Educação/ Ministro Herry Mané defende união de todos os intervenientes no sector de
ensino para salvaguarda da coesão social
Bissau, 19 Jun 25(ANG) - O ministro da Educação Nacional, Ensino
Superior e Investigação Científica, disse hoje que o sistema do ensino
guineense continua aberto, sólido e
flexível para acolher todas as ferramentas
importantes para manter a coesão social no país
Herry Mané que falava na
cerimónia de Lançamento da proposta de composição do Comité de Pilotagem do
Projeto de Coesão Social no sector educativo guineense, em parceira com o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reconheceu que sem a coesão social o setor da educação vai
continuar a funcionar com as dificuldades de sempre.
O governante convidou as associações
dos pais e de alunos, os sindicatos e todas as organizações ligadas ao setor
educativo para se juntarem a este projeto, com o propósito de implementar o
reforço da coesão social no país.
Por sua vez, a Coordenadora
Residente do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, disse que a Comitê de
Pilotagem do referido projecto, a ser criado, servirá como reforço da coesão social na Guiné-Bissau,
através do alinhamento e integração das escolas religiosas com o sistema
educativo nacional, implementado pelo UNICEF e UNESCO, em estreita colaboração
com o Ministério da Educação, e financiado pelo Fundo Das Nações Unidas para Consolidação
da Paz.
Geneviêve Boutin disse que a
iniciativa marca início de uma promissora
jornada em direção a uma educação mais inclusiva, equitativa e sustentável para a paz no país.
“O baixo nível de
escolaridade continua a ser um grande obstáculo para o desenvolvimento do
capital humano na Guiné-Bissau, apesar dos avanços no acesso à educação de base
nas últimas décadas, porque uma proporção considerável de crianças ainda está
fora do sistema, “ referiu.
Segundo Geneviêve Boutin , quase um terço
das crianças de 6 à 11 anos nunca
frequentaram a escola e a educação básica universal ainda está longe de ser uma
realidade.
Acrescentou que as taxas de conclusão do ensino primário
permanecem baixas com uma média de 27 por cento.
Boutin sublinhou que essa “exclusão educativa” tem contribuído
para o aprofundamento das desigualdades sociais, para a marginalização das
comunidades inteiras e em alguns casos, para as práticas que violam os direitos
fundamentais das crianças, nomeadamente a mendicidade forçada e o tráfico
infantil.
Boutin, advoga que esta situação requer medidas urgentes e
estruturais para uma verdadeira transformação na Guiné-Bissau.
“Toda a criança, independentemente
da religião, ser urbano, da zona rural, de uma família muçulmana, cristã ou de
qualquer outra fé, tem o direito de aprender, de sonhar e de contribuir para o
futuro do seu país”, disse.
O segundo encontro dos
intervenientes no sector do ensino deverá indigitar o coordenador do projeto. ANG/JD/ÂC//SG

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