África/Número de óbitos atinge nível mais baixo desde início da Covid-19
Bissau, 15 Abr 22 (ANG) - O número de casos de covid-19 e de mortes provocadas pelo novo coronavírus em África caiu para os níveis mais baixos desde o início da pandemia, marcando o seu declínio mais longo, anunciou quinta-feira a Organização Mundial da Saúde.
Através de uma declaração após o briefing semanal sobre a
pandemia, a OMS disse que as infecções provocadas pela variante Ómicron tinham
"baixado" de um pico de mais de 308 mil casos semanais para menos de
20 mil na semana passada.
Na semana passada, os
casos e as mortes diminuíram 29% e 37%, respectivamente, com os casos mortais a
descerem para os 239.
"Este baixo nível
de infecção não se observa desde Abril de 2020, nas fases iniciais da pandemia
em África", disse a OMS, observando que nenhum país da região está
actualmente a assistir a um aumento de casos de covid-19.
A agência advertiu,
contudo, que com a aproximação do inverno para os países do hemisfério sul,
"há um elevado risco de outra onda de novas infecções".
Este coronavírus
espalha-se mais facilmente em temperaturas mais frias, quando aumenta a
probabilidade de as pessoas se juntarem, em maior número, dentro de casa.
"Com o vírus ainda
a circular, o risco de novas e potencialmente mais mortíferas variantes
emergentes permanece, e as medidas de controlo da pandemia são fundamentais
para uma resposta eficaz a um surto de infecções", disse a directora da
OMS para África, Matshidiso Moeti.
No início desta semana,
a OMS disse que cientistas no Botsuana e na África do Sul detectaram novas
formas da variante Ómicron, rotulada como BA.4 e BA.5, sobre as quais ainda não
há certezas sobre o seu grau de transmissibilidade.
Até à data, as novas
versões da Ómicron foram detectadas em quatro pessoas no Botsuana e em 23
pessoas na África do Sul. Além de África, cientistas confirmaram casos na
Bélgica, Dinamarca, Alemanha e Reino Unido.
A OMS afirmou não haver
até agora provas de que as novas sub-variantes se tenham espalhado de forma
diferente da variante original da Ómicron.
Apesar dos repetidos
avisos do director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus, de que o novo
coronavírus devastaria a África, o continente tem estado entre os menos
afectados pela pandemia.
Numa análise divulgada
na semana passada, a OMS estimou que até 65% das pessoas em África foram
infectadas com o novo coronavírus e afirmou que, ao contrário de muitas outras
regiões, a maioria das pessoas infectadas no continente não apresentava
quaisquer sintomas.
Os cientistas da OMS e
de outras regiões especularam que factores como a população jovem de África, a
menor incidência de doenças crónicas como doenças cardíacas e diabetes e o
tempo mais quente podem ter ajudado a evitar uma onda maior de doenças.
Ainda assim, alguns
países registaram aumentos significativos no número de mortes inexplicáveis,
sugerindo que as autoridades estavam a ocultar numerosos casos de covid-19.
ANG/Angop
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