quinta-feira, 31 de março de 2022

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

ONU/Países africanos lusófonos com taxa de gravidezes indesejadas superior à mundial

Bissau,  31 Mar 22(ANG) – A taxa de gravidezes indesejadas entre mulheres dos 15 aos 49 anos em países africanos lusófonos é superior à mundial, segundo um relatório hoje divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).


No relatório “Vendo o Invisível: O caso de acção na crise negligenciada da gravidez não intencional”, hoje divulgado, o UNFPA apresentou dados em relação a gestações não planeadas, salientando que representam quase metade do total de gravidezes no mundo, totalizando 121 milhões por ano.

Enquanto a taxa mundial permanece em 64 gravidezes indesejadas por cada 1.000, esse número é muito superior em países como Angola (120), Cabo Verde (102), Guiné-Bissau (99), Moçambique (88) e São Tomé e Príncipe (130).

Também no Brasil esse número é ligeiramente superior aos dados mundiais (67 gravidezes indesejadas por cada 1.000 mulheres).

Entre os países lusófonos, a excepção é Portugal (21) e Timor-Leste (50), que ficaram abaixo da taxa mundial, neste relatório que compila dados de 2015 a 2019.

Tendência semelhante é encontrada no levantamento da taxa de natalidade por parte de mães adolescentes (15 a 19 anos), em que a média mundial ficou em 40 por cada 1.000, mas que foi amplamente superada pelos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Angola atingiu uma taxa de 163 por cada 1.000 adolescentes, Guiné-Bissau 84, 180 em Moçambique e 86 em São Tomé e Príncipe. Apenas Cabo Verde ficou abaixo da média mundial (12), segundo o relatório, que apresenta dados que vão desde 2004 até 2020.

Já o Brasil tem 49 gravidezes entre adolescentes por cada 1.000 jovens, Timor-Leste 42 e Portugal sete.

Num âmbito mais global, o relatório alerta que mais de 60% das gestações indesejadas terminam em aborto, estimando-se que 45% destes actos sejam inseguros e causem 5% a 13% das mortes maternas. Os abortos inseguros provocaram a hospitalização de sete milhões de mulheres por ano, em todo o mundo.

Face ao casamento infantil aos 18 anos, a percentagem mundial fica em 26%, e em Angola sobe para os 30%, em Cabo Verde fica pelos 18%, 26% na Guiné-Bissau, 53% em Moçambique, 15% em Timor-Leste, 28% em São Tomé e Príncipe e 26% no Brasil, segundo dados de 2005 até 2020. O relatório não apresenta dados de Portugal nesse parâmetro.

Já a prevalência de métodos contraceptivos entre mulheres dos 15 aos 49 anos em países africanos lusófonos como Angola, Moçambique ou Guiné-Bissau, esta fica abaixo da percentagem mundial, segundo o UNFPA.

No relatório foi feita uma análise em relação ao uso de qualquer método contraceptivo por mulheres a nível mundial, em que a percentagem global ficou em 49% no corrente ano.

Contudo, essa percentagem em Angola ficou apenas em 16%, em Moçambique 27%, 33% em Guiné-Bissau, 38% em São Tomé e Príncipe e 44% em Cabo Verde.

Em Portugal (60%) e no Brasil (65%), a percentagem de prevalência de qualquer método contraceptivo entre mulheres dos 15 aos 49 anos ficou acima da média mundial.

Já Timor-Leste registou uma das menores percentagens face a países lusófonos (19%).

Os dados gerais têm, para a agência da ONU, “um grande impacto” na capacidade global para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

De acordo com os dados recolhidos, 257 milhões de mulheres que querem evitar uma gravidez não usam métodos contraceptivos modernos e seguros e quase um quarto não tem condições para recusar sexo. ANG/Inforpress/Lusa

 

Justiça/ Bastonário da Ordem dos Advogados promete não dar costas ao combate à corrupção

Bissau,31 mar 22(ANG) – O Bastonário da Ordem dos Advogados prometeu a instituição de uma Comissão de combate à corrupção e à Procuradoria Ilícita, por serem assuntos de actualidade  cujo combate a  Ordem não deve virar costas .

A promessa foi feita hoje por Januário Correia Sá, numa entrevista concedida a ANG.

“Na verdade estamos a falar de corrupção no sistema judicial e  temos a consciência de que ela deve ser também combatida na nossa casa, pois é importante que os advogados se sintam que a organização está presente nesta luta ”, assegurou Januário Correia.

Quanto a Comissão de Procuradoria Ilícita, afirmou  que há muito que o exercício da profissão de advogado tem sido invadida  por pessoas  que não são habilitadas, por isso, prometeu  imprimir maior  controlo no exercício da profissão para proteger a classe.

O Bastonário diz ser necessário a colaboração da Assembleia Nacional Popular (ANP), para que seja aprovado  o projecto-lei que a antiga direcção submetiu ao hemiciclo e que difiniu quem são os advogados e o quê que fazem e quais são as suas competências.

Defendeu que,  para o bem funcionamento da Ordem, é preciso  instalar  Comissões Executivas, tais como de Ética e Deontologia Profissional e de Arquivos .

Januário Correia disse que  estas Comissões devem  funcionar, assim como a do Acesso ao Dirieto,  e garante que a Ordem vai oferecer  serviço à sociedade.

Relativamente a atribuição da Carteira Profissional, Januário revelou que irá submeter  a ANP o projeto-lei  de exame nacional para ter acesso a profissão de advogado, que determinará o periodo, de pelo menos de cinco anos, para um advogado ter direito a emissão de uma Carteira Profissional.

E acrescenta que antes, o candidato  passará por um ano de formação teórica e dois anos de prática com possibilidade de renovação, por dois anos, caso for solicitado pelo patronato.

O Bastonário dos Advogados disse que durante o seu mandato pretende sensibilizar os advogados para instalação dos seus escritórios para poderem atender de melhor forma os seus clientes. “Os clientes  não podem ser atendidos debaixo da mangueira. Tem  que  ser no escritório”, disse.

Em relação a morosidade da justiça no país,  Januário Correia admitiu  que os advogados têm a sua quota parte nessa situação, porque não têm instalação.

Disse que vai propor ao Conselho da Ordem três meses para que todos os advogados tenham os seus  respectivos escritórios e diz que em caso da sua aprovação, quem não tiver  deixará de exercer a profissão de advogado.

Ainda em relação ao funcionamento da justiça afirmou que o sistema tem que ser reorganizado,  para que os  magistrados que vão  integrar o sistema tenham a consciência de que devem assumir as suas  responsabilidades perante a sociedade.

“Na verdade é preciso reforçar os recursos humanos ao nivel dos tribunais, sobretudo os magistrados. No tribunal de relação só há um juiz em actividade, isso segnifica que esse tribunal não funciona, porque qualquer decisão tomada no tribunal da primeira instância e quem recorrer ao de Relação o processo ficaria parado por falta de juiz”, lamentou.

O Bastonário acrescentou que é preciso que os juizes que irão ser ou que são colocados sejam vinculados aos objectivos, porque um juiz não pode passar um ou cinco anos sem proferir nenhuma sentença.

“Ao mesmo tempo que exigimos aos magistrados que ao longo do ano não chega de acusar nenhum processo, isso não faz sentido e temos de chamar a responsabilidade  as entidades que gerem o sistema, desde o Presidente do Supremo Tribunal  da Justiça, para se sentar com os seus coordenadores e estabelecer agendas que vão ao encontro das necessidades dos cidadãos. Os  serviços de Inspeções têm que funcionar”, disse.ANG/LPG/ÂC//SG



Ucrânia/Rússia “isolada” na ONU após aliados avaliarem que ‘linhas vermelhas’ foram ultrapassadas

Bissau, 31 Mar (ANG) – A Rússia encontra-se isolada na Organização das Nações Unidas (ONU), tendo sido abandonada até por importantes países aliados, que consideram que foram ultrapassadas ‘linhas vermelhas’ com a guerra na Ucrânia, disse à Lusa fonte diplomática.

Contudo, e apesar de “normalmente não se importar de ser vista sozinha em vários processos”, desta vez a situação é diferente e a Rússia realmente está a fazer um esforço para conseguir obter algum apoio, assegurou a mesma fonte, que falou sob anonimato acerca dos bastidores dos intensos esforços diplomáticos desencadeados após a invasão da Ucrânia por forças russas, a 24 de Fevereiro.

“Desta vez, a Rússia está a importar-se com o isolamento e aí está um óbvio efeito político das resoluções da Assembleia-Geral da ONU, que não têm efeito jurídico, mas que têm esse impacto político. Está a importar-se e está a notar-se não só na linguagem corporal dos diplomatas russos nessas votações, mas também noutros processos e isso é muito importante”, disse.

Exemplo desse isolamento foram os recentes resultados de duas resoluções na Assembleia-Geral das Nações Unidas, que por duas vezes durante o corrente mês obtiveram uma esmagadora maioria contra a Rússia.

A 02 de Março, por iniciativa da União Europeia, a Assembleia-Geral da ONU aprovou um primeiro texto condenando a Rússia por ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro.

A resolução foi descrita como “histórica”, por ter obtido 141 votos a favor, 35 abstenções e apenas cinco votos contra.

Cerca de 20 dias depois, em 24 de Março, a mesma Assembleia-Geral aprovou, com uma esmagadora maioria de 140 votos, uma resolução responsabilizando a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia devido à guerra.

Ambas as resoluções obtiveram cinco votos contra: Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia e as abstenções oscilaram entre 35 e 38, dos 193 Estados-membros das Nações Unidas.

A fonte diplomática destacou que abstenções de países aliados como Irão, Nicarágua, República Centro Africana e Mali significam que Moscovo foi demasiado longe e ultrapassou aquilo que seriam ‘linhas vermelhas’ para esses países.

“O Irão é um forte exemplo de abstenção, ou a Nicarágua. A República Centro Africana e o Mali, onde o grupo privado de segurança russo Wagner está muito activo, abstiveram-se. Mesmo esses países abstiveram-se e a Rússia está a olhar para isso. Mesmo os poucos países que seria naturalmente previsível que estivessem com a Rússia, mesmo numa situação destas, não estão. Ou seja, até mesmo para alguns países, a Rússia chegou demasiado longe, ultrapassou aquilo que seriam ‘linhas vermelhas'”, avaliou.

Na sede da ONU, em Nova Iorque, a Rússia, que tem “um papel tradicionalmente muito forte” em várias esferas, tem adoptado agora uma postura mais suave noutras discussões, como na 5ª Comissão, que cuida de assuntos orçamentais e administrativos das Nações Unidas, e na qual Moscovo passou a adoptar um posicionamento mais discreto, por “preocupação com o isolamento”.

“A Rússia está preocupada com esse isolamento, pelo facto de se ter metido numa guerra que, em termos legais e de direito internacional, ‘não tem ponta por onde se lhe pegue’”, avaliou a fonte diplomática.

“Portanto, até um país como a Rússia, que se aguenta bem sozinho em negociações internacionais, sente que precisaria de algum apoio em alguma área. Seria interessante observar que áreas vai escolher a Rússia, não só no âmbito das Nações Unidas, mas no âmbito de outras negociações multilaterais e até relações bilaterais, para tentar criar as pontes que neste momento vê destruídas à sua volta”, advogou.

E exemplo concreto do impacto desse isolamento tem sido o próprio embaixador da Rússia junto da ONU, Vasily Nebenzya, que desde que a guerra começou e o seu núcleo de apoio se começou a reduzir, viu também mirrar a sua postura corporal, sendo frequente vê-lo cabisbaixo a pronunciar-se no Conselho de Segurança ou na Assembleia-Geral ou a evitar declarações à imprensa a todo o custo, algo que no passado não acontecia.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os dados mais recentes da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo. ANG/Inforpress/Lusa

 

Desporto/Atlético Clube de Bissorã invencível hà dez jornadas na Guiné-Liga

Bissau, 31 Mar 22 (ANG) – O Atlético Clube de Bissorã (ACB), é a única equipa que até a 10ª jornada da prova, continua invencível na Guiness-Liga, com 16 pontos e 4ª posição na tabela classificativa.

Segundo o sitio desportivo “O Golo GB”, o técnico de Atlético de Bissorã, Mamado Injai conhecido no mundo de futebol por (Effemberg), recorda com a façanha a sua estreia na Guiness-Liga, ao serviço de Flamengo de Pefine (FP), na temporada 2018/20.

“Na écpoca 2020/21, Effemberg mereceu a confiança dos Dirigentes de Atlético Clube de Bissorã para substituir o antigo técnico “Nicho Bamba”, e até a data presente está no comando desta equipa nortenha, com o registo de 3 vitórias, 7 empates, e zero derrotas,  09 golos marcados e cinco sofridos”, lê-se no Site O Golo GB.

 “O Golo GB” ainda dá conta de que  o técnico de FC de Binar , recem promovido  a 1ª liga foi despedido pelo Clube, devido os maus resultados que a equipa tem registado durante os seus encontros da prova.ANG/LLA/ÂC//SG

Covid-19/OMS apresenta três cenários de evolução e o mais provável é o de perda de força do vírus

Bissau, 31 Mar 22(ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou quarta-feira três cenários de evolução da pandemia de covid-19, sendo o pior uma nova variante, mais perigosa, mas a mais provável que a doença se torne menos grave.

O cenário mais provável, disse numa conferência de imprensa online o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, será o de uma diminuição gradual da gravidade da doença, graças a uma melhor imunidade das pessoas, quer por terem sido infectadas quer por terem sido vacinadas.

A OMS publicou hoje uma versão revista do seu plano estratégico para combater a pandemia, tendo o director-geral dito esperar que seja o último sobre a doença, que foi detectada pela primeira vez na China em finais de 2019 e se espalhou pelo mundo matando mais de seis milhões de pessoas, de acordo com números oficiais.

“Com base no que sabemos agora, o cenário mais provável é que o vírus continuará a evoluir, mas que a gravidade da doença que provoca diminuirá à medida que a imunidade aumenta com a vacinação e a infecção”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertando que os picos nas infecções poderão reaparecer e que serão por isso necessárias vacinas de reforço, especialmente em pessoas mais vulneráveis.

“Na melhor das hipóteses, veríamos surgir variantes menos severas e não haveria necessidade de novas doses de reforço e vacinas” para as combater, acrescentou o responsável.

Mas “na pior das hipóteses, surge um vírus mais virulento e altamente transmissível”. Face a esta nova ameaça, a protecção das populações – através de vacinação ou infecção anterior – contra formas graves da doença ou morte diminuirá rapidamente”, alertou, reforçando a importância das vacinas e de se atingir a prioridade da OMS, de vacinar 70% da população mundial.

Enquanto vários países já vão na quarta dose, um terço da população mundial continua sem receber sequer uma só dose da vacina contra a doença, incluindo 83% da população de África, lamentou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Na semana passada, mais de 10 milhões de pessoas foram infectadas e 45.000 morreram, de acordo com os números fornecidos à OMS.

A OMS disse que está a rever os dossiês de dez novas vacinas contra a covid-19, que aguardam autorização de utilização de emergência e que são de diferentes tipos. ANG/Inforpress/Lusa


Cultura/Agrupamento musical “Defrow” prevê lançar primeiro albúm discográfico ainda no decurso deste ano

Bissau, 31 Mar 22 (ANG) - O Agrupamento Musical denominado Defrow (agrupamento de música Rapp criada por três jovens guineenses) prevê o lancamento de seu primeiro albúm discográfico intitulado ”Defrow Forever” ainda no decorrer deste ano.

A revelação  foi feita por  um dos elementos do grupo, Leónides Lopes Albino vulgo “Makadennis”, esta quinta-feira, em entrevista exclusiva a Agência de Notícias da Guiné(ANG).

Defrow foi criado nos príncipios de 2003, por um grupo de jovens apaixonados pela música mas que  careciam de meios para fazer um albúm. Desde  então tem-se limitado ao lançamento de “maquetes”, quer dizer  lançar um, dois , três ou quatro músicas.

“Demoramos para lançar um albúm, porque além de meios financeiros, um albúm  exige criatividade máxima. Estamos a falar de uma situação em que regras musicais são mais rigorosas, em comparação com o maquete. No albúm não são permitidos cópias de outras músicas tal como acontece no maquete”, explicou Makadennis.

Acrescentou que, os criadores do Grupo Defrow eram simples jovens estudantes e não tinham recursos para desenvolver as suas ideias. Felizmente que, actualmente estes jovens já têm um trabalho na qual conseguem alguma coisinha e também já podem contar com  apoio financeiro de algumas entidades, que já viram os seus trabalhos no mundo da música.

Makadennis disse que o financiamento do  albúm conta com a contribuições dos elementos do grupo, da empresa Empresa Fagoral, do  músico Bari Siaga vulgo “Slav-G”, e outras pessoas individuais.

“O albúm que pretendemos lançar terá 10 faixas musicais. Já deixamos ao público uma faixa musical intitulado “Bolso Malcriado” que está a circular na net e também já tem o seu videoclips para que os nossos fãs possam apreciar uma pequena parte do nosso trabalho antes de lançamento do albúm”, revelou .

Leónides  Albino contou que a produção de  cada faixa musical custa 30.000 francos CFA enquanto que  a de Videoclipe  pode envolver despesas na ordem de  75.000 francos, incluindo os gastos com roupas que  vão ser usadas durante a gravação , comida, transpote,  entre outras.

No   albúm  “Defrow Forever” vão ser tratados diferentes conteúdos sobre a  sociedade  e  diferentes faixas étárias da população.

Makadennis promete agradar o público com o albúm  que consumiu dois anos de preparação.

Dos três membros que compõe o Grupo Defrow, Makadennis igualmente  jornalista da Agência de Notícias da Guiné e apresentador do programa TGB Nova Geração na Tevisão da Guiné-Bissau, Justen Nosoline vulgo “Killa Mic” é funcionário da Cruz Vermelha Internacional e Abrão Lopes Vaz vulgo “Radikal P.” é  funcionário público afeto ao Ministério da Cultura Juventude e Desporto.

Para além dos três  elementos do Grupo Defrow, o albúm terá como participantes o veterano músico Tino Trimó, Menina Cadaija, Ross Lyon  e Young Alsina, e contará com o concurso de  três produtores Naty Prow, Ary Prow e Yong Alsina.ANG/AALS/ÂC//SG

Ucrânia/Forças russas começaram a retirar-se da central nuclear de Chernobyl

Bissau, 31 Mar 22(ANG) – As forças russas começaram a retirar-se da central nuclear de Chernobyl, que controlam desde os primeiros dias da invasão na Ucrânia, e do aeroporto de Gostomel, perto de Kiev, revelou quarta-feira fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

De acordo com um alto funcionário do Pentágono, o Exército russo começou a retirar-se do aeroporto de Gostomel, a noroeste de Kiev, e está a reposicionar-se de Chernobyl, deslocando-se para a Bielorrússia.

“Entendemos que estão a sair, mas não consigo dizer se estão todos a ir embora”, acrescentou a mesma fonte, citada pela agência France Presse (AFP) e que falou sob a condição de anonimato.

Desde 09 de Março que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) deixou de receber dados diretamente da central nuclear onde ocorreu em 1986 o maior acidente radioativo da história.

Ainda no domingo, a agência das Nações Unidas voltou a manifestar preocupação com a falta de rotatividade dos funcionários desta central desde 20 de Março.

A agência para o nuclear da ONU indicou na terça-feira que o seu diretor-geral está na Ucrânia para discutir com responsáveis do governo a disponibilização de “assistência técnica urgente” para garantir a segurança das instalações nucleares do país.

Desde o início da ofensiva militar russa, há mais de um mês, Rafael Grossi tem alertado para os perigos desta guerra, a primeira num país com uma grande capacidade nuclear – 15 reatores em quatro centrais em atividade e vários depósitos de resíduos nucleares.

As forças russas controlam ainda a maior central nuclear da Europa, em Zaporijia.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, tinha revelado que “menos de 20%” das forças russas cujo avanço na região em torno de Kiev foi impedido pelo Exército ucraniano “começaram a reposicionar-se em direção à Bielorrússia”.

“Estimamos que se estão a reposicionar na Bielorrússia. Não temos um número exato, mas esta é nossa estimativa preliminar”, acrescentou John Kirby em conferência de imprensa.

O responsável norte-americano alertou que as palavras da Rússia sobre uma desescalada em torno de Kiev ainda não estão a ser cumpridas.

O porta-voz do Pentágono explicou que para os Estados Unidos estas movimentação não significam uma retirada, mas uma tentativa da Rússia em reabastecer e reposicionar as suas tropas.

O director de comunicação do Departamento de Defesa norte-americano lembrou que Rússia estabeleceu como meta priorizar a região do Donbass, no leste ucraniano.

A Rússia também anunciou, após conversações na terça-feira com negociadores ucranianos em Istambul, que iria reduzir as suas actividades em torno de Kiev e Chernihiv num gesto para aliviar a pressão e ajudar as conversações a encaminhar-se para um acordo.

Apesar da intenção de desescalada manifestada por Moscovo, o governador de Chernihiv, Viacheslav Chaus, disse esta quarta-feira que os ataques russos contra as infraestruturas civis continuaram durante a noite.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo. ANG/Inforpress/Lusa

 

quarta-feira, 30 de março de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Saúde Pública/ Governo renova estado de alerta a saúde pública causado pelo novo coronavírus para 90 dias

Bissau, 30 Mar 22 (ANG) – O Governo decretou a renovação do estado de alerta à saúde Pública, no âmbito do combate a pandemia de coronovírus, para um período de 90 dias, para vigorar entre 25 de Março e 23 de  Junho, do ano em curso.


Segundo o diploma que acaba de ser tornado público, continuam permitidas a realização de voos internacionais, estando sujeitos à
 observância das regras de higienização, “sem prejuízo das regras especificas ditadas pelos departamentos governamentais competentes”.

O controlo sanitário nas fronteiras vão continuar assim como a obrigatoriedade de apresentação de certificado de vacina ou de un certificado de teste de  base molecular por rRT-PCR negativo para o vírus SARS-CoV-2, obtido até cinco dias antes do início da viagem, salvo para crianças com idade inferior a 12 anos.

A obrigatoruiedade de utilização  coreta de máscaras facial na via pública, nos espaços fechados de acesso público, nos transportes públicos, nos mercados, e na venda ambulante vai continuar a vigorar.

A realização de eventos sociais e políticos, nomeadamente toca-chur, djambadon, kussundé e gamô, actividades politico-partidárias são permitidos mediante a observação  de medidas de distanciamento, higienização das mãos, desinfeção e higiene adequado do local dos eventos.

“As pessoas com idade superior a 55 anos , aquelas que padecem de doenças crónicas e os profissionais de saúde , independentemente da idade, podem  ser administradas dose de reforço à sua vacinação”, refere o diploma. ANG//SG

 

 


Economia
/ “Sem crescimento económico sustentável  torna-se dificil consolidar a coesão do tecido social guineense”, diz o Presidente Sissoco Embaló  

Bissau, 30 mar 22 (ANG) -  O Presidente da República disse hoje que sem o crescimento económico  sustentável torna-se dificil consolidar a coesão do tecido social guineense, assim como  salvaguardar a estabilidade das instituições públicas.

Umaro Sissoco Embaló falava  na cerimónia oficial de abertura das actividades de Coris Bank Internacional no país.

O chefe de Estado desejou que a nova entidade bancária – Coris Bank Internacional traduzisse as suas operações na mobilização da poupança interna e externa, no investimento na economia nacional, na produção de bens e serviços, no fortalecimento do tecido empresarial e  crescimento  económico da Guiné-Bissau.

Para o Presidente Sissoco, a presença do Coris Bank Internacional na Guiné-Bissau representa uma confiança no mercado guineense, e diz ser   sempre gratificante para um chefe de Estado testemunhar o estabelecimento de novas instituições e projectos.

Do presidente do Grupo Coris Bank Intenacional,  Idrissa Nassa, o chefe de Estado guineense ouviu que  o novo banco ambiciona desenvolver na Guiné-Bissau novo  modelo da indústria bancária para contribuir no desenvolviemnto do país.

Myriam Kone, Diretor-geral deste banco na Guiné-Bissau reiterou, na ocasião, que a instituição vai oferecer  serviços e produtos inovadores adptados às necessidades dos autores económicos e à custos competitivos.

Declarou que a  instituição pretende tornar-se num parceiro previlegiado e um portador de projectos nos sectores do comércio, indústria, agricultura e noutros sectores de desenvolvimento.

“A confiança, a originalidade, integridade e sociabilidade definem  o lote do Coris Bank Internacional”, disse Myriam Koné.

Com a abertura da sucursal da Guiné-Bissau, o Coris Bank Internacional está agora presente em nove países: Benin, Burkina Faso, Côte dIvoire, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.ANG/LPG/ÂC//SG


Dia Mundial a Juventude
/Presidente da RENAJ critica  “inexistência de formação” para  jovens na Guiné-Bissau

Bissau, 30 Mar 22 (ANG) -  O Presidente de Rede Nacional das Associções Juvenis (RENAJ), criticou hoje que  não se pode falar  de formação dos jovens na Guiné-Bissau uma vez que não existe.

Seco Duarte Nhaga que falava a Ràdio Sol Mansi, em alusão ao Dia Mundial da Juventude, que se assinla hoje, 30 de Março, sob o lema “Focar na Eduação e na Conscientização dos Jovens sobre as responsabilidades que  irão assumir futuramente como representante do Planeta”, disse que, se as escolas e liceus do país não estão a funcionar não se pode falar da educação dos jovens.

Segundo Nhaga, a Guiné-Bissau é hoje um país que não tem um sistema educativo, e segndo diz, tem apenas um nome nesse sentido.

Sustenta  que  qualquer sistema de educação no mundo o seu propósito é formar o modelo de cidadão que o Estado quer.

ʺA título de exemplo, no Japão, independentemente de transmitir a ciência para jovens para poderem compreender bem a ciência, a polítia educativa nesse país defende que, tem de se transmitir os valores para ensinar as crianças que as raparigas varrem  mas que os rapazes devem igualmente limpar”, disse.

Aquele responsável juvenil disse que,  na Guiné-Bissau a transmissão da ciência é deficiente porque não se ensina  os valores, frisando que, “por isso é que temos gentes que estão a formar em direito,  economia,  jornalismo e em outras áreas e que são bons, cientificamente, mas não têm valores”.

 Seco Duarte Nhaga afirmou que, a própria classe politica guineense compreendeu que a melhor forma de continuar a ter um monopólio sobre a estrutura da juventude é “não vai dar escola  aos jovens, é não  lhes criar condições, não melhorar suas vidas e não dar-lhes emprego”.

Acrescentou que, se deram  escola e emprego aos jovens estes vão ter suas autonomias, e isso  vai fazer  com que a classe politica perca esse   monopólio sobre os jovens.ANG/MI/ÂC//SG

  

  

 

                            Política/Polícia levanta cerco à sede do PAIGC

Bissau, 30 Mar 22 (ANG) - A polícia  ordenou terça-feira aos agentes que mantinham o cerco na sede do PAIGC há mais de uma semana para que deixassem as imediações do edifício.

Desde o passado dia 19 de Março, não era possível entrar na sede do PAIGC.

A vice-presidente do PAIGC, Odete Semedo confirmou que o partido deu orientações aos militantes para que desmontassem os equipamentos que se encontravam no salão onde deveria decorrer o 10.° congresso.

A dirigente lembrou que congresso não vai decorrer por agora, admitindo não saber quando, "mas um dia vamos realizar o nosso congresso e preparar o PAIGC para as próximas eleições".

"Vai haver congresso, com certeza. Quando eu não sei, mas vai ter lugar. Porque o partido é um partido legal que tem todos os seus papéis em ordem e não há nenhuma providência cautelar que acautela interesse de uma pessoa contrariando o interesse de milhares de pessoas", descreve a deputada do PAIGC.

"Só os congressistas eram 1400 contra Bolom Comté, que é apenas uma pessoa. É um militante perdido por aí, que diz ser militante. Eu julgo que ele não é militante, não tem base porque não participou em nenhuma assembleia de base e ele arroga-se ao direito de juntar-se”, disse Semedo.

Segundo Odete Semedo um dos vice-presidente do PAIGC, Bolom Conté  “é apenas um vector e foi utilizado para fazer isto".

A invasão policial à sede do PAIGC no dia 19,provocou ferimentos a vários militantes do partido que tentavam impedir a entrada dos agentes ao interior da sede onde decorria a reunião do Comité centra do paartido. ANG/RFI

 


Comunicação Social/
Criada rede de jornalistas em matéria de mercado e economia ilicitos

Bissau, 30 Mar 22(ANG) – Um seminário de capacitação de 25 jornalistas sobre mercado e economia ílicitos, organizado pelo Consórcio média e Comunicação Social(CMICS) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD) terminou terça-feira com a criação de uma rede de jornalistas para  essa matéria.

Questionado sobre a importância da criação da rede, o gestor do projetoo CMICS respondeu que é para a partilha e interação de informações, não só de âmbito nacional assim  como a nível internacional,  sobre o mercado e economia ilícitos.

Sanhá explicou que a rede vai ter a colaboração a nível subregional, a fim de puder partilhar as suas informações sobre  a econmia e os mercados ílicitos .

Na cerimónia de abertura do evento, em representação do PNUD,  Andreia Teixeira disse que, o seminário é apoiado por esta agência da ONU, no âmbito do projeto “ Observatório da Sociedade Civil da Economia Ilícita”, uma parceria com a Iniciativa Global contra o crime organizado transnacional, cujo objetivo é facultar aos profissionais   capacidades que os permitam  análisar e reportar melhor os impactos da economia ílicita  no desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Teixeira mostrou que  os meios de comunicação social têm grande  importância na construção de uma opinião pública informada sobre a corrupção, violação de direitos humanos e tráfico de drogas.

“Em virtude de fragilidades institucionais, o país constitui a plataforma atrativa de trânsito de drogas. Para a mudança de paradigma é crucial o reforço das capacidades institucionais de meios de comunicação social para mitigar os riscos  associados a insegurança, a violação de direitos humanos à corrupção e o tráfico de drogas,” disse.

Andreia Teixeira disse que nenhuma instituição pode enfrentar sozinha o impacto do crime organizado e do tráfico de drogas, razão pela qual, segundo Andreia, os média têm o papel de incentivar e encorajar a participação proactiva   da população no combate a impunidade e outros crimes, através  de acções  de sensibilização e de construção de uma opinião pública informada e crítica. ANG/JD/ÂC//SG

 

 

Desporto/Camarões, Marrocos, Gana, Tunísia e Senegal apuram-se para o Mundial do Qatar

Bissau, 30 Mar 22 (ANG) - As cinco seleções africanas que vão participar no Mundial do Qatar já estão apuradas e há algumas surpresas como a ausência do Egipto de Carlos Queiroz ou da Argélia.

Foi ao 124º minuto que os Camarões se qualificaram para o Mundial de Futebol do Qatar. Uma vitória face à Argélia arrancada pelo atacante Toko Ekambi, que joga no Lyon, num golo inesperado que acabou com as ilusões dos argelinos que jogavam em casa.

Já o jogo entre o Senegal e o Egipto, numa repetição da final da CAN onde o Senegal também saiu vencedor, terminou em penáltis, com o Egipto não só a perder nas quatro linhas, mas também a perder o seu seleccionador, com Carlos Queiroz a anunciar a sua demissão no final do jogo. Os egípcios alegam que o jogo foi perturbado por lasers apontados aos seus jogadores e vai levar este jogo aos tribunais.

O Gana foi o primeiro da noite a qualificar-se contra a Nigéria, com um empate a servir para chegar ao Mundial do Qatar. Esta é a quarta presença dos ganenses nesta competição internacional.

Marrocos goleou a República Democrática do Congo, com um resultado final de 4-1. Este foi um jogo tenso para os marroquinos, que no último encontro tinham cedido um empate em Quinxassa, fazendo com que a equipa provasse o seu valor e conseguisse o apuramento.

A Tunísia aguentou bem a pressão do Mali, que no início do jogo viu um golo anulado, conseguindo assim um empate 0-0 que leva os tunisinos até ao Qatar. É a sexta presença da Tunísia no Mundial de Futebol.

O Mundial do Qatar disputa-se entre 21 de novembro a 18 de dezembro, havendo já 26 equipas apuradas para esta competição internacional. ANG/RFI

 


Negócios
/Empresário Duca diz ser “estranha e ilegal” a decisão governamental de nacionalizar os  Armazéns do Povo

Bissau,30 Mar 22(ANG) – O Presidente do Conselho de administração dos Armazéns do Povo SARL,Alfredo(Duca) Miranda, em declarações a Lusa, disse ser “estranha e ilegal”, a decisão do Governo guineense de nacionalizar esta empresa.

O Governo da Guiné-Bissau decidiu no último Conselho de Ministros, nacionalizar a empresa Armazéns do Povo, detida maioritariamente por capitais portugueses.

Os Armazéns do Povo, conglomerado de edifícios públicos, segundo Duca Miranda, foram vendidos pelo Estado guineense em 1992 e o grupo português Interfina comprou 55% das ações da empresa, a que se juntam mais participações de outros grupos lusos, perfazendo cerca de 96% de capitais portugueses.

O Estado guineense detém um total de cerca de 3% do capital da empresa, observou Miranda que não compreende a decisão do Governo do país em nacionalizar o grupo.

“Nós fomos surpreendidos pela aprovação de um decreto-lei, na última reunião do Conselho de Ministros, que teve lugar na quinta-feira passada, em que, efetivamente, pelo teor do decreto, o Estado decidiu nacionalizar a empresa Armazéns do Povo SARL”, afirmou Alfredo Miranda.

O presidente do conselho de administração precisou ainda que a empresa Armazéns do Povo investiu, nos últimos anos, mais de sete milhões de euros na modernização dos imóveis e ainda emprega, de forma direta, mais de 200 trabalhadores guineenses.

“A empresa Armazéns do Povo SARL é uma empresa de capitais portugueses, mais de 95% do capital é português”, observou Alfredo Miranda, para quem, talvez, seja pelo facto de a empresa se ter modernizado é que poderá suscitar “algum interesse de certas forças”.

O presidente da administração da Armazéns do Povo “não compreende” como é que se decide pela nacionalização de uma empresa privada “de capital maioritário estrangeiro”, e que representa cerca de 15% das exportações de Portugal para a Guiné-Bissau.

O grupo Armazéns do Povo, que se dedica ao comércio de produtos diversos de Portugal para a Guiné-Bissau, está, segundo Alfredo Miranda “em cumprimento de todas as normas” do país e até hoje não foi informado pelas autoridades da decisão da suposta nacionalização.

“O que a empresa pensa fazer é que se faça a justiça, que se cumpra a lei. Todos os documentos da empresa estão em dia, apresentamos o balanço regularmente”, afirmou Alfredo Miranda, realçando que a empresa faz reuniões regulares onde o Estado guineense pode participar como sócio que é.

Miranda notou ainda que o Estado guineense tem um representante permanente no conselho de administração da empresa Armazéns do Povo e que pode facultar todos os documentos, se for o caso, disse.

O presidente da administração também considerou estranho o facto de o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos “não cumprir com a lei” ao não pagar uma indemnização fixada pelo tribunal guineense e ainda mandar invadir as instalações da empresa.

Alfredo Miranda referia-se a um caso em que o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos foi condenado, “com a sentença transitada em julgada”, por ocupação ilegal das instalações da empresa.

“Estranhamente, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos rebentou os nossos cadeados e ocupou as nossas instalações. Pôs lá uma segurança privada. Isso foi na quinta-feira da semana anterior e nesta quinta-feira nós fomos surpreendidos com a decisão do Conselho de Ministros de nacionalizar a empresa”, sublinhou Alfredo Miranda.

Está no horizonte do grupo Armazéns do Povo, que abastece o mercado guineense, entre outros, com produtos de construção civil, eletrodomésticos, produtos alimentares, expandir-se para os países da sub-região africana onde a Guiné-Bissau está inserida, adiantou Miranda.

“E de repente surpreendem-nos com esta decisão que não sabemos como é que podemos posicionar sobre isto”, disse Alfredo Miranda notando, contudo, que a empresa poderá recorrer aos tribunais “se tiver de ser”.

O presidente da administração dos Armazéns do Povo considerou ser “muito mau” para a imagem do país o que se está a passar com a empresa.

Em declarações a RDP-África, o Embaixador de Portugal  enalteceu o contributo da empresa Armazéns do Povo para o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau através do emprego que proporciona sobretudo num importante sector da distribuição dos produtos.

José Rui Velez Caroço disse que o governo guineense decidiu nacionalizar a empresa Armazéns do Povo, numa altura em que tanto insistiram de que as relações luso guineenses conhecem o momento de melhoria da sua própria excelência em que se pretende, obviamente num salutar ambiente de negócios, continuar a investir.

O diplomata português, disse que, obviamente esse papel está a cargo dos empreendedores, dos investidores  e da iniciativa privada, os quais querem, como a título de exemplo dos Armazèns do Povo e de muitos outros que gostaram e estimularam e que possam investir no mercado da Guiné-Bissau.

ANG/Lusa