segunda-feira, 27 de julho de 2020

Destruição da Rádio Capital /LGDH considera o acto  “atentado à liberdade de imprensa”

Bissau,27 jul 20 (ANG) – A Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos considerou que o ataque a Rádio Capital FM para além de se traduzir num atentado  a liberdade de imprensa, tem como propósito silenciar uma voz incomoda e por conseguinte, cercear o estado de direito na Guiné-Bissau.

Na madrugada de domingo, um grupo de homens fardados e armados assaltaram as instalações da Rádio Capital FM e   destruíram  por completo todos os seus equipamentos.  

Em reação ao sucedido, em comunicado à que a Agência de Notícias da Guiné teve acesso hoje, a  organização que defende os direitos humanos condenou o que chamou de  acto “criminoso de  assalto  e destruição de uma das importantes estação emissora no país, numa vã tentativa de intimidar os profissionais que nele labutam diariamente.

“Perante estes graves sinais de retrocessos  nas conquistas essenciais no domínio da liberdade de imprensa e de expressão no país, a LGDH exige do Ministério Público, através da Policia Judiciária,  a abertura de um inquérito urgente, transparente e conclusivo com vista a identificação e consequente responsabilização criminal dos autores morais e materiais deste acto cobarde”, diz a Liga.

Manifestou, ainda a sua firme determinação em combater em tréguas todas as acções que visam limitar ou restringir abusivamente os princípios da liberdade de imprensa e de expressão no país.

A organização refere em  comunicado que o acto  não passa de concretização das sucessivas ameaças anónimas que os profissionais daquela estação emissora vinham recebendo de “indivíduos desconhecidos e mal intencionados”, que  querem instalar a prepotência e o caos na Guiné-Bissau.   

No documento, a LGDH indica que os órgãos de comunicação social constituem uma espinha dorsal de uma democracia pluralista, onde a liberdade de expressão e de opinião são considerados imperiosas para a consolidação da paz e do estado de direito.

Acrescenta que em homenagem à estes princípios estruturantes da democracia e do estado de direito, a imprensa goza, à luz da Constituição da República, de todas as garantias necessárias para o exercício pleno das suas funções, de forma independente, livre, isenta e objectiva.ANG/LPG/ÂC//SG

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