Covid-19/Guiné-Bissau inicia desconfinamento
Bissau, 27 Mai 20(ANG) - O Governo decidiu abrir as fronteiras do país e permitir
a entrada e saída de pessoas do território nacional, segundo o regulamento do
estado de emergência prolongado segunda-feira, pela quarta vez, até 10 de
junho.
O
regulamento, enviado à imprensa, refere que é “permitida a entrada e saída do
território nacional”, mas que aquela circulação está condicionada à
apresentação de um certificado negativo de covid-19.
Apesar
da abertura de fronteiras, as autoridades guineenses vão manter o recolher
obrigatório e as restrições à circulação no território nacional, mas o horário
foi alargado.
As
pessoas podem circular entre as 07:00 e as 18:00 locais, sendo que os últimos
60 minutos devem ser utilizados para o regresso às residências.
“As
pessoas que vivem em Bissau não podem circular para fora da área geográfica do
Setor Autónomo de Bissau e as que vivem nas regiões não podem circular para
fora da área geográfica das suas regiões”, refere-se no regulamento.
O
recolher obrigatório aplica-se entre as 20:00 e as 06:00 locais.
O
Governo refere que decidiu aligeirar algumas medidas restritivas para
“conciliar a prevenção da doença com a retoma gradual e progressiva das
atividades económicas”.
Em
relação às atividades económicas, o Governo guineense passou a permitir a circulação
de transportes de passageiros e de transporte de bens de consumo de primeira
necessidade.
Os
transportes de passageiros só estão autorizados a levar metade da capacidade
habitual e os táxis só podem transportar três clientes.
A venda
ambulante também passa a ser permitida, com utilização obrigatória de máscara,
mas a venda de alimentos confecionados no interior e imediações de mercados
continua a ser proibida.
Os
restaurantes, pastelarias, padarias e estabelecimentos similares podem
funcionar em regime de take-away entre as 07:00 e as 20:00 locais.
A
prática de desportos individuais também passou a ser autorizada.
O
Governo mantém como obrigatório o uso de máscara para circular nas vias públicas
e para entrar em estabelecimentos comerciais, bancos, serviços públicos e outro
tipo de serviços.
O
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou segunda-feira, pela
quarta vez, o estado de emergência no país até 10 de junho.
O estado
de emergência foi declarado pela primeira vez a 28 de março.
Na
mensagem à Nação, Umaro Sissoco Embaló tinha pedido ao Governo para
regulamentar algumas medidas para o desconfinamento para permitir a retoma
gradual das atividades económicas para impedir o “colapso da economia”.
A
Guiné-Bissau regista quase 1.200 casos de covid-19, incluindo sete mortos e 42
recuperados. Novos casos de infecções
por covid-19 têm estado a aumentar no país cada vez mais. ANG/Lusa
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