França/Reacções afluem depois da vitória de Macron nas presidenciais
Bissau, 25 Abr 22 (ANG) - A reeleição de Emmanuel Macron para um segundo mandato com um pouco mais de 58,8% dos votos face a le Pen que recolheu um pouco mais de 41,1% dos votos, foi globalmente acolhida com alívio tanto a nível interno como fora das fronteiras francesas.
À direita do espectro político francês,
para além de le Pen que qualificou o seu resultado de «vitória
retumbante» das ideias do seu partido e do outro candidato de
extrema-direita, Eric Zemmour, que chegou a 7,3% dos votos na primeira
volta e apelou hoje à "união do bloco nacional", a
candidata conservadora Valérie Pécresse que obteve um pouco mais
de 4% dos votos na primeira volta deu conta da sua preocupação perante o «resultado
inédito» da extrema-direita nestas presidenciais.
À esquerda, a candidata socialista
Anne Hidalgo que chegou aos 1,8% dos votos na primeira volta, apelou
à «reconstrução
de uma esquerda renovada» na perspectiva das legislativas de Junho.
O candidato dos verdes, Yannick Jadot, que obteve um pouco mais de 4%
dos votos no passado dia 10 de Abril, considerou que «se evitou o pior,
mas o país está mais dividido do que nunca».
Mais à esquerda, o
comunista Fabien roussel que obteve um pouco mais de 2% dos
votos na primeira volta, apelou a um «acordo global» para as
legislativas. No mesmo sentido, ao considerar que «Macron é o Presidente mais mal reeleito
da V república», Jean-Luc Mélenchon que chegou
em 3° lugar na primeira volta das presidenciais com um pouco mais de 21% dos
votos, apelou a uma união da esquerda para ele ser eleito primeiro-ministro no
próximo embate eleitoral.
A nível internacional, o tom é igualmente
de alívio, nomeadamente em Portugal, cujo chefe do governo tinha apelado há
dias os eleitores franceses a fazerem barragem a Marine le Pen numa
tribuna no ‘Le Monde’ rubricada juntamente com o primeiro-ministro de
Espanha e o chanceler alemão.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa referiu ter enviado hoje
um "abraço de
felicitações muito caloroso" a Emmanuel
Macron pela sua reeleição considerando que foi «uma vitória da União Europeia e contra a
xenofobia».
Charles Michel, Presidente do Conselho Europeu, saudou a vitória
do chefe de Estado reeleito."Neste período conturbado, precisamos de
uma Europa forte e de uma França totalmente empenhada numa União Europeia mais
soberana e mais estratégica” reagiu este responsável.
No mesmo sentido, Úrsula von der Leyen, Presidente
da Comissão Europeia, também felicitou Emmanuel Macron e regozijou-se de “poder continuar a sua excelente
cooperação”.
Ao dar conta da sua satisfação perante a vitória de Macron, o
chanceler alemão Olaf Scholz, por sua vez, considerou que “os eleitores franceses enviaram uma mensagem
de compromisso forte para com a Europa”.
Do outro lado da Mancha, o primeiro-ministro britânico Boris
Johnson, felicitou o Presidente reeleito e recordou que “a França é um dos mais próximos e mais
importantes aliados” do
seu país.ANG/RFI
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