terça-feira, 26 de maio de 2020


  Caso  Marciano Indi/Dirigente de APU-PDGB nega ligações étnicas ao rapto

Bissau,26 Mai 20(ANG) – O quarto vice-presidente da Assembleia do Povo Unido, Partido Democrático da Guiné-Bissau(APU-PDGB), Batista Té desmentiu  informações que circulam nas redes sociais,segundo as quais o rapto do deputado e líder da bancada parlamentar dessa formação política está relacionado com a vingança de um grupo étnico do país.

“Está a ser veiculada nas redes sociais  informações de que nós da etnia papel estamos a preparar uma guerra contra os balantas em retaliação ao rapto e espancamento do deputado Marciano Indi, por um grupo de homens com uniforme no passado dia 22 do corrente mês. Isso é uma pura mentira”, disse Batista Té, em conferência de imprensa realizada, segunda-feira, na sua residência, em Bissau.

Té pede aos autores das referidas informações para porrem um ponto final nas seus actos e afirma  que o conflito étnico entre os Papeis e Balantas nunca irá acontecer na Guiné-Bissau.

“A título de exemplo eu Batista Té e os meus irmãos somos da etnia papel e oriundos de uma família com fortes ligações com a etnia balanta. Durante toda a minha vida só casei uma mulher e por conseguinte é da etnia balanta e  temos seis filhos. Os meus dois irmãos têm esposas igualmente da etnia balanta”, esclareceu.

O dirigente da APU-PDGB instou as pessoas à evitarem o que diz ser “ intrigas e calunias” na Guiné-Bissau, salientando que não apenas os papeis  podem ser usados como “palitos de fósforos” para incendiar a paz no país.

“ A questão do rapto do deputado Marciano Indi tem  a ver com questões políticas e  devem ser tratadas no fórum politico, para que ninguém venha a lançar boatos para confundir a opinião pública”, disse, acrescentando que chegará o dia em que o próprio Marciano Indi irá falar para esclarecer tudo o que está por detrás do seu rapto.

Batista Té disse contudo que o acto do espancamento do deputado Marciano Indi é condenável a todos os níveis, num Estado democrático como a Guiné-Bissau, tendo agradecido à todos os que se solidarizaram e contribuíram na defesa da integridade física do político.

“O que posso dizer neste momento é apenas obrigado â Deus e à todas as pessoas implicadas na salvação da morte de Marciano Indi e que se isso aconteceria seria uma situação imprevisível no país”, sublinhou.

O dirigente de APU-PDGB afirmou que a dimensão do deputado Marciano Indi ultrapassou  a um grupo étnico porque ele não foi votado apenas por um etnia. À titulo de exemplo elogiou as reacções populares de todos os cidadãos no momento em que o rapto foi denunciado porque “entenderam que ele é o deputado da nação”.

O rapto, por algum tempo, do deputado Indi ocorreu no dia 22 de Maio, e ainda permanece um caso por se esclarecer melhor.ANG/ÂC//SG





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