Brasil/BRICS apelam ao "fim do ciclo de violência" no Médio Oriente
Bissau, 25 Jun 25 (ANG) - Os BRICS apelaram
terça-feira a uma "rutura do ciclo de violência no Médio Oriente", na
sequência dos ataques israelitas e americanos contra o Irão, país membro deste
grupo de dez países de economias emergentes emergentes.
Numa declaração conjunta
emitida pelo Brasil, que preside atualmente o grupo, os BRICS (Brasil, Rússia,
Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Irão e Emirados Árabes
Unidos) denunciaram os ataques contra instalações nucleares e apelaram ao
estabelecimento no Médio Oriente de "uma zona livre de armas nucleares e
outras armas de destruição maciça".
Os dez países manifestaram também a sua "grande preocupação
com qualquer ataque a instalações nucleares pacíficas realizado em violação do
direito internacional e das resoluções pertinentes da Agência Internacional da
Energia Atómica" (AIEA).
"As salvaguardas nucleares, a segurança e a proteção devem
ser sempre mantidas, incluindo em caso de conflito armado, a fim de proteger as
populações e o ambiente", acrescentaram, afirmando "a necessidade de
criar uma zona livre de armas nucleares e de outras armas de destruição maciça
no Médio Oriente".
Esta declaração é emitida no mesmo dia em que soube que o
Zimbabué está a negociar com o Brasil a entrada no grupo de economias
emergentes, de acordo com a agência de notícias EFE.
Donald Trump anunciou hoje de madrugada que Israel e o Irão
tinham acordado um cessar-fogo, informação que ambos os países confirmaram,
embora pouco depois Telavive e Teerão se tenham acusado mutuamente do
lançamento de mísseis.
A região tem vivido uma escalada de violência desde 13 de junho,
quando Israel iniciou uma ofensiva contra instalações militares e do programa
nuclear iraniano, numa série de ataques que foram retaliados por Irão.
A tensão aumentou quando os Estados Unidos se juntaram aos
ataques contra o território iraniano no fim de semana, bombardeando três
instalações nucleares no Irão, uma agressão à qual o país persa respondeu
atacando na segunda-feira a base norte-americana de Al-Udeid, no Qatar, a maior
que Washington mantém no Médio Oriente.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, proclamou
hoje à noite uma "vitória histórica" contra o Irão e o seu programa
nuclear.
"Destruímos o projeto nuclear iraniano. E se alguém no Irão
tentar reconstruí-lo, agiremos com a mesma determinação, com a mesma
intensidade, para frustrar qualquer tentativa", prometeu o
primeiro-ministro israelita.
O Irão também declarou vitória e reafirmou os seus
"direitos legítimos" de prosseguir o seu programa atómico civil,
afirmando estar pronto para retomar as negociações com Washington.ANG/Lusa

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