quinta-feira, 12 de junho de 2025

Regiões/Agricultores e criadores de gados do Setor de Pirada criam Comité de Vigilância para minimizar conflitos entre as partes

Gabu, 12 Jun 25 (ANG) – Os agricultores e criadores de gados do setor de Pirada, região de Gabu, zona leste do país, criaram recentemente, um “Comité de Vigilância e de Gestão de Conflitos,” para combater os atritos  que frequentemente se registam entre as partes.

Segundo o despacho do Correspondente da Agência de Notícias da Guiné (ANG) na região de Gabu, a decisão de criação do referido “Comité de Vigilância e de Gestão de Conflitos”,  foi tomada num encontro de sensibilização, promovido pelos membros de Espaço Regional de Diálogo de Voz de Paz.

O mesmo acrescentou que, o encontro juntou, cerca de 50 personalidades vindos de diferentes setores, nomeadamente os criadores de gados, agricultores, poder tradicional, representantes das Instituições do Estado e as Organizações da Sociedade Civil.

Na ocasião, o Presidente da Cooperativa dos Jovens Agricultores do Setor de Pirada (CJASP) Alassana Camará sustentou que, a criação do “Comité de Vigilância e de Gestão de Conflito” na localidade de Pirada, está a cultivar um bom ambiente de proximidade entre as partes, que outrora,  se envolviam em constantes desentendimentos.

O Presidente da Associação de Criadores de Gados (ACG),Alfa Buaró louva a  iniciativa e diz esperar, que o “Comité de Vigilância e de Gestão de Conflito” venha a cumprir a sua missão, a fim de trazer de volta a união que anteriormente existia entre a duas comunidades.

Os agricultores e criadores de gados da zona leste do país, concretamente do setor de Pirada, região de Gabu, têm vivido   momentos de convulsões  por alegadas pastagens em zonas agrícolas, que as vezes custam a vida de alguns gados .ANG/LLA/ÂC//SG

  

Religião/ Alto Comissário para Peregrinação promete lançar peregrinação 2026 na apresentação do relatório da  peregrinação/2025

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) – O Alto Comissário para Peregrinação prometeu lançar a peregrinação 2026 para Hajj na apresentação pública do relatório de participação do país na Hajj 2025.

Califa Soares Cassamá falava, terça-feira, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira após o regresso dos peregrinos  de Meca, no cumprimento do quinto pilar do Islão.

Cassamá disse  estar satisfeito pela performance que a Guiné-Bissau atingiu, sublinhando que já tinham informação oficioso que o país está classificado como um dos melhores, de ponto de vista da organização da peregrinação, em termos de hotéis,  acomodação e de comportamento dos fiéis.

"Tivemos alguns percalços pelo caminho mas assumimos  as nossas responsabilidades. Pedimos  desculpas, publicamente, ao povo da Guiné-Bissau por esses percalços”, disse.

Quanto a viagem ,Califa Soares Cassamá disse  que tudo correu como  previsto, partida a  26 de Maio e regresso no dia 11 de Junho. “Graças a Deus e com a ajuda de todos conseguiu-se cumprir  a emissão de  vistos no país”, disse.

Em  relação a quota da Guiné-Bissau  prevista, de 751 peregrinos, referiu-se a situação de conterrâneos de deviam sair de Bruxelas para pegar seus passaportes no Aeroporto de Lisboa “mas que, infelizmente, não conseguiram  seguir viagem, devido a apreensão dos passaportes em Lisboa.

"Todo o país pode se orgulhar  da organização da peregrinação deste ano, porque se recordarmos no passado, os familiares dos peregrinos passavam dias a dormir no Aeroporto para esperar a chegada dos entes-queridos o que não é normal”, disse. ANG/Rádio sol Mansi

 

Regiões/Presidente da Associação dos Filhos da tabanca de Djacal, sector de Mansabá preocupado com a má condição da entrada

Oio 12 Jun 25 (ANG) – O Presidente da Associação de Filhos e Amigos da Tabanca de Djacal, região de Oio, norte do país, manifestou, quarta-feira, a sua preocupação sobre as más condições da estrada que liga aquela aldeia ao sector de Mansabá.

Zacarias Camará em entrevista exclusiva ao Correspondente da ANG na região de Oio salientou que na época das chuvas que já iniciou o troço que liga aquela zona à Mansabá torna intransitável, colocando a população no isolamento e com muitas dificuldades para a comercialização dos seus produtos.

Camará acrescenta  que a partir das primeiras chuvas nenhuma viatura entra na tabanca, e que as mulheres agricultoras ficam sem poder  levar os seus produtos para a venda em feiras populares denominadas de “Lumo”,em Mansabá .

Este responsável da Associação dos Filhos da Djacal disse que se a situação continuar os populares vão ficar em total isolamento, o que pode acarretar outras situações como doença ou fome.

Camará pede ao Governo para diligenciar formas de sanear o problema no sentido de minimizar o sofrimento da população local

A aldeia em causa, segundo o Correspondente regional da  ANG, conta com mais de 2500 habitantes .ANG/AD/MSC/ÂC//SG


Saúde/Presidente da República se congratula com  requisição de médicos militares durante  paralisação no sector

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) – O Presidente da República afirmou , quarta-feira, que se congratula  com a medida do Governo de recorrer  aos médicos e paramédicos militares para prestarem serviços, sobretudo no Hospital Simão Mendes, durante a greve decretada pela Frente Social que vai decorrer  de 09 à 13 deste mês.

Sissoco Embaló falava à imprensa, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira ,no regresso  de uma visita ao exterior, e disse que o Governo não pode ser refém de ninguém.

O chefe de Estado guineense estranha que as dívidas aos professores e ao pessoal médico estejam, até agora, a serem cobradas, e diz que  quando era  Primeiro-ministro, em 2018, as pessoas festejaram que, finalmente, todas as dívidas no sector da saúde e educação teriam sido  pagas.

“Mas, em 2020, já como Presidente da República encontrei as mesmas dívidas,  é inaceitável”, disse.

Umaro Sissoco Embaló recomendou que o  Ministério Público e a Polícia Judiciária investigassem a existência ou não dessas dívidas.

“Agora, o que é verdade atualmente, o Hospital Militar conta com mais médicos especialistas do que o Simão Mendes. Por causa da greve ordenei ao Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas que estes jovens especialistas  prestassem serviços no maior centro hospitalar do país para ajudar os recém formados”, disse.

O Chefe de Estado lamentou as sucessivas paralisações, principalmente nas áreas sociais, tendo pedido aos sindicatos  a ponderarem nas exigências tendo em conta a situação económica do país.

A Frente Social, organização sindical que integra sindicatos do Ensino e da Saúde denunciou o que diz ser ilegal, a requisição civil feita pelo Governo junto do Hospital militar de médicos e para-médicos para fazer face a greve na saúde de cinco dias.

Falando sobre a situação politica do país e das alterações climáticas uma vez que acabou de assistir a Cimeira sobre os Oceanos, em França, Umaro Sissoco Embaló afirmou  que a Guiné-Bissau fez tudo o que estiver ao seu alcance  para a proteção climática, dando exemplo de plantação das árvores e outras ações.

Falando da sua viagem  a Malásia, Sissoco Embaló destacou a assinatura de acordos para formação dos quadros guineenses nas áreas de agronomia, na ajuda ao mapeamento dos recursos naturais do país.

Realçou que conseguiu na sua passagem pela Letónia, no quadro da cooperação reatada em 2023 com aquele país, obter 10 bolsas de especialização na área da medicina, e a formação de engenheiros agrónomos e veterinários.ANG/MSC/ÂC//SG

Comunicação Social/ “A lei da Carteira Profissional dos Jornalistas vai inaugurar novo capítulo na história do jornalismo guineense”, diz Florentino Fernando Dias

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) – O ministro da Comunicação Social afirmou que a Lei da Carteira Profissional dos Jornalistas, promulgada pelo Presidente da República no ano passado, vai inaugurar um novo capítulo na história do jornalismo da Guiné-Bissau.

Florentino Fernando Dias falava, quarta-feira, na abertura de uma sessão, denominada “Djumbai de Carteira Profissional”, com o objectivo de permitir que os jornalistas se apropriarem do Diploma que regula e condiciona o acesso ao exercício da profissão.

Disse que a sua promulgação pelo Chefe de Estado comprova, de forma clara e inequívoca, o compromisso do Governo de atribuir a profissão o seu papel fundamental de impulsionar o desenvolvimento económico e social,  promoção de educação e de fortalecimento da Democracia e do Estado de Direito no país.

Florentino Dias afirmou que o compromisso com a verdade , objetividade e ética no jornalismo, obriga a comunicação social a fornecer informações precisas e imparciais sobre diferentes temas da sociedade, permitindo que os cidadãos tomem decisões informadas e exerçam, ativamente, a sua cidadania, incentivando-os a participar em processos democráticos e no exercício dos seus direitos.

Acrescentou que estes compromissos, aliados  a observância da ética e deontologia do jornalismo, não compadecem com o exercício da profissão sem se passar por um  processo formativo.

“Estamos numa era em que Fake News(falsas notícias) tem se tronado numa preocupação global e, infelizmente, o nosso país não é uma exceção. Isto é, não estamos  imunes dessa enfermidade”, disse.

Dias sublinhou que  a inovação trouxe novas oportunidades para o jornalismo, mas também desafios, e diz que a melhor forma de fazer face à estes desafios, é criar condições para que a profissão seja acedida, apenas por quem tenha atributo para exercer, porque quem tem atributo não só conhece os seus limites para exercer, como também é mais sensível as regras, aos valores e aos princípios que balizam a profissão.

Florentino Fernando Dias acrescentou que a forma ideal de condicionar o acesso a profissão é através da legislação, dai que destacou a importância deste Diploma, a Lei da Carteira Profissional dos Jornalistas, que diz ser um instrumento apto para contribuir para elevar aptidões profissionais e dignificar os seus integrantes.

Afirmou que a Carteira Profissional dos Jornalista é um símbolo da importância da ética e da responsabilidade do jornalismo e vai dignificar a classe.

“Se outras profissões menos sensíveis  têm o acesso condicionado, há mais razões, para que o acesso a profissão de jornalista seja condicionado à observância de um conjunto de exigências”, afirmou o ministro da Comunicação Social.  

O Coordenador da Comissão ad hoc preparatória da Assembleia Geral para eleição dos membros da Comissão Nacional para atribuição de Carteira profissional, Simão Abina disse que o  encontro serviu para se proceder ao análise e esclarecimento de eventuais  dúvidas relacionadas a Lei da Carteira Profissional de Jornalistas. ANG/LPG/ÂC//SG

Desporto/ Guarda-Redes dos Djurtus manifesta  indignação com estrutura da Seleção Nacional de Futebol

Bissau, 12 Jun 25(ANG) -  O Guarda-redes  dos Djurtus manifestou, quarta-feira, a  sua indignação e tristeza com a estrutura da Seleção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau.

Em entrevista conjunta às Rádios Sol Mansi e Jovem, Celton Biai, de 24 anos, atualmente a atuar no FC Dordrecht, da segunda liga holandesa,  sugeriu  a reorganização da Seleção Nacional de futebol, que diz estar com falta de organização estrutura. “Há talentos mas falta o mais básico, que é a cabeça e a estrutura”, disse.

Celton Biai sustenta que não se joga apenas com os pés mas também com a logística, respeito e organização, o que, diz, falta a seleção nacional.

Celton Biai  representou a seleção principal da Guiné-Bissau  num jogo amistoso. ANG/JD/ÂC//SG

 

Regiões/”Várias escolas de Biombo carecem de condições para funcionar na época da chuva”, diz Delegado Regional de Educação 

Prábis, 12 Jun 25 (ANG) - O Delegado Regional de Educação da Região de Biombo,  Francisco Có afirmou , quarta-feira, que várias escolas daquela zona Norte do país carecem de condições necessárias para funcionar na época da chuva.

Francisco Có falava no âmbito da visita que efetuou ao setor de Prábis, no decurso da qual se inteirou  do funcionamento de algumas escolas daquela localidade.

“Constatei que não há condições mínimas para muitas escolas continuarem a trabalhar nesta época de chuva, uma vez que maioria das escolas que visitei é construída de  querentins e palhas de palmeiras, outros com zincos perfurados e com falta de carteiras”, contou Francisco Có.

Informou que passaram por bastante dificuldade para efetuar visita à algumas escolas, por falta de  meios de transporte .

Aquele responsável disse que existem alunos que percorrem quilómetros para chegar as suas escolas. ANG/MN/AALS/ÂC//SG


             Brasil/ Bolsonaro rejeita acusações de golpe de Estado

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) - O ex-Presidente brasileiro, 70 anos, acusado de liderar uma “organização criminosa”, que conspirou para se manter no poder, independentemente do resultado da eleição presidencial ganha pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, rejeitou as acusações de golpe de Estado e garantiu que respeitou sempre a Constituição.

“Nunca ultrapassei os limites da Constituição”, argumentou o ex-Presidente, exibindo uma cópia da Constituição brasileira de 1988.

Questionado sobre se tinha feito alterações a um documento que previa a declaração do estado de defesa e de sítio e a detenção de magistrados do Supremo, intitulada de “minuta do golpe”, Jair Bolsonaro reiterou: "não procede".

Inelegível até 2030 e proibido de sair do território brasileiro, Jair Bolsonaro, que tem estado a ser ouvido pelo Supremo Tribunal Federal, diz estar a ser vítima de “perseguição política” para impedi-lo de concorrer às eleições presidenciais de 2026.

O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro está acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de património.

O ex-chefe de Estado brasileiro voltou a lançar dúvidas infundadas sobre as urnas electrónicas nas eleições presidenciais de 2022 e a criticar a forma como o processo eleitoral foi conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral, à época, chefiado pelo mesmo juiz que agora conduz o inquérito, Alexandre de Moraes.

Alexandre de Moraes reiterou que "não há nenhuma dúvida sobre o sistema eleitoral e esta investigação nada tem que ver com o sistema eleitoral".

O veredicto não deverá ser conhecido antes de várias semanas, ou mesmo meses. Após as alegações da acusação e da defesa, os cinco juízes da primeira secção do Supremo Tribunal Federal deverão votar para decidir se condenam ou não os arguidos e, na eventualidade de avançarem para a condenação, fixar as respectivas penas.

O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e os sete co-réus, incluindo ex-ministros e militares de alta patente, incorrem em penas que podem ir até aos 40 anos de prisão.ANG/RFI

 

     Burundi/”Eleições  foram dominadas por repressão e censura”, diz HRW

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) - A Human Rights Watch (HRW) afirmou hoje que as eleições legislativas e locais no Burundi, realizadas em 05 de junho, ocorreram num contexto de severas restrições à liberdade de expressão e ao espaço político.


Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) anunciou quarta-feira, durante uma conferência de imprensa, que o partido no poder tinha conquistado 96,5% dos votos e todas as cadeiras eleitas na Assembleia Nacional.

O partido no poder também conquistou quase todas as cadeiras nas eleições municipais. Segundo a HRW, funcionários e jovens do partido no poder intimidaram, assediaram e ameaçaram a população e censuraram a cobertura mediática para garantir uma vitória esmagadora.

"Os burundianos votaram numa atmosfera desprovida de verdadeira competição política, à medida que o partido no poder consolidava ainda mais o seu poder", afirmou Clémentine de Montjoye, investigadora sénior da Human Rights Watch para a região dos Grandes Lagos.

Segundo Montjoye, "a democracia do Burundi foi esvaziada, com um partido no poder que não presta contas ao seu povo e não está disposto a tolerar a dissidência, mesmo com o agravamento da situação económica".

"Sem uma oposição credível, esta eleição apenas consolida ainda mais o regime autoritário e empurra os burundianos para uma crise de governação profundamente enraizada", conclui a investigadora da Human Rights Watch.

O Conselho Nacional para a Defesa da Democracia-Forças para a Defesa da Democracia (CNDD--FDD), no poder desde 2005, tem procurado desmantelar toda a oposição significativa, incluindo a do seu principal rival, o Congresso Nacional para a Liberdade (CNL), refere a HRW, considerando que "vários partidos da oposição, incluindo o CNL, o Conselho dos Patriotas (CDP) e a União para o Progresso Nacional (UPRONA) denunciaram irregularidades na votação".

As eleições para o Senado e outras eleições locais estão agendadas para 23 de julho e 25 de agosto, respetivamente, e as próximas eleições presidenciais serão em 2027.

A HRW disse que os burundianos sentem uma frustração crescente com a governação do partido no poder, numa altura em que a população enfrenta uma taxa de inflação anual de 40%, escassez crónica, discrepâncias significativas entre as taxas de câmbio oficiais e não oficiais, reservas limitadas de moeda estrangeira e uma crise de combustível que há anos paralisa os transportes.

Por outro lado, segundo o comunicado, o conflito crescente na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), que comprometeu o comércio transfronteiriço e provocou a chegada de mais de 70.000 refugiados e requerentes de asilo desde janeiro de 2025, bem como os cortes no financiamento dos doadores, agravaram ainda mais a situação.

Em fevereiro, as autoridades do Burundi expulsaram do país o diretor e o responsável pela segurança do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, depois de terem alegadamente aconselhado os funcionários a abastecerem-se de bens essenciais.

O Presidente, Evariste Ndayishimiye, assumiu as rédeas do Burundi em junho de 2020, após a morte do antecessor, Pierre Nkurunziza, que governara o país com mão de ferro durante 15 anos.

Desde a sua chegada ao poder, tem oscilado entre sinais de abertura do regime, que permanece sob o domínio de poderosos generais, e um controlo firme do poder, marcado por violações dos direitos humanos denunciadas por organizações não-governamentais e pela ONU.

O Burundi é o país mais pobre do mundo em termos de PIB 'per capita', de acordo com uma classificação do Banco Mundial de 2023, que acrescenta que 75% dos 12 milhões de habitantes vivem abaixo do limiar de pobreza internacional.ANG/Lusa

 

Angola/Queda do preço do petróleo no mercado internacional força a reformas profundas

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) - Angola admite que a queda do preço do petróleo nos mercados internacionais está a impor reformas económicas profundas e a obrigar a melhorar a execução orçamental.

Com a desvalorização do Brent, o Governo angolano está a adoptar medidas de contenção para garantir a sustentabilidade financeira do orçamento de Estado de 2025, projectado a 70 dólares por barril de petróleo.

O secretário de Estado do Tesouro revela que, em resposta à redução do preço do petróleo de 70 para 65 dólares por barril, o Governo traçou medidas para ajustar às despesas e receitas do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2025. 

Otoniel dos Santos, o titular da pasta, faz saber que a desvalorização do crude nos mercados internacionais, não só está a obrigar a acelerar as reformas económicas, mas também a melhorar a execução orçamental.     

O ano de 2025, impõe-nos exigências redobradas. No quadro macro-económico internacional está a tornar-se mais volátil. A queda dos preços do petróleo, combinada com uma procura globalmente menos robusta, obriga-nos a acelerar reformas, melhorar a execução orçamental e proteger os mais vulneráveis”, reconheceu o governante.

Segundo o governante, tem de haver exigências redobradas na banca comercial angolana, para evitar o impacto da volatilidade nos mercados internacionais.

As previsões mais recentes indicam uma trajectória descendente da inflação, ainda que num patamar elevado, e alguma estabilização nas taxas de juros internacionais. Este ambiente cria condições para uma política monetária mais previsível e exige da banca uma atenção redobrada à gestão do risco de crédito, de liquidez e de capital”, alertou o secretário de Estado do Tesouro.

Para Otoniel dos Santos, a economia real, e com ela os rendimentos das famílias, a criação de empregos e a geração de oportunidadesdepende de um sistema bancário funcional, acessível e alinhado com os objectivos do desenvolvimento sustentável.

O OGE de 2025 destinou mais de 5,469 biliões de kwanzas para despesas com bens e serviços, um aumento de 58,2% em relação aos 3,455 biliões aprovados em 2024. ANG/RFI

 

    Índia/Avião da Air India despenha-se com mais de 200 pessoas a bordo

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) - Um avião da companhia aérea Air India, com mais de 240 pessoas a bordo, despenhou-se junto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste do país.

O aparelho tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres.

A companhia aérea Air India confirmou que voo AI171 que fazia a ligação Ahmedabad - London Gatwick sofreu um acidente esta quinta-feira, 12 de Junho.

O aparelho de longo curso, um Boeing 787, decolou à 13h39, hora local, despenhou-se um minuto depois da descolagem e após ter emitido um alerta, precisou a direcção-geral da Aviação Civil indiana.

O voo 171, com mais de 240 pessoas a bordo, fazia a ligação entre Ahmedabad, no oeste do país, e o aeroporto de Gatwick, em Londres. De acordo com o canal de televisão francês BFM Tv, entre os passageiros 169 são idianos, 53 britânicos, 7 portugueses,1 canadiano e os restantes são membros da tripulação. 

Segundo a companhia aérea Air India, há sobreviventes que estão a ser transportados para os hospitais próximos.

O ministro indiano da Aviação, K. Rammohan Naidu, já reagiu e mostrou-se "chocado com o acidente". O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico está a trabalhar com as autoridades indianas para estabelecer factos e apoiar as vítimas.

Até ao momento desconhecem-se as causas deste acidente.ANG/RFI

 

Índia/As devastadoras imagens do avião que se despenhou com portugueses a bordo

Bissau, 12 Jun 25 (ANG) - A aeronave da Air India, onde seguiam sete portugueses, despenhou-se, esta quinta-feira, pouco depois de ter descolocado da cidade de Ahmedabad, na Índia. Pelo menos 30 corpos foram recuperados de um edifício onde o avião embateu.


Um avião da Air India, que tinha a bordo 242 pessoas, incluindo sete portugueses que terão dupla nacionalidade - portuguesa e britânica -, despenhou-se, esta quinta-feira, na Índia, pouco depois de ter descolado da cidade de Ahmedabad.

Até ao momento, e segundo avançou a Reuters, já foram recuperados 30 corpos de um edifício que foi atingido no estado de Gujarate. Os feridos estão também a ser levados para o hospital.

O avião despenhou-se na zona residencial de Meghani Nagar, cinco minutos depois de descolar, às 13h38 locais (9h08 em Lisboa). A aeronave da Air India tinha 242 pessoas, 230 dos quais passageiros.

De acordo com a imprensa internacional, das 242 pessoas, 217 são adultos, 11 crianças e dois bebés.ANG/Lusa

quarta-feira, 11 de junho de 2025

            Religião/Novo bispo de Bafatá é ordenado no próximo dia 28

Bissau, 11 Jun 25 (ANG) – O Padre Victor Luís Quematcha, chegou a Bissau na terça feira, proveniente de Itália e deve ser ordenado como novo Bispo de Bafatá no próximo dia 28 de Junho.

Victor Luís Quematcha foi nomeado recentemente para substituir o Bispo Dom Pedro Zilli, falecido  a 31 de Abril de 2021.

Segundo a Rádio Sol Mansi, Dom Victor seguirá para a cidade de Bafatá na sexta-feira, 13 de Junho, para uma visita de 24 horas à diocese que irá pastorear.

A chegada do novo bispo à Bafatá vai ser marcada por uma calorosa recepção e será acolhido em Bantandjan, à cerca de 24 km da cidade, e, em seguida, na rotunda principal de Bafatá, onde os fiéis católicos das duas paróquias da cidade (Nossa Senhora da Graça e São Daniel Comboni) o acompanharão até à Sé Catedral de Bafatá.

Dom Victor vai regressar a Bissau no sábado, 14 de Junho e seu regresso definitivo a Bafatá está previsto para a véspera da sua ordenação episcopal e tomada de posse, marcada para o dia 28 de Junho, na Sé Catedral de Bafatá, sob o lema: “Sois todos irmãos”.

Após a chegada à Bissau, o novo Bispo  Victor Luís Quematcha disse que regressou com  o sentimento de alegria e gratidão, porque sentiu que voltou para casa.

" O Jubeleu deste ano é de esperança. Nós cristãos fomos chamados para dar exemplo de esperança e, sobretudo, para a juventude, que deve ser o motor da esperança para o país " disse.

Quematcha acrescentou que Deus lhe confiou a missão ao nível de igreja, e que foi mandato para Bafatá  para animar, e reitera que na Guiné-Bissau todos são irmãos, apesar da diversidade étnica, relegiosa e origem.

“O mais importante é não esquecer que somos  todos irmãos que partiram de Deus”, disse Victor Quimatcha.   ANG/ In RSM

 Regiões/ Cerca de 137 casas foram destruídas por fortes chuvas acompanhadas de ventos em Gabu

Gabu, 11 Jun 25 (ANG) – A Região de Gabu, zona leste do país, foi atingido no último fim-de-semana, por fortes chuvas acompanhadas de ventos, que destruíram cerca de 137 casas, deixando  alguns familiares sem tetos.

Segundo o despacho do Correspondente da Agência de Notícias da Guiné (ANG) na região de Gabu,  delegações dos   Bombeiros Humanitário e  de Organizações da Sociedade Cívil  efetuaram hoje uma visita aos bairros mais atingidos pela trovoada, nomeadamente o bairro Cabo Verde, Praça de Gabu, Leibala, Embalocunda e Nema2.

Em declarações à imprensa no final da visita, o Comandante dos Bombeiros de Gabu Mamadu Aliu Djaló, apelou aos moradores das localidades afetadas  a manterem sempre as portas e janelas das suas casas fechadas cada vez que começa a fazer vento nesta época chuvosa.

“Se continuarmos a manter as portas e janelas das nossas casas abertas  o vento quando entra nas casas procura sempre um sítio para  sair, e nessa tentativa de saída  acaba por destruir  a estrutura física da  casa”, alertou Mamadu Aliu Djalo

O mau tempo registado, segundo Bailau Djaló, uma das moradoras de bairros atingidos provocou apenas danos materiais .

ANG/ SS/LLA//SG

Transporte/ “Guiné Bissau e Portugal trabalham para reconhecimento mútuo de cartas de condução”, diz ministro Silva Barbeiro

Bissau, 11 jun 25 (ANG) –  O ministro dos Transportes, Telecomunicações  e Economia Digital disse, terça-feira,  que a Guiné-Bissau e Portugal estão a trabalhar para reconhecimento  mútuo das cartas de condução.

Marciano Silva Barbeiro falava  no final de uma visita que efetuou as obras de requalificação da Direção Geral da Viação e Transportes Terrestres(DGVTT).

Disse que o reconhecimento mútuo de cartas de condução dos dois países visa garantir que a carta de condução guineense seja aceite em Portugal, e vice-versa.

Referindo as obras em curso na DGVTT, o ministro disse ter constatado uma dinâmica em termos dos trabalhos e que  vão promover uma mudança na  Direção Geral da Viação e Transportes Terrestres.

Marciano Silva Barbeiro frisou que, com a conclusão dos trabalhos a  Direção Geral da Viação e Transportes Terrestres vai  gerar ainda mais confiança junto dos  utentes, em termos de credibilidade de documentos.

Disse que é  preciso ter um serviço de qualidade e que garanta confiança aos utentes, sobretudo a credibilidade das chapas de matrículas e na emissão de Cartas de Condução.

“Com o novo sistema será  difícil falsificar uma chapa de matrícula, cometer um crime sem que seja detida, portanto a Quipux é uma empresa parceira da Direção Geral da Viação e Transportes Terrestres”, afirmou o ministro.

Barbeiro apelou a colabração entre as duas instituições com a finalidade de acabar com a falsificação dos documentos das viatuaras, do proprietário e  para combater fraudes de modo geral.

O Diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres, Jaimantino Có destacou os esforços em cruso para modernizar e digitalizar os serviços.

Em relação as obras de requalificação das instalações da instituição disse que tem também a ver com a reconstrução  da Avenida Pansau Na Isna, pelo que há  toda a  necessidade de adequar o edifício  a nova imagem que a Avenida proporciona.

Afirmou que Viação e Transportes Terrestres é uma instituição de Estado com capacidade de gerar rendimentos e que os ganhos obtidos  têm que ser revertidos na melhoria de condições de trabalhos.

Instado a falar sobre a relação que existe entre a Direção Geral da Aviação e Transportes Terrestres e o  Sindica de base dos trabalhadores, Jaimantino Có disse que há uma boa relação com o sindicato.

“O sindicato é um parceiro e, por isso, não deve lemitiar-se apenas a apresentar reivindicações  mas também deve estar a altura de apresentar  propostas  de soluções para determinados problemas que existem”, disse Có. ANG/LPG//SG

          Nigéria/Pelo menos 20 mortos em vários ataques no centro do país 

Bissau, 11 Jun 25 (ANG) - Pelo menos 20 pessoas foram mortas numa série de ataques esta semana no estado de Plateau, no centro da Nigéria, informaram hoje as autoridades locais e fontes humanitárias, numa região regularmente sujeita a surtos de violência.


Três ataques distintos ocorreram nesta zona no início da semana e oito pessoas foram mortas na noite de terça-feira na aldeia de Chinchin, segundo o presidente do conselho local, Emmanuel Bala.

Este ataque segue-se a outro, que ocorreu na terça-feira nos arredores da cidade de Langai, onde cinco pessoas foram mortas. Na segunda-feira, atacantes não identificados já tinham tirada a vida a sete pessoas no distrito de Bwe.

Os criadores de gado nómadas muçulmanos da etnia peul estão há muito em conflito com os agricultores sedentários do Planalto, muitos dos quais são cristãos, pelo acesso à terra e aos recursos.

Os ataques nesta região assumem frequentemente uma dimensão religiosa ou étnica.

A apropriação de terras, as tensões políticas e económicas entre os sedentários e aqueles que são considerados estrangeiros, bem como o afluxo de pregadores muçulmanos e cristãos extremistas, acentuaram as divisões nesta região central do país mais populoso de África, particularmente nos estados de Benue e Plateau, nas últimas décadas.

No centro do país, as terras disponíveis para a agricultura e a pecuária estão a diminuir regularmente devido às alterações climáticas e à expansão humana, o que leva a uma competição por vezes mortal por um espaço cada vez mais limitado.

"Há algum tempo, os indígenas exploravam minas e foram atacados" com machetes, mas ninguém foi morto, explicou Bala à agência France-Presse (AFP).

Os fulani da região [pertencente ao ramo ocidental do grupo nigero-congolês] também foram perseguidos e atacados nos últimos dias, na sequência de agressões mortais atribuídas a membros da sua etnia, acrescentou Bala.

Um responsável da Cruz Vermelha confirmou o balanço de Chinchin e indicou que o número de pessoas mortas nas últimas 24 horas pode chegar a 21.ANG/Lusa

 

     Índia/Mulher  contrata quatro homens para matar marido na lua de mel

Bissau, 11 Jun 25 (ANG) - Uma mulher indiana de 25 anos está a ser acusada de ter matado o seu recém marido, depois de alegadamente ter contratado quatro homens para o assassinar durante a lua de mel.


 O The New York Post revela que o casal, que tinha trocado alianças no dia 11 de maio, viajou para a lua de mel no dia 20 de maio. No entanto, as famílias reportaram que eles estariam desaparecidos há quatro dias, pedindo para que fossem realizadas buscas pelos dois.

O corpo do homem de 30 anos, que terá sido mutilado, foi encontrado cerca de uma semana depois já em decomposição. A família do casal acusou as autoridades e o governo de não fazerem o suficiente na investigação do homicídio ou para tentar localizar a noiva.

Sonam Raghuvanshi, de 25 anos, foi detida pela polícia no passado domingo quando apareceu num restaurante, após ter ligado para o irmão que, rapidamente, notificou as autoridades.

Foram ainda detidos outros três suspeitos que estarão envolvidos no crime de homicídio. No entanto, falta ainda capturar o quarto homem.

O pai da jovem de 25 anos afirmou que acredita que a filha está inocente, dizendo que ela "conseguiu fugir dos raptores" e que a polícia "está a inventar histórias".

Por sua vez, o irmão, que também criticou as autoridades, disse já ter aceitado as acusações que são feitas a Sonam: "Agora acredito que o governo de Meghalaya não está a mentir".

As autoridades de Maghalaya chegaram a dizer que iriam processar a família de Sonam Raghuvanshi por alegações infundadas durante a investigação, ameaçando ainda que iriam abrir um processo de difamação, uma vez que estavam a "difamar" a imagem de Maghalaya e do seu povo. ANG/Lusa

 

     Palestina/Mahmoud Abbas favorável a uma desmilitarização do Hamas

Bissau, 11 Jun 25 (ANG) - O Eliseu afirmou , terça-feira, que o presidente da Autoridade palestiniana, Mahmoud Abbas, diz-se favorável a uma desmilitarização do Hamas e a que o movimento deixe de governar Gaza, no âmbito de um futuro Estado Palestiniano.

Numa carta enviada ao chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, e ao príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, o presidente da Autoridade palestiniana, diz-se favorável com a desmilitarização do Hamas e com o facto de o movimento deixar de governar Gaza, no âmbito de um futuro Estado Palestiniano.

Mahmoud Abbas disse que um futuro Estado Palestiniano “não tem intenção de ser um Estado militarizado e está pronto para trabalhar em prol dos acordos de segurança que beneficiem todas as partes”, “desde que beneficie a protecção internacional”.

Na carta, o presidente da Autoridade palestiniana promete continuar a reformar a Autoridade Palestiniana e confirma a vontade de organizar "eleições presidenciais e legislativas dentro de um ano", sob "supervisão internacional".

Mahmoud Abbas condenou ainda o ataque de 7 de Outubro, sublinhado que o que fez o Hamas, matando e sequestrando civis é condenável e inaceitável”, instando o movimento a “libertar imediatamente todos os reféns”.

Num comunicado, o Eliseu mostrou-se satisfeito com os “compromissos concretos e inéditos” e que revelam “uma vontade real de avançar para uma solução de dois Estados”.

A França e a Arábia saudita vão co-presidir a conferência da ONU sobre a chamada solução de dois Estados, que decorre entre 17 a 21 de Junho, em Nova Iorque. Recentemente, Emmanuel Macron disse estar determinado em reconhecer um Estado Palestiniano, mediante várias condições, incluindo a "desmilitarização" do Hamas e a não participação do movimento de resistência islâmico na governação desse Estado.ANG/RFI