sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Eleições 2014



          Empossados Presidentes das Comissões Regionais de Eleições

Bissau, 27 Dez.13 (ANG) – O Presidente da Comissão Nacional de Eleição (CNE), presidiu hoje a cerimónia de investidura dos Presidentes das Comissões Regionais de Eleições (CRÊS).

Para Quinara foi empossado Sene Mané e na região de Oio, António Roberto da Silva, a de Biombo, tem como presidente José Albino de Oliveira, enquanto a de Bolama Bijagós conta com Fernando Gomes Mendes. Nelson Meneses D’Alva, é o novo Presidente da CRE de Bafatá, enquanto Abdulai Baldé, vai dirigir o CRE de Gabú, assim como a de Cacheu esta sob a direcção de Fernando Gomes e no Sector Autónomo de Bissau, Fernando Bacurim.

Na ocasião, Augusto Mendes afirmou que os desafios são múltiplos, contudo disse que suas capacidades de diálogo, comportamento humano, civismo e moralidade, são pedra angular para a satisfação plena das expectativas nacionais no exercício da complexa e transversal função para que foram incumbidas.

Com efeito, o Presidente da CNE exortou aos empossados a dotarem-se cada vez e melhor de muita humildade e de espírito permanente de aprendizagem.

“Estes atributos poderão vos ser úteis e imprescindíveis no exercício pleno desta nobre e complexa responsabilidade de intérpretes e aplicadores da Lei, de forma a ajustar a legislação eleitoral, objectivamente a dimensão das expectativas nacionais”, explicou.

Aquele responsável disse que as suas expectativas se circunscrevem na realização de eleições livres, justas, credíveis e transparentes que são resultados dum processo muito complexo que implica a participação de uma multiplicidade de actores, cada um deles desempenhando diferentes papéis e com prioridades onde podem constituir o epicentro.

 “Daí, confrontámo-nos com a figura da Integridade Eleitoral que é um factor importante e inegável numa Administração Eleitoral moderna e na Gestão perene de arquitectura e operações eleitorais, co-participando com Partidos Políticos, grupos de interesses e a Sociedade Civil”, salientou Augusto Mendes.

ANG/ÂC



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Educação



Inaugurada nova infra-estrutura do ensino no bairro de São Paulo

Bissau, 26 Dez. 13 (ANG) - Um jardim-escola denominado “Flor de África” foi inaugurado recentemente em São Paulo, bairro periférico de Bissau. A nova infra-estrutura de ensino e aprendizagem possui duas turmas com capacidade de 74 educandos.

Acto de corte de Fita
Na cerimónia de inauguração, a directora reconheceu que a tarefa de educar e instruir é muito difícil mas, ao mesmo tempo, estimulante, pois a educação constitui um dos desafios da globalização.

Judite Correia adiantou que a experiencia que acumulou ao longo da vida será posta a disposição dos que ali forem procurar o saber, sobretudo prometeu partilhar o seu conhecimento com os “menos possibilitados” da comunidade de São Paulo.

“O mais importante para mim é ver as crianças desta comunidade gozarem de um dos seus direitos mais inalienável, ou seja, a educação ou ainda, saberem ler e escrever” sublinhou a mentora da criação do Jardim.

Aos pais e encarregados de educação, Judite Correia exortou-os a deixarem os filhos a frequentarem a Flor de África, pois é a melhor forma de não virem a arrepender-se de terem filhos que não sabem ler e muito menos escrever.

Por sua vez, o padrinho do jardim-escola, que ofereceu um lote de materiais didácticos aos alunos, lembrou aos pais e encarregados da educação dos alunos sobre a necessidade de colaborarem com a iniciativa “semeada” pela Directora Judite Correia.

“Compete agora a eles e aos moradores de São Paulo em geral de fazer deste centro a própria casa, ou seja, acarinha-lo e darem seus apoios, para que possa beneficiar todos os menores aqui do bairro”, exortou o jornalista Muniro Conté que manifestou a sua predisposição em dar mais.

Indicou que assumir o apadrinhamento do jardim-escola, patentea assim o seu esforço em ver as crianças da Guiné-Bissau transformarem-se em homens de amanhã. Mas, lembrou, para que isso aconteça, “o futuro tem que começar hoje”.

“Elas têm que ir e ambientar-se com a escola hoje para que amanhã possam melhor desempenhar as suas funções”, martelou o padrinho que actualmente é funcionário do escritório do Fundo das Nações Unidas para Crianças (UNICEF).

Padrinho Discursando no acto
A concluir, Muniro Conté lançou um repto a todos para darem o seu contributo para que o Flor de África possa ganhar “uma outra amplitude” e salientou o facto de ter associado nesta iniciativa o irmão, Armando Conte que vive a 24 anos em Londres, Inglaterra e que a partir de lá pode mobilizar outros apoios.

“Alem do apoio que poderá proporcionar, ele vai tentar conseguir geminações entre o novo jardim-escola com instituições similares em Londres”, prometeu em nome do irmão.

Uma mãe de 2 crianças que frequentam o jardim-escola manifestou a sua satisfação pela criação deste estabelecimento de ensino e aprendizagem e justificou que a qualidade de tratamento e nível das duas professoras lhes deixam tranquila. 

“Os meus filhos agora conhecem as letras. Aliás o mais velho de 5 anos já escreve muito bem” elogiou Simone de Oliveira que solicitou as ONG, s e organismos vocacionados para darem apoio a referida instituição escolar.

As aulas estão repartidas em duas turmas sendo uma com 54 crianças que frequentam o jardim e 20 outras da primeira classe na outra, durante um único período, ou seja, de manhã.

ANG/JAM

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Educação



 Actores do sistema validam dados de recenseamento dos professores públicos

Bissau, 24. Dez. 13 (ANG) Os representantes dos Ministérios das educação, da Função Pública e das Finanças, dos sindicatos do sector educativo, das Associações dos Estudantes e dos Pais e Encarregados de Educação validaram, esta 2ª- feira em Bissau, os dados provisórios relativos ao recenseamento nacional dos professores das escolas públicas do país, com um total de 7.646 docentes.

Na cerimónia da abertura do referido ateliê, o Ministro da Educação, Alfredo Gomes realçou a importância deste censo, na medida em que “vai permitir saber o número das pessoas que  efectivamente trabalham” no sector público do ensino. 

Assim, nas palavras do titular da pasta de ensino, finalmente “vai se saber quem é quem, o que é que faz e onde é que faz”.

Na sua intervenção no acto, o Representante Residente do UNICEF no país, a entidade financiadora deste cadastro, para além de constituir uma garantia aos parceiros internacionais, também ajudará aos Ministérios da Educação, da Função pública e das Finanças a planificar o pagamento do salário aos “Homens do giz”.

   Ainda, Abubacar Sultam afirmou que a a programada assinatura esta segunda-feira, entre os actores do sistema educativo, do “Pacto Social para a Educação”, revela o interesse de todos actores em trazer a tranquilidade no sector.

Ouvido pela ANG, o Presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Luís Nancassa também considera o trabalho de “importante para toda a sociedade guineense”, porque permitirá mais transparência no pagamento dos ordenados docentes ao serviço do Estado. 

Em declarações a imprensa, o Presidente de Associações de Pais e Encarregados de Educação, disse que o referido compromisso no sector educativo vai acabar com as sucessivas greves que “estrangulam” o sector e permitir que os anos lectivos se iniciem e terminem normalmente, ou seja, entre” um de Outubro e quinze de Julho”.

Para Armando Coreia Landim “não basta uma simples assinatura do pacto”, mas fundamentalmente, “cada actor do sistema assumir as suas responsabilidades.

“É preciso que o governo pague os salários, que os professores assumam a efectiva leccionação, que os pais obriguem as crianças a irem a escola e que os parceiros internacionais financiem “, acrescenta Coreia Landim.

De acordo com a comissão executora deste censo, os dados definitivos serão conhecido até 30 de Janeiro de 2014, para permitir nomeadamente, ao Banco Mundial começar a assegurar o pagamento de ordenados aos docentes públicos a partir deste mês até ao Junho do referido ano.

De acordo com os dados provisórios desta comissão multissectorial, a Guiné- Bissau tem actualmente, 1886 escolas entre, as públicas, privadas, comunitárias e madraças, e com de onze mil alunos a estudarem de a pré-primária ao 12º ano do ensino secundário complementar. 

Para além dos técnicos dos ministérios implicados no sector e dos parceiros sociais da área educativa, o ateliê contou com a presença dum representante do Presidente da República de Transição. 

ANG/QC

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Greve geral

Governo anuncia início do pagamento de salário aos servidores de Estado a partir do dia 18 de corrente mês

Bissau, 20 Dez.13 (ANG) – O Governo de Transição, anunciou o início do pagamento de um mês de salários aos servidores de Estado, a partir de quarta-feira, dia 18 e compromete a envidar esforços com vista a liquidação de salários de Dezembro antes do fim do ano.

O Governo de Transição, através de um comunicado do Conselho de Ministros, informa a opinião pública nacional e internacional de que só deve o mês de Novembro aos funcionários públicos.

No referido comunicado, o Governo de Transição felicitou os seus membros da Comissão Negocial pelos serviços empreendidos e encorajou-lhes a prosseguirem na senda da concertação com os sindicatos, como opção, para se alcançar acordos que satisfaçam as partes.

O executivo lamentou o nível de representação dos sindicatos à mesa de negociações, facto que, em muito, dificultou a obtenção de consensos e recomenda a elevação a nível dos respectivos Presidentes nas próximas rondas para o prestígio e dignidade institucionais que casos desta natureza exigem.

Exortou aos transportadores públicos no sentido de respeitarem as normas que regulam o sector, nomeadamente o embarque de passageiros, exclusivamente a partir dos terminais.

Entretanto, as duas Centrais Sindicais, prosseguem com a greve na Função Pública no seu quinto e último dia consecutivo.


ANG/ÂC

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Greve Geral



Prossegue greve na função pública, mas transportes públicos voltam a circulação

Bissau, 18 Dez.13 (ANG) – A greve geral na função pública guineense, decretada pelas duas Centrais Sindicais do país, a União Nacional doa Trabalhadores da Guiné (UNTG), e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes (CGSI), prossegue pelo terceiro dia consecutivo e com uma aderência de 100 % dos servidores de Estado.

Na segunda ronda negocial entre a Comissão da greve criada pelas duas Centrais Sindicais e o Governo de Transição, realizada terça-feira, não houve o entendimento entre as partes.

O Porta-Voz da Comissão da Greve, Mamadú Candé, acusou o ministro de Estado da Função Pública, chefe da equipa negocial do Governo, de ter afirmado em plena negociação que o executivo não possui “máquinas de fabricar dinheiro” para pagar os dois meses de salários em atraso exigidos pelos sindicatos.

“Estamos em dialogo com o patronato desde segunda-feira, mas ainda não chegamos a nenhum concenso”, lamentou.

Por este facto, segundo Candé, a greve vai prosseguir até sexta-feira e acrescentou que, por questões humanitárias, decidiram suspender a paralisação dos transportes públicos, para minimizar o sofrimento das populações.

“A nossa exigência é diminuir a presença dos polícias de trânsito nas estradas que numa distância de cinco em cinco metros têm estado a retirar dinheiros aos motoristas de forma desorganizada”, denunciou o porta-voz.

O Porta-Voz da Comissão da Greve, afirmou que, a atitude do ministro da Função Púbica é um insulto aos funcionários públicos.

Os sindicatos exigem entre outros, o pagamento de dois meses de salários e subsídios em atraso, actualização de preços de produtos da primeira necessidade, cumprimento dos acordos pendentes com os sindicatos de base, situação da segurança social e da retoma regular das reuniões do Conselho Permanente de Concertação Social.

ANG/ÂC



terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Caso 74 Sírios



Ramos-Horta apela celeridade e eficácia da comissão de investigação

Bissau, 16 Dez 13 (ANG)  O Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau apelou comissão anunciada pelo primeiro-ministro para investigar o transporte sob ameaça de ilegais num voo da TAP para Lisboa, para que seja célere e eficaz no seu trabalho.

José Ramos-Horta disse ter tomado conhecimento do incidente que envolveu dezenas de passageiros “com identificação duvidosa” transportados sob “ameaça” num voo TAP Bissau-Lisboa.

Na opinião do Responsável residente da UNIOGBIS, a situação que se perfigurar como tráfico de seres humanos, legitimaria assim a suspensão imediata das carreiras directas daquela companhia entre a Guiné-Bissau e a Europa.
 
“O eventual envolvimento de autoridades Bissau-guineenses neste caso é motivo de grande preocupação, sobretudo no actual quadro de tentativa de retorno à ordem constitucional, em que as condições de segurança são fundamentais”, frisou Ramos-Horta.
 
Quanto à Comissão de Investigação anunciada pelo Senhor Primeiro-Ministro, o representante de Ban-Ki-Moon no país disse aguardar que esta vai trabalhar célere e eficazmente, para não acontecer como “noutras tantas investigações anteriores, nunca concluídas, nunca divulgadas e sem que alguém fosse responsabilizado”.