Covid-19/Presidente do Brasil alarga veto para
uso obrigatório de máscaras no país
Bissau,07 Jul 20(ANG) - O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vetou hoje
a obrigatoriedade do uso de máscaras em prisões durante a pandemia do novo
coronavírus, segundo informações divulgadas no Diário Oficial da União.
A decisão do chefe de Estado brasileiro incluiu também o fim da obrigatoriedad
e de se colocar uma sinalização sobre o uso de máscaras em estabelecimentos que atendem o público.Bolsonaro já havia vetado a
obrigatoriedade do uso de máscaras em órgãos públicos, lojas, indústrias,
templos religiosos e locais fechados em que haja concentrações de pessoas
quando sancionou parte da lei sobre o uso das máscaras aprovada no Congresso do
país em junho.
Estas decisões do Presidente brasileiro
ainda poderão ser revistas pelos parlamentares, que têm o poder de derrubar em votação
vetos presidenciais sobre as leis aprovadas no Congresso.
Enquanto Bolsonaro trabalha para
enfraquecer a adesão à lei que regulamentou o uso de máscaras no país durante a
pandemia, artistas brasileiros fizeram um contraponto à política do líder do Governo
e lançaram uma campanha denominada "Por amor à vida, use máscara".
A campanha conta com um vídeo, divulgado
nesta segunda-feira, e é liderada pela atriz Fernanda Montenegro.
Além da atriz, o projeto contou com a adesão de outros nomes de peso da cultura e da sociedade brasileira como os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Emicida e Elba Ramalho, a atriz Glória Pires e ativistas como o indígena Ailton Krenak, entre outros.
O Brasil é o país lusófono mais afetado
pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo
número de infectados e de mortos (mais de 1,6 milhões de casos e 64.867
óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 534 mil mortos e infectou mais de 11,47 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo
coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da
China.
Depois de a Europa ter sucedido à China
como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem
mais casos confirmados e mais mortes.ANG/Angop
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