quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Programa de Governo

Porta-voz do governo confirma negociações entre bancadas do PAIGC e PRS

Bissau, 30 Dez 15 (ANG) – O ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares confirmou hoje que os grupos parlamentares do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e do Partido da Renovação Social (PRS) se encontram em negociações com vista a aprovação do programa do governo pelo parlamento.

Porta-voz do Governo, Malal Sané
Malal Sané disse que a suposta manutenção ou queda do actual governo no futuro será conhecido dentro em breve assim que as duas bancadas parlamentares juntamente com as restantes formações presentes na Assembleia Nacional Popular terminarem as negociações.

O porta-voz do governo fez esta declaração à margem do Conselho de Ministros (especial) em que os membros do governo apresentaram votos de cumprimento do novo ano ao chefe do executivo, Carlos Correia. 

Malal Sané disse que no encontro não foram abordados assuntos especiais, se não trocas de cumprimentos de um bom ano entre os membros do governo. 

No entanto, afirmou que o Primeiro-ministro advertiu aos membros do seu executivo no sentido de se prepararem para o ano de 2016 porque terão várias actividades a desenvolver no quadro do Plano Estratégico Nacional, cuja execução esta atrasada.

“No próximo ano os membros do governo passarão à apresentar regularmente acções concretas sobre os seus respectivos pelouros”, comunicou, Malal Sané, referindo ao avisou do chefe do governo.

O programa do governo, segundo a mesa da ANP foi chumbado no passado dia 23 de dezembro, em consequência da abstenção de 56 deputados, sendo a maioria do PRS, maior partido da oposição. 

O PAIGC fez, entretanto, uma interpretação diferente dos resultados dessa votação tendo considerado que o programa ficou aprovado com votos sim de 45 deputados do partido e de outras formações que sustentam o governo, fundamentando que os votos de abstenção, a luz do regimento da ANP, não contam para o apuramento da maioria votante. 

A polémica instalada a volta dessa votação dividiu a classe jurídica guineense. 

O programa volta a ser submetido a discussão e votação no próximo dia 05 de Janeiro.  ANG/FGS/SG



Política
  
Líder do PUN pede criação de Tribunal Especial para julgar crimes políticos

Bissau 30 Dez. 15 (ANG) - O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), pediu hoje a criação de um Tribunal Especial para julgar todos os crimes contra o sistema político no país.
Idrissa Djaló no centro

Idrissa Djalo  que falava em conferência de imprensa sobre a actual situação política no país, afirmou que desde 1998 que os guineenses e seus parceiros tentam perceber das fontes das instabilidades políticas na Guiné-Bissau.

“É verdade que as Forças Armadas participando reiteradamente na subversão da Ordem Democrática estavam a ser vistos como um centro fulcral de instabilidade na nação, mas, na verdade não são “, disse.

Para o líder do PUN, a génese do conflito político militar de 98 e que culminou com a guerra civil foi essencialmente política e o envolvimento militar e das forças estrangeiras não deixou transparecer a responsabilidade do sistema político.

“Foi com esta crise que se deu início a uma prática nefasta no país e os responsáveis políticos começaram a perceber que era possível derrubar com o apoio das Forças Armadas ou outras a Ordem Constitucional”, declarou o líder do PUN.

De acordo ainda com Idrissa Djalo daí até a data presente o país tem vivido numa cultura criminosa de golpes de uma forma repetitiva e segundo ele baseado na impunidade.

Aquele político questiona, se o sistema político estiver podre, corrupto e criminoso,”como é que podemos ter uma Força Armada republicana ou uma justiça isenta.

O epicentro dos problemas da Guiné-Bissau para Idrissa Djalo, não são as Forças Armadas, nem o sistema judicial, nem o sector privado, mas sim, o sistema político e é este sistema que representa um perigo para a nossa segurança individual e colectiva.

Djalo defende o aparecimento de uma nova força democrática que é o cidadão, que, segundo ele, não pode haver uma democracia sustentável sem a cidadania, adiantando que é importante o país sair da democracia dos partidos para os citadinos.

O Líder do Partido da Unidade Nacional considerou a figura do Presidente da República como o "calcanhar de Aquiles" da Guiné-Bissau.

Disse que  José Mário Vaz, tem graves deficiências porque num debate antes das eleições de 2014, ele demonstrou  desconhecer os termos de referência de um  Chefe do Estado, posto para qual era candidato.

O político aconselhou ao Presidente da República a ser um verdadeiro factor de união entre os guineenses e que esteja ao serviço da Guiné-Bissau. ANG/MSC/PFC/SG






R. Centro - Africana

Centro - africanos votam para tentar sair da violência

Bissau,30 Dez 15(ANG) - Os centro-africanos estão a votar nesta quarta-feira, para eleger o seu presidente e parlamento, em eleições com as quais esperam sair de três anos de violência e uma crise sem precedentes.

Os Capacetes Azuis da ONU e polícias centro-africanos posicionaram-se na capital Bangui para garantir a segurança da votação.

As eleições estavam previstas para 27 de Dezembro depois de vários adiamentos devidos a problemas de logística num país com 4,8 milhões de habitantes e basicamente rural.

Trinta candidatos tentam a presidência e entre eles destacam-se Anicet Georges Dologuélé e Martin Ziguélé, ambos ex-primeiros-ministros do falecido presidente Ange- Félix Patassé, e Abdoul Karim Méckassoua, várias vezes ministro do ex-presidente François Bozizé.

A República Centro-africana está mergulhada no caos desde que a ex-rebelião Seleka, de maioria muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé em Março de 2013 e depois foi expulsa do poder por uma intervenção internacional, no início de 2014.

Dirigido desde então pela presidente de transição Catherine Samba Panza, o país tenta curar as suas feridas e recuperar uma economia em ruínas.

Os últimos três presidentes não podem apresentar-se nessas eleições, pois dois deles Bozizé e Michel Djotodia, actualmente exilados, são alvo de sanções internacionais e Samba Panza está proibida pela Carta de Transição.

Os resultados devem ser anunciados oito dias depois da votação. Uma possível segunda volta presidencial está prevista para 31 de Janeiro.
ANG/RFI

Telecomunicações

Empresa "Net sem Fios" já cobre toda a capital Bissau

Bissau,30 Dez 15(ANG) - O Administrador da empresa, Net Sem Fios afirmou que já estão a cobrir toda a cidade de Bissau com a rede de internet e perspectiva  atingir outras localidade do interior do país nos próximos tempos.
 
Fernando Gomes que falava hoje na cerimónia da inauguração da sede da empresa, disse que, aquando do lançamento oficial da Net Sem Fios, em Abril passado, a sua rede de internet só cobria 30 por cento da cidade de Bissau.

"A partir dessa altura, a empresa nem sequer tinha uma sede porque qualquer cliente que nos solicitava a prestação de serviços e reside por exemplo no Bairro Militar ou Quelelé, não estaríamos em condições de atender o seu pedido. Por isso, remetíamos sempre em silêncio e a trabalhar aos poucos", disse.

"Recebemos e instalamos os últimos equipamentos na semana passada, portanto, já está garantido  que a rede da internet da empresa pode ser captada em qualquer localidade da cidade de Bissau", garantiu.

Referindo-se aos recursos humanos da empresa, Fernando Gomes disse  que nesta primeira fase dispõe de oito pessoas para  os serviços técnicos e administrativos.

Abordado sobre se estão à altura de concorrer com outras operadoras de telecomunicação no país, o Administrador da empresa "Net Sem Fios", disse que o objectivo não é de fazer face a ninguém mas sim, ajudar ao povo guineense a ter uma coisa de bom.

"É uma pequena empresa que começa a operar no país. Já disse atrás que temos duas outras empresas gigantes mundiais no sector que são a MTN e Orange, mas aos poucos vamos fornecer os nossos serviços de qualidade aos clientes, e caberá ao povo fazer a sua avaliação", sublinhou.

A empresa Net Sem Fios fornece aos clientes  programas de desenvolvimento do software de gestão, criação de páginas Web, e vende produtos informáticos entre outros. ANG/ÂC/SG