sexta-feira, 29 de maio de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Covid -19/”FIFA doou 250 mil dólares à Federação Nacional de Futebol para custos operacionais, não para clubes”, diz Bonifácio Sanhá

Bissau 29 Mai. 20 (ANG) – A Federação Internacional de Futebol(FIFA), doou  250 mil dólares à Federação Nacional de Futebol da Guiné-Bissau(FNFGB) para fazer face as despesas operacionais neste período da pandemia de Covid-19.

Bonifácio Malam Sanha
Em declarações hoje à ANG, Bonifácio Malam Sanhá, membro do Comité Executivo da Federação Nacional de Futebol da Guiné-Bissau,  desmentiu  informações postas a circular segundo as quais o referido montante se destina aos clubes.

Aquele dirigente federativo afirmou que a FIFA não deu nenhum tostão para dar aos clubes de futebol, acrescentando que a verba é um adiantamento da tranche habitual que a Federação Internacional de Futebol devia doar  à Guiné-Bissau em Julho do ano em curso, devido a  situação da pandemia de coronavirus.

“Foi nesse quadro que recebemos os 250 mil dólares da FIFA e o montante global é de  500 mil, tal como  contemplado no programa denominado Far Word daquela instituição que gere o futebol mundial. Mas, como nós, Guiné-Bissau, estamos em restrição financeira com a FIFA, só recebemos  50 por cento da verba“,explicou.

Malam Sanhá frisou que a Federação de Futebol, através do seu Comité Executivo, entendeu que por causa da situação difícil que os clubes estão a enfrentar, decidiu apoiá-los.

Disse que   não é que os clubes tenham  direito ao referido dinheiro ou seja, “a FNFGB decidiu, de uma forma livre, doar parte do montante aos clubes no valor de 2 milhões de francos CFA cada”.

Aquele responsável disse que existe um fundo a ser preparado pela FIFA destinado aos actores de futebol, mas que ainda nem se sabe quanto será e que deve ser disponibilizado para as federações, clubes e outras associações desportivas.

Bonifácio Malam Sanhá referiu  que cabe a Federação justificar como geriu o dinheiro doado pela FIFA,  caso contrário não receberá a segunda tranche dos 250 mil dólares. ANG/MSC/ÂC//SG




Meteorologia/ Previsão Sazonal indica que as chuvas iniciam tarde e terminam em novembro na Guiné-Bissau

Bissau, 29 Mai 19 (ANG) - O Ponto Focal de Previsão Sazonal dos Serviços da Meteorologia Nacional disse hoje que, de acordo com os dados de previsão feita este mês, as chuvas vão iniciar no mês de Junho próximo e terminarão em Novembro, devido as alterações clímáticas.

A informação foi revelada hoje por Cherno Luís Mendes, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG).

“Tínhamos dito que as chuvas deste ano iam iniciar muito cedo nas algumas localidades da Guiné-Bissau, mas, infelizmente não foi o caso, porque só tivemos chuvas em Abril, na zona Leste do país”, referiu.

Aquele responsável acrescentou que deixaram sempre claro de que os dados da previsão sazonal climática que apresentaram em Abril eram apenas provisórios, e que iriam ser actualizados a qualquer momento que as condições ocêanícas forem favoráveis.

 “Tínhamos previsto que na Guiné-Bissau ia chover de forma normal, mas com a tendência de chover muito, nos meses de Junho, Julho e Agosto.  Com essa actualização  de Maio vimos que a pluviometria será normal até  Setembro”, afirmou aquele responsável.

Cherno Luís Mendes disse que este ano o tempo será muito húmido e que por causa isso, haverá probabilidade de ocorrência de  fenómenos extremos, sobretudo com ventos fortes.
Questionado sobre o que provocou  a chuva na zona leste do país ,em Abril, respondeu que tal se deve a  questão de instabilidade que acontece na atmosfera.

Mendes garantiu que estarão sempre disponível para revelar qualquer actualização caso venha a ser necessário e que por isso, pede a colaboração dos jornalistas  na divulgação das actualizações. ANG/AALS/ÂC//SG





    Covid-19/Curva da epidemia continua em trajectória ascendente em África
Bissau, 29 mai 20 (ANG) - A curva epidémica da covid-19 continua a subir em África, com uma média de 4.200 novos casos por dia, disse quinta-feira o director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong. "A curva continua a subir.
Entre 21 e 27 de Maio, houve 30 mil novos casos registados comparado com a semana anterior, em que tivemos registo de 21.700 novos casos. É um aumento de 1,4 vezes. Temos uma média de 4.200 novos casos diários no continente", disse John Nkengasong.
O director do África CDC, que falava na conferência de imprensa semanal, a partir da sede da União Africana, em Addis Abeba, assinalou que parte deste crescimento é justificado pelo aumento do número de testes ao novo coronavírus realizados pelos países.
Quase um terço dos novos casos foi registado na África Austral (30%), seguida do Norte de África (24%), da África Ocidental (16%), África Central (15%) e África Oriental (13%).
Globalmente, o continente africano regista 124.482 casos acumulados de infecções pelo novo coronavírus e 3.696 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 3%.
John Nkengasong sublinhou os progressos alcançados na realização de testes à covid-19, assinalando que o continente passou de menos 400 mil testes, no início de Abril, para quase 2 milhões actualmente.
"Desde Abril, aumentámos significativamente o número de testes. Há países que hoje estão a fazer entre 5 mil e 7 mil testes por dia. Até ao final desta semana, o África CDC terá distribuído 2,5 milhões de testes aos Estados-membros", disse.
Apesar do progresso, o director do África CDC reconheceu que o continente está ainda longe do nível ideal de testagem.
"Com um continente de 1,2 mil milhões de pessoas, o nosso objectivo é testar 1% da população, ou seja, temos de fazer 12 milhões de testes. Estamos próximo dos 2 milhões, ainda temos uma lacuna de 10 milhões", apontou.
Segundo o África CDC, o número de mortos subiu nas últimas 24 horas de 3.589 para 3.696 (+107), enquanto os casos de infecção aumentaram de 119.391 para 124.482 (+5.091).
O número total de doentes recuperados subiu de 48.618 para 51.095 (+2.477).
O norte de África é a região mais afectada pela doença no continente, com 1.708 mortos e 37.566 infectados pelo novo coronavírus.
A África Ocidental regista 663 mortos e 31.279 infecções, enquanto a África Austral contabiliza 575 mortos e 27.858 casos, quase todos num único país, a África do Sul (25.937).
A África Oriental regista 383 mortos e 13.850 casos registados e na África Central há 367 vítimas mortais em 13.939 casos.
Seis países - África do Sul, Argélia, Egipto, Marrocos, Nigéria e Ghana - concentram mais de metade (57%) das infecções pelo novo coronavírus no continente e mais de dois terços das mortes associadas à doença.
O Egipto é o país com mais mortos (816) e tem 19.666 infecções, seguindo-se a Argélia, com 623 vítimas mortais e 8.857 infectados.
A África do Sul é o terceiro com mais mortos (552), continuando a ser o país do continente a registar mais casos de covid-19 (25.937).
Marrocos totaliza 202 vítimas mortais e 7.601 casos, a Nigéria regista 254 mortos e 8.733 casos, enquanto o Gana tem 34 mortos e 7.303 casos.
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infecções, com 1.195 casos, e regista oito mortos.
São Tomé e Príncipe contabiliza 443 casos e 12 mortos e Cabo Verde tem 390 infecções e quatro mortos.
Moçambique conta 227 doentes infectados e um morto e Angola tem 73 casos confirmados de covid-19 e quatro mortos.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ultrapassou os mil casos positivos de infecção (1.043) e 12 mortos, segundo o África CDC.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto em 14 de Fevereiro e a Nigéria foi o primeiro da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 352 mil mortos e infectou mais de 5,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Angop




   EUA/Trump ameaça usar força contra protestos pela morte de George Floyd

Bissau, 29 mai 20 (ANG) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou “bandidos” às pessoas envolvidas nos protestos de Minneapolis contra a morte de George Floyd ameaçando que “quando as pilhagens começarem, os tiros vão começar”.
As considerações do chefe de Estado foram transmitidas hoje através da rede social Twitter na sequência dos protestos que eclodiram na cidade de Minneapolis.
Manifestantes indignados com a morte de George Floyd, o afro-americano que morreu sob custódia policial, invadiram uma esquadra da polícia em Minneapolis e incendiaram o local.
Um porta-voz da polícia da cidade do Estado de Minnesota confirmou que a terceira esquadra, situada perto do local onde Floyd morreu, foi evacuada “no interesse da segurança do pessoal”.
O incêndio deu-se pouco depois das 22:00 de quinta-feira (05:00 de hoje em Lisboa).
Anteriormente Trump tinha afirmado que a morte de Floyd o fazia sentir “muito mal” e que estava “chocado”.
No entanto, a linguagem do presidente dos Estados Unidos, nas habituais mensagens através do Twitter, endureceu nas últimas horas referindo-se directamente aos manifestantes.
“Estes ‘BANDIDOS’ estão a desonrar a memória de George Floyd e eu não vou deixar que isso aconteça”, escreveu Trump.
“Acabei de falar com o governador Tim Waltz e disse-lhe que pode contar com os militares. Assim que aconteça qualquer dificuldade nós assumimos o controlo. Quando as pilhagens começarem, os tiros começam”, escreveu Trump.
A cidade de Minneapolis registou nas últimas 24 horas outros 30 incêndios tendo-se verificado actos de pilhagens perto do local onde Floyd morreu.
Num centro comercial em frente à terceira esquadra, as montras de quase todas as lojas foram estilhaçadas, com manifestantes a atirarem manequins de uma loja saqueada para dentro de um automóvel em chamas.
Dezenas de empresas em Minneapolis protegeram as montras para evitar pilhagens, com a cadeia de lojas Target a anunciar o encerramento temporário de duas dúzias de estabelecimentos na zona.
Os protestos contra a morte de George Floyd alastraram-se também a St. Paul, capital do estado do Minnesota, com a polícia a tentar impedir o saque de lojas e os bombeiros a serem chamados para combater incêndios.
Na quinta-feira à noite, em St. Paul, eram visíveis nuvens de fumo, enquanto a polícia, armada com bastões e máscaras de gás, vigiava os manifestantes na maior rua comercial da cidade.
Os protestos espalharam-se também a outras zonas do país sobretudo em Nova Iorque onde apesar da epidemia da covid-19, manifestantes organizaram concentrações públicas que resultaram em confrontos policiais.
Em Denver, manifestantes bloquearam o trânsito no centro da cidade.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de segunda-feira em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens foram divulgadas através da internet.
Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante vários minutos. ANG/Inforpress/Lusa




Bissau, 29 mai 20 (ANG) - O número de mortos devido à covid-19 na Guiné-Bissau aumentou quinta-feira para oito, mantendo-se os 1.195 infetados, disse o coordenador do Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES), Dionísio Cumba.
 
"Confirmamos mais um óbito de um homem. O homem entrou no hospital com insuficiência respiratória grave. Morreu esta manhã", afirmou o médico guineense, na conferência de imprensa diária sobre a evolução do novo coronavírus no país.

Segundo Dionísio Cumba, neste momento, estão a ser investigados mais seis casos de óbito para determinar se estão relacionados com a doença.

O também diretor do Laboratório Nacional de Saúde Pública remeteu para sexta-feira novas atualizações, depois de ultrapassadas algumas dificuldades técnicas e de falta de material.

O coordenador do COES disse também que as autoridades de saúde estão à espera de um técnico de Portugal para arranjar as centrais de produção de oxigénio do hospital de Cumura e do Hospital Nacional Simão Mendes.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na terça-feira o estado de emergência no país até 10 de junho, mas pediu ao Governo para iniciar o desconfinamento para evitar o "colapso económico".

As autoridades guineenses decidiram terça-feira abrir as fronteiras e permitir a entrada e saída de pessoas no território nacional e alargar o horário para a circulação de pessoas, que agora pode ser feito entre as 07:00 e as 18:00 locais, apesar de manterem o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00.

Em relação às atividades económicas, o Governo guineense passou a permitir a circulação de transportes de passageiros e de transporte de bens de consumo de primeira necessidade, a venda ambulante e o funcionamento dos serviços comerciais entre as 07:00 e as 20:00.

Em África, há 3.696 mortos confirmados em mais de 124 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.195 casos e oito mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (1.043 casos e 12 mortos), Cabo Verde (390 casos e quatro mortes), São Tomé e Príncipe (443 casos e 12 mortos), Moçambique (227 casos e um morto) e Angola (73 infetados e quatro mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com 24.512 mortos e mais de 391 mil contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos (1,6 milhões) e à frente da Rússia (mais de 370 mil).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Lusa



             Líbia/Africon confirma envio de 14 aviões russos de combate
Bissau, 29 mai 20 (ANG) - O Comando Militar Norte-americano em África (AFRICOM) anunciou, quarta-feira, a chegada de 14 novos aviões de combate russos banalizados à base aérea de Al-Jufra, no centro da Líbia. Num comunicado, o AFRICOM indicou que aviões de combate MiG  29 e SU-24 deixaram em Maio corrente a Rússia há vários dias.
Frisou que todos os aparelhos tinham na altura marcas da Força Aérea russa, mas que, depois de aterrarem na base aérea de Hmeimin na Síria, os MiG  foram repintados e que emergiram sem marcas nacionais.
O AFRICOM acrescentou que os aviões de combate foram pilotados por militares russos e escoltados por combatentes russos baseados na Síria e na Líbia.
Terça-feira última, segundo a PANA, o AFRICOM anunciou que a Rússia enviou aviões de combate  à Líbia para um apoio aéreo ao grupo Wagner (russo) que se juntaram às forças do Exército Nacional líbio, comandado pelo marechal Khalifa Haftar, contra o Governo líbio de União Nacional, reconhecido pela comunidade internacional.
O Comando Militar Norte-americano em África precisou que os aviões russos chegaram à Líbia depois de atravessarem a Síria, onde eles foram repintados”, segundo um comunicado publicado no seu site Internet.
O comandante do AFRICOM, o general Stephen Townsend, afirmou que esta operação representa uma tentativa da Rússia de “inverter a tendência a seu favor na Líbia, como o fez na Síria, ao utilizar grupos de mercenários apoiados pelo  Governo sírio, tais como Wagner.
Frisou que a Rússia “não pode continuar a negar a sua implicação no conflito líbio”.
«Nós vimos aviões de combate russos de quarta geração rumarem para a Líbia, e o Exército Nacional líbio ou empresas militares privadas não podem possuir ou utilizar este armamento sem o apoio da Rússia”, lê-se na nota.ANG/Angop





Bissau,29 Mai. 20(ANG) - Os parceiros internacionais da Guiné-Bissau, denominados de P5, manifestaram quinta-feira "inteira disponibilidade" para ajudar o presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, a encontrar uma solução política para o país.

A informação foi dada aos jornalistas pelo representante da União Africana na Guiné-Bissau, o embaixador são-tomense Ovídeo Pequeno, depois de um encontro com o presidente da Assembleia Nacional Popular, onde também estiveram presentes a União Europeia, Nações Unidas, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Segundo Ovídeo Pequeno, o presidente do parlamento explicou ao  P5  que tinha sido convidado pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, a arranjar uma solução política para o país, na sequência do comunicado da CEDEAO.

“Nesse âmbito pediu  o nosso apoio e nós manifestámos a nossa inteira disponibilidade para o fazer. Na sequência deste encontro vamos ter uma reunião entre o grupo e ver qual poderá ser a ação do P5”, afirmou o representante da União Africana.

No âmbito da mediação à crise política na Guiné-Bissau, a CEDEAO emitiu, em abril, um comunicado no qual reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente do país e instou as autoridades a nomear um novo Governo que respeite os resultados das legislativas de 2019, num prazo que terminou sexta-feira, e a revisão da Constituição.

Apesar das duas rondas de audiências aos partidos com assento parlamentar, feitas por Umaro Sissoco Embaló, e uma série de encontros realizados entre o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das legislativas, com as restantes formações partidárias, os políticos guineenses não conseguiram alcançar um entendimento.

Na segunda-feira, o Presidente guineense deu até 18 de junho ao presidente do parlamento para arranjar uma solução.

O PAIGC venceu as legislativas de março de 2019 sem maioria e fez um acordo de incidência parlamentar com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, obtendo 54 dos 102 assentos no parlamento.

Logo no início da legislatura, o líder da APU-PDGB, Nuno Nabian, que ocupava o cargo de primeiro vice-presidente do parlamento, incompatibilizou-se com o PAIGC e aliou-se ao Madem-G15, segunda força política do país, com 27 deputados, e Partido da Renovação Social, que elegeu 21 deputados.

Apesar da nova aliança, quatro dos cinco deputados da APU-PDGB mantiveram a sua lealdade ao acordo de incidência parlamentar assinado com o PAIGC.

Os dois blocos alegam ter a maioria no parlamento.

As negociações em curso foram também ensombradas com o rapto na sexta-feira do deputado da APU-PDGB Marciano Indi, que acabou por ser libertado umas horas mais tarde.

Marciano Indi é o líder parlamentar da APU-PDGB e um dos deputados que continua a defender o acordo de incidência parlamentar com o PAIGC contra as orientações do presidente do seu partido.

A Guiné-Bissau tem vivido desde o início do ano mais um período de crise política, depois de Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições presidenciais de dezembro de 2019 pela Comissão Nacional de Eleições, se ter autoproclamado Presidente do país, apesar de decorrer no Supremo Tribunal de Justiça um recurso de contencioso eleitoral apresentado pela candidatura de Domingos Simões Pereira.

Na sequência da sua tomada de posse, o Presidente guineense demitiu o Governo do PAIGC liderado por Aristides Gomes e nomeou para o cargo Nuno Nabian, líder da APU-PDGB, que formou um Governo com o Madem-G15, o PRS e elementos do movimento de apoio ao antigo Presidente guineense, José Mário Vaz, e do antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não aceitou a derrota na segunda volta das presidenciais de dezembro e considerou que o reconhecimento da vitória do seu adversário é “o fim da tolerância zero aos golpes de Estado” por parte da CEDEAO.

A União Europeia, União Africana, ONU, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Portugal elogiaram a decisão da organização sub-regional africana por ter resolvido o impasse que persistia no país, mas exortaram a que fossem executadas as recomendações da CEDEAO, sobretudo a de nomear um novo Governo respeitando o resultado das últimas legislativas.

O Supremo Tribunal de Justiça remeteu uma posição sobre o contencioso eleitoral para quando forem ultrapassadas as circunstâncias que determinaram o estado de emergência no país, declarado no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.ANG/Lusa



Unicef e Save The Children//Crianças  em pobreza familiar podem aumentar em 86 milhões

Bissau, 29 Mai 20(ANG) – As consequências económicas da pandemia de Covid-19 podem levar a um aumento de mais 86 milhões de crianças em situação de pobreza familiar até o final de 2020, um aumento de 15%, de acordo com uma nova análise conjunta divulgada quinta-feira pelo UNICEF e pela Save the Children.

Segundo uma nota à imprensa  das duas organizações, a  análise destaca que, sem ação urgente para proteger as famílias das dificuldades financeiras causadas pela pandemia, o número total de crianças que vivem abaixo da linha nacional de pobreza - nos países de baixo e médio rendimento - poderá ascender a 672 milhões no final do ano. Quase dois terços dessas crianças vivem na África Subsaariana e no Sul da Ásia.

O documento indica que os países da Europa e da Ásia Central podem sofrer o aumento mais significativo, até 44% em toda a região. A América Latina e as Caraíbas podem ver um aumento de 22%.

A Guiné-Bissau, segundos as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI),  poderá registar um crescimento negativo entre -1,5 a 6% do PIB em 2020, o que significa que o país poderá sofrer severos impactos socioeconómicos devido à COVID-19. Essa alta depressão naturalmente aumentará a incidência de pobreza infantil monetária e multidimensional.

"A pandemia de coronavírus desencadeou uma crise socioeconómica sem precedentes que está a consumir os recursos das famílias em todo o mundo", disse Henrietta Fore, Diretora Executiva do UNICEF.

“A escala e a profundidade das dificuldades financeiras das famílias ameaçam reverter anos de progresso na redução da pobreza infantil e deixar as crianças privadas de serviços essenciais. Sem uma ação combinada, as famílias que mal conseguiam sobreviver poderiam ser empurradas para a pobreza, e as famílias mais pobres poderiam enfrentar níveis de privação que não são vistos há décadas,”acrescentou Fore.

A Save the Children e o UNICEF alertam alertam na nota que o impacto da crise económica global causada pela pandemia e respetivas políticas de contenção é duplo.

Refere que a perda imediata de rendimento significa que as famílias estão menos aptas a pagar o básico, incluindo comida e água, menos propensas a ter acesso a cuidados de saúde ou educação e mais em risco de casamento infantil, violência, exploração e abuso.

Quando ocorre contração fiscal, salienta, o alcance e a qualidade das famílias aos serviços dependentes também podem ser diminuídos. Para as famílias mais pobres, a falta de acesso a serviços de assistência social ou medidas compensatórias limita ainda mais sua capacidade de obedecer a medidas de contenção e distanciamento físico e, portanto, aumenta ainda mais sua exposição a infeções.

“Os impactos chocantes da pandemia da Covid-19 na pobreza afetarão fortemente as crianças. As crianças são altamente vulneráveis ​​a períodos curtos de fome e desnutrição - afetando-as potencialmente por toda a vida. Se agirmos agora e de maneira decisiva, podemos prevenir e conter a ameaça de pandemia que os países mais pobres e algumas das crianças mais vulneráveis ​​enfrentam. Este relatório deve ser um alerta para o mundo. A pobreza não é inevitável para as crianças”, disse Inger Ashing, CEO da Save the Children International.

De acordo com as duas organizações, antes da pandemia, dois terços das crianças em todo o mundo não tinham acesso a nenhuma forma de proteção social, tornando impossível às famílias suportar choques financeiros quando atingiam e promovendo o ciclo vicioso da pobreza intergeracional. Apenas 16% das crianças na África são abrangidas por sistemas de proteção social.

Centenas de milhões de crianças permanecem multidimensionalmente pobres - o que significa que elas não têm acesso a cuidados de saúde, educação, nutrição adequada ou habitação adequada - geralmente um reflexo de investimentos desiguais por parte dos governos em serviços sociais.

Para as crianças que vivem em países já afetados por conflitos e violência, o impacto dessa crise aumentará ainda mais o risco de instabilidade e de famílias que caem na pobreza. A região do Oriente Médio e Norte da África, lar do maior número de crianças necessitadas devido a conflitos, tem a maior taxa de desemprego entre os jovens, enquanto quase metade de todas as crianças da região vive em uma pobreza multidimensional.

Para abordar e mitigar o impacto do COVID-19 nas crianças de famílias pobres, a Save the Children e o UNICEF pedem a expansão rápida e em larga escala dos sistemas e programas de proteção social, incluindo transferências de renda, alimentação escolar e benefícios para a criança - todos os investimentos críticos que tratam necessidades financeiras imediatas e estabelecer as bases para os países se prepararem para futuros choques.

Sugerem que os governos também  investam em outras formas de proteção social, políticas fiscais, emprego e intervenções no mercado de trabalho para apoiar as famílias. Isso inclui a expansão do acesso universal a serviços de saúde de qualidade e outros serviços; e investir em políticas voltadas para a família, como licença remunerada e assistência à infância.

Segundo a Nota do UNICEF  e Save the Children, desde o início da COVID-19, muitos países já ampliaram os seus programas de proteção social. Por exemplo:

Na Guiné-Bissau, o Sistema das Nações Unidas elaborou um programa de assistência social para os meninos, meninas e suas famílias mais vulneráveis.

O principal objetivo deste programa é garantir que meninas, meninos, mulheres e homens em situação de vulnerabilidade possam atender às suas necessidades essenciais e sejam protegidos contra as perdas de rendimento causadas pela pandemia do COVID-19. O programa, a ter início brevemente, ajudará famílias vulneráveis, principalmente por meio de mecanismos de transferência monetárias. A assistência planificada também apoiará as populações mais vulneráveis a aumentarem o seu acesso económico a alimentos.

Tendo em conta que a comercialização do caju representa a principal fonte de rendimento para um grande número de famílias pobres, o programa também garantirá que os produtores de caju em condição menos favorável, residentes nas zonas mais remotas do país, beneficiem de apoio na coleta, tratamento, acondicionamento, transporte para armazéns pré-selecionados e armazenamento apropriado das suas colheitas.

Na África do Sul, vários esquemas de proteção social, incluindo o subsídio de apoio à criança que atinge 12,8 milhões de crianças, estão a providenciar complementos adicionais. ANG//SG





quinta-feira, 28 de maio de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Solidariedade/Empresário Braima Camará doa géneros alimentícios ao Centro Materno Infantil para tratamento de doentes de tuberculose

Bissau, 28 mai 20 (ANG) – O empresário e coordenador do Movimento para Alternância Democrática Madem-G15,  Braima Camará doou hoje um lote de géneros alimentícios, constituídos de arroz, cebola, batatas, óleo alimentar e espaguetes ao Centro Materno Infantil, destinado a tratamento de doentes com tuberculose. 

Em declarações à imprensa, no acto da entrega do donativo, Braima Camará disse que, desconhece a existência da referida unidade hospitalar.

“Fiquei muito comovido com o Centro, e  o gesto representa uma questão de solidariedade porque quando tomei conhecimento de que os doentes internados ali, desistem do tratamento por causa de  dificuldades para poderem aguentar medicamentos que tonam optei por fazer essa doação de forma a minimizar as suas dificuldades”, explicou.

Braima Camará sublinhou que a situação não está fácil, adiantando que neste momento não é o deputado do Círculo 24 onde situa o Centro Materno, frisando contudo que irá continuar a apoiar na medida do possível.

Afirmou que o gesto vai se estender ao nível nacional para poder fazer face aos compromissos que os técnicos de saúde têm, e disse ainda estar muito impressionado com a  forma como estão a trabalhar em dificuldades.

Camará disse que espera que o género chegue aos respectivos destinatários, para ajudar na recuperação de saúde que diz ser o mais importante.

Para Genoveva Gomes, parteira  responsável de Saúde Reprodutiva,   os géneros alimentícios recebidos vai cobrir muitas lacunas porque, “se os doentes não têm alimentos podem até ter recaídas pois os medicamentos que ingerem são muitos fortes”.ANG/MI/ÂC//SG