quinta-feira, 21 de abril de 2022

 

Cooperação/Brasil oferece à Guiné-Bissau medicamentos contra HIV/SIDA e hepatite B

Bissau, 21 abr 22 (ANG) – O Brasil ofereceu quarta-feira às autoridades sanitárias guineenses  três mil unidades de Tenofovir, medicamento contra HIV/SIDA e Hepatite B crónica, disse à Lusa a secretária-executiva da estrutura do governo que combate aquelas doenças, Fatoumata Diallo.

Fatoumata Diallo, que lidera o secretariado nacional de luta contra a SIDA na Guiné-Bissau, enfatizou que o país “tem um número considerável” de doentes com a infeção do HIV do tipo 1 e da hepatite B crónica.

“O Tenofovir é o melhor fármaco para tratar as duas doenças”, notou Diallo, sublinhando que mais medicamentos são combinados no tratamento das duas doenças.

Quanto ao ponto de situação do combate ao HIV/SIDA na Guiné-Bissau, a responsável referiu que desde 2020 que o país tem tido dificuldades, nomeadamente alguns medicamentos que perderam o prazo de validade, fraca adesão de pacientes aos centros de saúde devido à pandemia de covid-19 e às greves no setor.

Fatoumata Diallo acredita que toda esta situação motivou o aumento de transmissão vertical da doença, de mãe para filho, a partir do momento em que parou ou diminuiu o rastreio às grávidas e de pessoas em seguimento.

Diallo não vê como “grande feito” os dados que apontam que a taxa de prevalência de HIV/SIDA na Guiné-Bissau diminuiu de 3% para 2,8% atualmente.

“Para nós isso pode significar que há mais pessoas a morrer por causa da doença”, destacou.

Fatoumata Diallo voltou a apelar para que o país dispense mais recursos para o combate à doença que disse afetar mais mulheres e crianças.

“VIH/SIDA é a única patologia cujo combate é subvencionada pelos parceiros internacionais e no dia em que essa subvenção parar vamos ter uma situação terrível no país”, observou a médica formada no Brasil.

Além de o Estado assumir a subvenção da luta contra a doença, Fatoumata Diallo defende ainda a necessidade de a Guiné-Bissau trabalhar mais na sensibilização e comunicação “para acabar com os tabus e mitos” sobre a doença, notou.ANG/Lusa

 

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