Saúde/OMS exorta governantes a implementarem políticas gerais
de luta antitabágica
Bissau,
28 Mai 20 (ANG) – A directora regional da OMS para África exortou os
governantes a implementarem politicas gerais de luta antitabágico conforme estipulado na convenção-quadro da
OMS, de forma a salvar vidas e reduzir os custos dos cuidados de saúde.
A
exortação vem expressa numa mensagem de Maatshidiso
Moeti enviada hoje à ANG, alusiva ao Dia Mundial sem tabaco que se comemora no
dia 31 do corrente mês, subordinado ao tema "Proteger os jovens das
manipulações da industria".
Por
ocasião da celebração da efeméride, apelou à todos os jovens para que se juntem
na luta contra a epidemia de tabaco, incentivando os grupos de jovens a criar
um movimento para geração sem tabaco, exortando ainda as celebridades e
influenciadores de opinião a rejeitarem todas as formas de patrocínios da
industria de tabaco.
"Lançamos
uma campanha mundial para combater as tácticas agressivas de comercialização
levadas a cabo pela indústria do tabaco para atrair uma nova geração de consumidores. Necessitamos
do apoio de todos para fazer frente às campanhas de marketing de oito mil
milhões de dólares, realizadas, todos os anos, pela indústria para vender
produtos prejudiciais à saúde, disse Moeti.
Para a
responsável da OMS, o tabaco mata metade
dos seus consumidores e os fumadores apresentam um maior risco de contrair uma
doença grave ou mesmo de falecer se foram infectados pela Covid-19.
Ainda na mensagem disse que todas asa formas de
tabagismo são nefastas e não existe nenhum nível de exposição segura ao
tabagismo passivo, acrescentando que o uso de cigarros electrónicos aumenta o
risco de doenças cardíacas e pulmonares, além disso, a nicotina presente nesses
produtos pode comprometer o desenvolvimento cerebral das crianças.
"Fumar
shisha é tão nocivo como as outras formas de tabagismo que pode
provocar o cancro da boca, a perda dos dentes, a doença das gengivas entre
outros”, alertou a directora.
De
acordo com a sua mensagem, na região
africana, produtos do tabaco são consumidos por 94 milhões de homens e
13 milhões de mulheres, bem como por um em cada cinco adolescentes.
“O
tabagismo está a aumentar nas raparigas com idades compreendidas ente 13 a 15
anos e o consumo de outros produtos do tabaco , que não são cigarros, está a
ganhar terreno na região, em todos os anos 146.000 africanos morrem de doenças
relacionadas com tabagismo, representando 3,5 por cento do total anual das
despesas de saúde na região africana”, informou.
Declarou
que, para combater a mórbidade e a
mortalidade imputáveis ao tabagismo, 26 países africanos decretaram leis que
proíbem fumar em espaços públicos e 10 desses países implementaram proibições
totais, em que ao tentar proteger os seus cidadãos, muitos governos foram alvo
de ameaças e acções judicias instauradas pela industria para enfraquecer essas
medidas.
Salientou
que para apoiar os Estados-membros no
combate às acções da indústria do tabaco, vão continuar a colaborar com os seus
parceiros para desmistificar mitos, expor tácticas de manipulação e reforçar as politicas de saúde.
Apelou
aos pais, encarregados de educação e
professores, que eduquem as crianças sobre os perigos dos produtos do tabaco e que
advoguem pela proibição total de fumar
em locais públicos e de todas as formas de publicidade a favor do tabaco. ANG/MI/ÂC//SG
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