Presidenciais/Timor-Leste organiza sábado maiores eleições de sempre
Bissau, 18 Mar 22(ANG) A República de Timor-Leste vai às urnas no sábado para as eleições presidenciais mais disputadas de sempre, com 16 candidatos a apresentarem-se a esta corrida eleitoral.
Esta é também a eleição onde há mais
timorenses recenseados, estimando-se uma participação de 850 mil pessoas.
O grande embate político será entre o
atual Presidente, Francisco Guterres Lú-Olo, e Ramos-Horta, prémio Nobel
da Paz em 1996 pela luta pela independência do seu país e também ex-Presidente.
Não é a primeira vez que estas duas
figuras políticas se confrontam, com Lu-Olo a contar com o apoio da FRETILIM e
Ramos-Horta é candidato do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense.
Alguns candidatos repetentes são Ângela
Freitas e Rogério Lobato, havendo também estreantes como Mariano Sabino ou
Antonio da Conceição. Outro candidato de relevo é Lere Anan Timur,
ex-chefe das Forças Armadas.
Devido ao grande número de candidatos, o
debate transmitido na televisão privada timorenses e nas redes sociais durou
mais de seis horas, sendo muito criticado pelos próprios candidatos, que
consideraram que as perguntas foram monótonas e sem interesse.
Os principais temas da campanha prendem-se ainda com a
independência de Timor-Leste e a necessidade de manter a paz, justiça e
liberdade dentro da jovem democracia, havendo também preocupações com a
situação sanitária, a juventude e agricultura.
Teme-se agora o aumento da abstenção, já que devido à covid-19,
muitos timorenses abandonaram o país em busca de trabalho, não se tendo
recenseado nos locais para onde emigraram. A abstenção também tem estado a
aumentar no país desde as primeiras eleições livres.
De forma a atestar a regularidade deste processo eleitoral, estão
em Timor mais de 30 associações nacionais e internacionais, entre elas equipas
da CPLP e da União Europeia, com estas organizações a serem apoiadas por cerca
de 50 funcionários locais.
As eleições deste sábado podem ter uma segunda volta caso nenhum
dos candidatos reúna mais de 50% dos votos. ANG/RFI
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