Crise
política
STJ pede esclarecimentos sobre constitucionalidade
da nomeação do novo Primeiro-ministro
Bissau
01 Set 15 (ANG) - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau pediu,
segunda-feira, esclarecimentos à Presidência da República e Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a
constitucionalidade do decreto que nomeou o novo Primeiro- ministro, Baciro
Djá.
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Presidente do Supremo Tribunal de Justiça |
Segundo
a Agência Lusa que cita uma fonte judicial, dois advogados entregaram uma
petição no STJ alegando a inconstitucionalidade do decreto que nomeou Baciro
Djá, Primeiro-ministro, num processo em que contesta a substituição dos
directores-gerais da rádio e televisão públicas.
Segundo
a mesma fonte judicial, o STJ quer dar à Presidência da República a possibilidade
de exercer o contraditório (uma regra básica de Direito) e solicitar o parecer
da Procuradoria-Geral da República enquanto autoridade fiscal da legalidade.
Revelou
ainda que após a recepção da resposta da Presidência e do parecer da PGR, o STJ
reunirá o plenário de juízes conselheiros para a fase de discussão e produção
do acórdão que irá sustentar a decisão a ser tomada.
O
informante não soube indicar a data em que o acórdão será anunciado, mas
adiantou que devido à situação política prevalecente no país os oito juízes
conselheiros que integram o plenário do STJ tiveram que adiar o início das
férias judiciais.
Constituem
o plenário do STJ os juízes em efectividade de funções, designadamente Paulo
Sanhá, Rui Nené, Amiro Djaló, Saido Baldé, Osíris Ferreira, Fernando Té, Rui
Cunha e Fernando Jorge Ribeiro.
No
total são 10 juízes, sendo que Armindo Vieira está no estrangeiro em tratamento
médico e Augusto Mendes encontra-se em comissão de serviço como presidente da
Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau.
Recentemente
foram promovidos à categoria de juízes conselheiros os desembargadores Ladislau
Embassa, Lima André e Juca Armando Nancassa, mas nenhum desses poderá tomar
parte na discussão do próximo acórdão por não terem sido ainda investidos em
funções no STJ. ANG/Lusa
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