Brasil/ Bolsonaro rejeita acusações de golpe de
Estado
Bissau, 12 Jun 25 (ANG) - O ex-Presidente brasileiro, 70 anos, acusado de liderar uma “organização criminosa”, que conspirou para se manter no poder, independentemente do resultado da eleição presidencial ganha pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, rejeitou as acusações de golpe de Estado e garantiu que respeitou sempre a Constituição.
“Nunca
ultrapassei os limites da Constituição”, argumentou o
ex-Presidente, exibindo uma cópia da Constituição brasileira de 1988.
Questionado sobre se tinha feito alterações a
um documento que previa a declaração do estado de defesa e de sítio e a
detenção de magistrados do Supremo, intitulada de “minuta do golpe”,
Jair Bolsonaro reiterou: "não procede".
Inelegível até 2030 e proibido de sair do
território brasileiro, Jair Bolsonaro, que tem estado a ser ouvido pelo Supremo
Tribunal Federal, diz estar a ser vítima de “perseguição política” para impedi-lo de concorrer
às eleições presidenciais de 2026.
O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro
está acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de
abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano
qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de património.
O ex-chefe de Estado brasileiro voltou a
lançar dúvidas infundadas sobre as urnas electrónicas nas eleições
presidenciais de 2022 e a criticar a forma como o processo eleitoral foi
conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral, à época, chefiado pelo mesmo juiz
que agora conduz o inquérito, Alexandre de Moraes.
Alexandre de Moraes reiterou que "não há nenhuma dúvida sobre o sistema eleitoral e esta investigação
nada tem que ver com o sistema eleitoral".
O veredicto não deverá ser conhecido antes de
várias semanas, ou mesmo meses. Após as alegações da acusação e da defesa, os
cinco juízes da primeira secção do Supremo Tribunal Federal deverão votar para
decidir se condenam ou não os arguidos e, na eventualidade de avançarem para a
condenação, fixar as respectivas penas.
O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e
os sete co-réus, incluindo ex-ministros e militares de alta patente, incorrem
em penas que podem ir até aos 40 anos de prisão.ANG/RFI

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