quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Vias urbanas


Motoristas de transportes públicos queixam-se pelas más condições das estradas

Bissau, 30 Set 15 (ANG) – Os motoristas de transportes públicos urbanos (toca-tocas) manifestaram-se hoje indignados com as más condições das estradas do país.

Em auscultações feitas pelo repórter da ANG, os referidos motoristas apelam as autoridades máximas do país a se entenderem a fim de poderem escolher com calma o novo elenco governamental e trabalhem no sentido de desenvolver o país.

O motorista da linha de Bairro de Militar, Sadjo Djafuno, disse que desde que está a circular naquela via nunca soube o que é uma boa estrada, não obstante reconhecer algumas melhorias naquele troço.
 “Pagamos o fundo rodoviário, mas não sabemos onde é aplicado  aquele dinheiro, porque, como vêm, as estradas continuam nas péssimas condições, e o prejuízo de tudo isso tem a ver com as nossas viaturas”, informou Sadjo Djafuno.

Por seu turno, o motorista da linha de Antula, Sirifo Sané, destacou que a má situação em que as estradas do país se encontram, põe em causa a própria saúde dos motoristas.

“Devido as muitas horas em que circulamos nas estradas degradadas, no momento do nosso repouso sentimos cansaço e dores no corpo” revelou.

Serifo Sané apela a  formação o mais depressa possível do novo governo, para que o país possa erguer-se da situação em que actualmente se encontra.

Para o motorista da linha de Aeroporto, Suzante Miguel Date é necessário formar rapidamente o governo, para que a continuação de obras de reabilitação das estradas que estavam em curso possam continuar a fim de “facilita-los nos seus trabalhos nas estradas”. 

Segundo a RDP-Africa o novo elenco governamental poderá ser conhecido ainda esta quarta-feira. 

ANG/LLA/SG
   


         

   

Destruição de mausoléus



Maliano “Abu Tourab” vai ser julgado em Haia

Bissau, 30 Set 15 (ANG)-Um desconhecido juiz do Níger fez história e vai fazer jurisprudência ao dar provimento a um pedido de extradição para o Tribunal Penal Internacional de Haia do cidadão maliano Ahmed al-Mahdi al Faqi, também conhecido pelo nome mais simples de Abu Tourab, que responde pelos crimes de destruição de nove mausoléus e de uma mesquita na cidade de Timbuktu.
Localizada a norte do Mali, esta cidade já foi considerada o centro mundial do islamismo, entre os séculos XIII e XVII, sendo por isso mesmo justamente catalogada como “património da humanidade”.

Na sua irracionalidade de não olhar a meios para refazer a história, Abu Tourab, que curiosamente nasceu a menos de 50 quilómetros da cidade de Timbuktu, desdobrou-se no protagonismo de atentados bombistas durante o período em que a cidade foi ocupada pelos diversos grupos radicais que em 2012 chegaram mesmo a ameaçar a estabilidade política em todo o Mali.

Membro dirigente do grupo Ansar Dine, afilado da Al Qaeda, Abu Tourab, como mais mais gosta de ser chamado por beneficiar do facto de não se saber o seu verdadeiro nome, está a ser acusado de ser o principal responsável pela destruição de uma parte importante da herança histórica do Islão e do património mundial incorrendo, por isso, numa pena muito severa e que os juízes agora se encarregarão de quantificar.

Embora se saiba que aquilo que foi por ele destruído jamais será recuperado, a verdade é que a comunidade mundial está particularmente interessada e curiosa de ver a forma como os juízes de Haia se comportam num processo, que, por ser inédito, pode e deve fazer jurisprudência.
A decisão de Abu Tourab destruir os nove mausoléus e uma mesquita deve-se à interpretação que ele faz do Corão, sobretudo na parte em que ele condena a veneração a imagens e símbolos religiosos. É também com base nessa mesma interpretação que o grupo denominado por “Estado Islâmico” tem vindo a destruir na Síria e no Iraque um valioso património cultural e cujo valor real é incalculável.
Pelo meio, e radicalizando mais as suas acções, esses grupos não só destroem os símbolos e as imagens que segundo eles são graves “blasfémias” contra o Islão, como também matam todos aqueles que as veneram, alimentando assim com sangue uma das mais violentas guerras que o mundo até agora conheceu.

O juiz que assinou no Níger a autorização de captura e extradição de Abu Tourab para o Tribunal Penal Internacional de Haia, cuja identidade permanece em absoluto segredo por justificadas razões de segurança, deu um passo muito importante para que, de uma vez todas, haja uma lei internacional balizada com as correspondentes penalizações para todos aqueles que destruam aquilo que a história sublinhou como sagrado.

Não deixa de ser curioso que o Níger, um país habitualmente olhado com grandes desconfiança por ser conotado com o radicalismo islâmico, tenha sido aquele que mais sensibilidade mostrou para punir esses crimes contra o património histórico da humanidade, dando  desse modo uma “bofetada de luva branca” a quem o vê com notada discriminação.

Embora não fosse obrigado a fazê-lo, na aceitação do pedido de extradição, o anónimo juiz nigerino fez questão de sublinhar em despacho anexo que a sua decisão se baseava no facto de “não ter a certeza” de que se o acusado não fosse para Haia pudesse um dia ser julgado pelos graves crimes de que vem sendo acusado e pelos quais deve ser condenado.

É que, até agora, Abu Tourab gozava de uma impunidade quase total, arrogando-se ao direito de qualificar e apontar os monumentos que deveriam ser destruídos para que se mantivese intacta a “pureza do islamismo”. Mesmo no Níger, onde vivia já há dois anos, ele participava regularmente em reuniões de grupos radicais e chegou mesmo a ser conotado como um dos inspiradores do grupo Boko Haram sempre protegido pela clandestinidade oferecida pelos seus cúmplices.

Depois de em 2012 o grupo Ansar Dine ter sido quase destruído pela acção conjunta realizada no norte do Mali por forças da Organização das Nações Unidas (ONU) com o apoio do exército maliano e de soldados franceses, Abu Tourabe distanciou-se da Al Qaeda (a quem acusou de o ter abandonado) e revelou-se um feroz e aguerrido simpatizante da forma como o chamado “Estado Islâmico” estava a “castigar os infiéis” na Síria e no Iraque.

De acordo com suspeitas que devem estar respaldadas no processo de acusação que começa a ser brevemente apreciado na cidade de Haia, ele fez uma lista dos monumentos que o “Estado Islâmico” deveria destruir na Síria e no Iraque como “fundamento” decisivo para a instalção do ambicionado “califado”.

Numa altura em que o combate ao terrorismo está a conhecer fortes avanços globais é, igualmente, moralizador ver-se que um dos seus mais acérrimos defensores vai ser apresentado perante um jurado encarregue de julgar as suas acções que se inserem, inquestionavelmente, num pacote onde está a prática dos mais condenáveis crimes contra a humanidade.

Aconteça o que acontecer no julgamento que se avizinha, a verdade é que só facto de se saber que o mentor da destruição desse património histórico e cultural está preso e prestes a ser desmascarado é uma importante vitória para todos aqueles que condenam todo o tipo de prática radical, seja ela cimentada ou desculpada não importa em que pretexto. 
ANG/Jornal de Angola

Falta de luz


Citadinos de Bissau lamentam regresso de fornecimento irregular 

Bissau 30 Ago 15 (ANG) - Os utentes de energia eléctrica contestarm hoje a falta de luz que há duas semanas se tem verificado no país e que tem dificultado a vida e os negócios dos citadinos da capital.

Numa entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Director Comercial da Imprensa Nacional (Inacep - EP) considerou de “grave” a situação da falta de corrente eléctrica que se vive no país.

Bubacar Sera afirmou que a situação tem sido stressante, pois, a corrente electrica só é fornecida aos consumidores das 19 horas às 07 horas da manhã tempo insuficiente para a conservação dos alimentos e outros produtos nos frigoríficos.

Para o cidadão Nácar Seidi é triste a situação da penúria da luz que assola o país há duas semanas.

“Não sabemos de concreto o que é que se passa”, disse o agente de segurança privada de uma das empresas da fileira de cajú no país.

Afirmou estar a deparar-se com problemas ao chegar a noite no seu posto de serviço devido a falta de iluminação nesta hora, o que não lhe permite fazer a ronda ao local que  vigia.

Por sua vez, a doméstica, Rute António Milaco, disse que a falta de luz tem dificultado a realização das suas tarefas caseiras assim como o seu comércio de sumos e sanduiches.

“Esta situação tem complicado o meu lucro, porque sou obrigada a comprar gelo para conservar o meu sumo a fim de poder satisfazer a minha clientela”, observou.

Há duas semanas que a empresa de Electricidade e Aguas da Guiné-Bissau(EAGB) não tem podido manter o fornecimento permanente de luz electrica aos citadinos de Bissau, carência que havia sido ultrapassada com o Governo demitido de Domingos Simões Pereira, depois de vários anos de fornecimento irregular de luz e agua na capital guineense. 

ANG/FGS/SG

Direitos das mulheres e crianças


Estudos concluem que entraves são aplicações das leis

Bissau 30 Set 15 (ANG) – A maior parte dos entraves aos direitos das mulheres e das crianças na Guiné-Bissau não se situa ao nível das leis mas sim na sua aplicação.

Trata-se de uma das conclusões dos estudos sobre a violência contra mulheres, direitos económicos das mulheres,  formas de trafico de crianças e quadro legal dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, apresentados recentemente em Bissau.

Segundo um comunicado da União Europeia enviado à ANG, a aplicação das leis relacionadas a proteccao das mulheres e crianças se esbarram com grandes dificuldades de meios, mas também nas mentalidades que prevalecem em muitos sectores.

O comunicado refere ainda que as contribuições recolhidas através desses estudos serão integradas nos relatórios finais de diagnostico, que tem como objectivo apoiar os trabalhos de elaboração de propostas  de politicas e de legislação sobre mulheres e crianças.

Os referidos estudos foram financiados pela União Europeia e pela Cooperação Portuguesa, no quadro de um projecto denominado “ Ora de Diritu”(a hora do Direito), e visa  contribuir para a melhoria da situação dos Direitos Humanos no pais, através da corresponsabilização dos actores públicos e privados pelo respeito efectivo, promovendo mudanças ao nível politico e formas de governação.

ANG/MSC/AC/SG

       

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Internacional/Burkina Faso


Justiça congela bens de autores golpistas 

Bissau, 29 Set 15 (ANG) - A Justiça do Burkina Faso ordenou segunda-feira o congelamento de activos de 18 personalidades físicas e morais suspeitas na implicação do Golpe de Estado, após a dissolução do Regimento de Segurança Presidencial, implicado na crise profunda vivida na semana passada.

Entre as personalidades figuram o general Gilbert Diendéré, homem de confiança do antigo Presidente Blaise Compaoré, e a sua esposa. 

O Congresso para a Democracia e Progresso e o seu Presidente, Wen-Vennem Eddie Constance Hyacinthe Komboigo, estão igualmente afectados pela medida, assim como o oficial do Exército Sidi Paré, de quem o Governo pôs fim às funções de vice-ministro para a Segurança.

Várias personalidades políticas próximas do antigo Presidente burkinabe, assim como formações políticas aliadas, estão igualmente afectadas por esta medida, que autoriza levantamentos mensais de 300 mil francos CFA (cerca de 511 dólares) das suas contas bancárias.

Esta medida é tomada após a União de Acção Sindical, principal grupo de trabalhadores, ter anunciado a suspensão da greve ilimitada decretada após o anúncio do golpe de Estado no país. 
Os sindicatos burkinabes apelaram aos militantes durante uma conferência de imprensa em Ouagadougou para a retomada do trabalho a partir de ontem.

Na véspera, o Governo de transição anunciou a criação de uma comissão de inquérito sobre os eventos do golpe de Estado que fizeram oficialmente 11 mortos e 271 feridos.

A comissão de inquérito tem 30 dias para entregar o  relatório e tem por missão identificar as responsabilidades,  os autores, cúmplices, militares e civis implicados no golpe de Estado feito pelos militares da antiga guarda presidencial de Blaise Compaoré, sob a liderança do general Gilbert Diendéré. 

As medidas estão a provocar indignações nos seus simpatizantes.

ANG/Jornal de Angola

Carburante

    Petróleo na Guiné-Bissau tem mais potencial que previsto


Bissau,29 Set 15(ANG) - O estudo independente encomendado pela CAP Energy a uma consultora francesa relativamente à exploração de petróleo na costa da Guiné-Bissau "confirmou não só o potencial [dos blocos], como parece estar acima das expectativas", anunciou a empresa num comunicado ao mercado a que Lusa teve acesso.

"Os directores estão muito contentes, não só com o potencial do Bloco 5B, que foi confirmado, mas também parece estar acima das expectativas iniciais", lê-se no comunicado enviado pela CAP Energy, que explora petróleo nos blocos 1 e 5B na costa da Guiné Bissau em parceria com a Atlantic Petroleum Guinea-Bissau Limited, uma subsidiária da Trace Atlantic Oil.

No comunicado, explica-se que foi pedida à francesa Beicip-Franlab, uma subsidiária do Instituto Francês do Petróleo, uma interpretação independente relativamente à informação sísmica obtida durante este ano, já depois de outro estudo encomendado pela empresa.

A interpretação da empresa francesa "oferece uma quantificação dos recursos prospectivos estimados no Bloco, baseado na história geológica e informação geofísica, incluindo informação regional dos poços" petrolíferos.

O estudo da empresa detalha um aumento da perspectividade do Bloco 5B, quando comparado com o relatório feito em Julho do ano passado pela Gás Mediterraneo & Petrolio.


ANG/Lusa

Tragédia em Meca



Nenhum peregrino guineense entre as vítimas, garante AJURES

Bissau 29 ago 15 (ANG) - O presidente da Associação Juvenil para a Reinserção Social (AJURES), confirmou esta segunda-feira, que os 21 peregrinos guineenses que se encontram na cidade de Meca (Arábia Saudita), estão de boa saúde e a finalizar os rituais da peregrinação.

“Durante o incidente a comitiva guineense se encontrava num autocarro especial há alguns quilômetros do local da peregrinação”, confirmou Infali Coté em entrevista à ANG.

Explicou que os seis peregrinos que viajaram no quadro da bolsa de AJURES já estão neste momento a efetuar a última etapa da peregrinação, com a visita à mesquita de Medina, para depois retornarem ao país no dia 30 do corrente mês.

Quanto aos outros 15 peregrinos da comitiva das Forças Armadas, ainda não está confirmada a data do seu retorno ao país, mas garante que pelas informações que possui todos estão bem.

Em relação ao incidente trágico ocorrido na cidade de Meca onde 717 pessoas perderam a vida, Infali Coté disse que a sua instituição teria enviado já uma carta de condolência às autoridades sauditas.

ANG/FGS/SG

Política

PRS decide não integrar novo Governo de Carlos Correia

Bissau,29 Set 15(ANG) - A Comissão Política Nacional do Partido da Renovação Social(PRS), reunido na segunda-feira em Bissau, chumbou a possibilidade de participação do partido no Governo de Carlos Correia.

Segundo a RDP-África, dos 81 membros da Comissão Politica dos renovadores presentes na reunião, 78 votaram contra a entrada do partido no Governo, houve duas abstenções e um voto a favor.

O Porta-Voz do PRS, Victor Pereira, em declarações à imprensa disse que a proposta do PAIGC não agradou o seu partido.

"Depois das variadíssimas horas de discussões, debates e análises profundas sobre as propostas do PAIGC, soberanamente, nós decidimos não integrar o Governo chefiado por Carlos Correia", confirmou.

Instado a dizer sobre o que falhou de concreto, o Porta-Voz dos renovadores disse que não houve nenhum falhanço propriamente dito.

Victor Pereira alega  que houve sim insuficiência demonstrada nas propostas que não satisfazem minimamente  os requisitos mínimos para o PRS integrar o executivo.

"Ou seja, a forma, o conteúdo como as coisas foram tratadas não satisfizeram os membros da Comissão Política Nacional do PRS", informou Victor Pereira.
O Porta-Voz do PRS acusou ainda o PAIGC de interferências nos assuntos internos dos renovadores.

"Houve falta de transparência nas propostas dirigidas ao PRS. Não sabemos quais são as pastas que o PRS vai ocupar no Governo e por outro lado há uma tentativa de interferência e ingerência na nossa autonomia que é a possibilidade de constar no acordo de que será o PAIGC a escolher os dirigentes do PRS a integrar o Governo o que é inaceitável", disse Victor Pereira.

A decisão do PRS de integrara ou não o executivo liderado por Carlos Correia era aguardada com muita expectativa, tendo em conta a necessidade de formação de um governo inclusivo defendido pela direcçao do PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas.

Fontes do PAIGC admitem que o novo governo poderá ser conhecido ainda esta semana.

ANG/ÂC/SG