Visita do Presidente do Senegal/Movimento da Sociedade Civil quer mais empenho do Governo para aumento de trocas comerciais com Senegal
Bissau, 23 Mai 25 (ANG) – O Presidente
do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento(MNSCPDD),
sugere que o governo deve aproveitar a oportunidade, no quadro de cooperação
com o Senegal, para aumentar o volume de trocas comerciais e o investimento privado
no país.
Fodé Caramba Sanhá que falava hoje em
declarações exclusivas à ANG, sobre o estado da cooperação entre Senegal e
Guiné Bissau.
O Presidente do Senegal, Bassirou Dioumaye Faye deve iniciar segunda-feira uma
visita oficial de dois dias à Guiné-Bissau.
Fodé Sanhá acrescentou que, no acordo,
o Executivo deve proteger os interesses nacionais, estabelecendo políticas de
investimento para os estrangeiros que exercem atividades comerciais no país.
Referindo-se a cooperação entre a
Guiné-Bissau e Senegal, Fodé Caramba Sanhá destacou a criação da Agência de
Gestão e Cooperação entre Guiné-Bissau e Senegal e a instalação de
Representação Diplomática nos dois Estados.
“A Guiné-Bissau e Senegal são dois
países vizinhos, divididos por duas fronteiras terrestres, a norte e a leste,
mantendo relações de amizade privilegiadas, ou seja, são dois países ligados
pela geografia, laços históricos e culturais seculares”, disse.
Afirmou que, a visita do Presidente Senegalês
Bassirou Diomaye Faye ao país justifica-se, tendo em conta o papel que o seu
homólogo guineense desempenhou para alcançar o recente acordo com os independentistas de Casamansa.
Em relação a integração da comunidade senegalês
na Guiné Bissau, disse ser uma das comunidades
mais pacíficas, que não constitui uma ameaça a segurança pública e nem tão
pouco se identificam com os problemas internos do país.
Contudo, Carambá Sanhá criticou a
falta de investimento dos operadores económicos senegaleses no país, situação
que diz dever merecer a atenção das autoridades nacionais .
“Penso num país onde ganhas lucros na
sequência de atividade comercial deve fazer investimento local, mas os cidadãos
senegaleses não investem na Guiné-Bissau, transferem todos os seus rendimentos
para o Senegal”, afirmou Fodé Sanhá, sugerindo
que o Governo trabalhasse na politica de
investimento para inverter essa tendência.
Aquele responsável disse que a Guiné-Bissau
deve melhorar a proteção do interesse dos seus cidadãos, acrescentando que o
país ,as vezes, abre-se muito e a proteção do interesse nacional acaba por ser
esquecida .
A titulo de exemplo, Fodé Caramba
Sanhá frisou que no domínio pesqueiro, os pescadores vendem o pescado aos
estrangeiros e estes levam tudo para os seus respectivos países e o mercado
nacional acaba por ficar sem peixe.
O Presidente do Movimento da Sociedade
Civil, aproveitou para falar do sector do emprego no sector bancário, para
criticar que é ocupado, maioritariamente,
por cidadãos estrangeiros, por causa do sistema linguística que os bancos
adotam.
“A língua de trabalho nos bancos
comerciais no país é francesa, enquanto que a nossa língua oficial é o
portuguesa”, criticou
Sanhá defende a mudança de política linguística
de trabalho para que os jovens guineenses tenham oportunidades de ter acesso ao
mercado de emprego, ou seja, quer estabelecimento de princípios de
obrigatoriedade do uso de língua portuguesa, em todos os sistemas públicos e
privados que funcionam no país.
sublinhou que o objectivo comum
continua a ser de uma maior aproximação entre os países e os governos e promoção de parceria franca e frutífera para
desenvolvimento social dos dois países.
ANG/LPG/ÂC//SG

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