quinta-feira, 25 de março de 2021

 

Finanças/Antigos combatentes aceitam receber pensão após suspensão de impostos

Bissau,25 Mar 21(ANG) - Os antigos combatentes  aceitaram quarta-feira receber a pensão de reforma, após o Governo ter decidido suspender a cobrança de vários impostos, noticiou a Lusa que cita fonte da Secretaria de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria.

Na quarta-feira, os veteranos da luta pela independência decidiram não receber a pensão em protesto contra os descontos realizados pelo Governo, nomeadamente imposto profissional, selo e taxa de eletricidade.

Idrissa Iafa, assessor de imprensa da Secretaria de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria disse que a situação foi resolvida pelo titular da pasta, Augusto Nhaga, numa conversa quarta-feira com o ministro das Finanças, João Fadiá.

"Através de um diálogo sério entre os dois responsáveis do Governo, concluiu-se que o melhor é não fazer os descontos e pagar na totalidade a pensão aos combatentes da liberdade da pátria", afirmou o assessor.

Os dois responsáveis do Governo vão levar a preocupação ao Conselho de Ministros para ser adotada uma posição sobre o pagamento, ou não, dos impostos por parte dos veteranos de guerra, adiantou Idrissa Iafa.

Na terça-feira, as delegacias da Secretaria de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria em Bissau e nas cidades do interior conheceram momentos de alguma tensão quando os veteranos de guerra da independência aí compareceram para levantar a pensão de reforma relativa a Março.

Ao serem confrontados com o desconto de 500 francos CFA no dinheiro que iam receber, os veteranos recusaram-se a levantar a pensão, alegando que não podem ser obrigados a pagar imposto profissional, selo e taxa de eletricidade.

Domingos Tambá, presidente da Associação dos Filhos de Combatentes de Liberdade da Pátria, considerou "insulto e brincadeira de mau gosto" descontar impostos às pessoas cuja pensão não ultrapassa 40 mil francos CFA (cerca de 61 euros), disse.

Segundo Idrissa Iafa,  dos cerca de 2.700 veteranos de guerra, 80% recebe presencialmente o dinheiro em mão e 20% via sistema bancário.ANG/Lusa

 

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