de pacificadores assassinados na RCA nesta semana”,
refere o documento.
António
Guterres afirmou estar “indignado” com os incidentes ocorridos entre sexta e
sábado e reafirmou “a determinação da ONU para avançar na implementação do
mandato da missão que a ONU tem na RCA (Minusca)”.
O Secretário-Geral da ONU reafirmou o “profundo agradecimento aos países contribuintes das tropas e da Minusca por seu apoio” e disse que “estes recentes incidentes demonstram amplamente que a situação na RCA é ainda frágil e há necessidade de um apoio sustentado regional e internacional para superar os desafios.”
Guterres apresentou condolências à família do soldado de paz
morto e às autoridades marroquinas, reiterou que o assassinato de pacificadores
pode constituir um crime de guerra, como avisou o Conselho de Segurança das
Nações Unidas na semana passada.
Condenou
os ataques contra a população civil e a Minusca e fez uma chamada às
autoridades do país para que investiguem o ocorrido e “levem rapidamente os
responsáveis perante a Justiça.”
Pelo menos, 12 civis e um membro da Minusca morreram na madrugada de sábado num ataque da milícia anti-balaka a uma sede da ONU em Bangassou, no sudeste do país.
A Minusca está a enviar reforços à cidade de Bangassou, no sudeste do país, onde um grupo armado abriu fogo no fim-de-semana, matando um número não revelado de civis e, pelo menos, um soldado de paz da ONU.
Numa nota, a Minusca afirmou que “elementos armados continuam a atacar de forma deliberada e sistemática com armas pesadas” a base da missão para impedir que esta conduza a sua “tarefa extremamente vital de proteger a população civil e desviá-los da sua principal vocação de salvar vidas.”
ANG/JA
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