sexta-feira, 29 de abril de 2016

Internacional


Pentágono busca isolar virtualmente o grupo Estado Islâmico
 
Bissau, 29 Abr 16 (ANG)- O Comando Cibernético dos Estados Unidos (Cybercom) está a trabalhar para destruir as conexões de internet do grupo radical Estado Islâmico (EI) e deixar os seus membros em "isolamento virtual", anunciaram chefes do Pentágono na quinta-feira.

 No que descreveu como a "primeira grande operação de combate" deste comando secreto, o secretário de Defesa, Ashton Carter, afirmou que o Cybercom está assumindo um papel importante na operação da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI no Iraque e Síria.
             
"Os objectivos ali são interromper o comando e controle do EI, interromper sua habilidade de transferir dinheiro, interromper sua possibilidade de tiranizar e controlar a população, interromper sua habilidade de recrutar externamente", disse Carter a legisladores no Comitê dos Serviços Armados do Senado.
             
"O efeito global que estamos buscando é o isolamento virtual, e isso complementa muito nossas acções físicas no terreno", afirmou o assessor militar de Carter, o general Joe Dunford, que é Chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos.

"O foco em particular está em operações externas que poderiam ser realizadas pelo EI", completou.
             
As duas autoridades estiveram por três horas ante legisladores ligados à campanha contra a organização.
             
Os Estados Unidos lançaram uma coligação internacional contra o EI em agosto de 2014, capturando vastas regiões do Iraque e Síria, e libertando ocidentais sequestrados, embora vários legisladores expressem a sua frustração porque, dois anos depois do início da operação, o grupo ainda controla cidades-chave e segue impondo estritas leis islâmicas.
          
É esperado que o Cybercom tenha, em 2018, mais de seis mil especialistas técnicos civis e militares em 133 equipes - cada uma delas com aproximadamente 65 efectivos a trabalhar no Médio Oriente em operações contra redes do EI.ANG/Angop

UNIOGBIS


Miguel Trovoada apela ao Presidente da República para que seja árbitro na resolução do conflito vigente no país    

Bissau, 29 Abr 16 (ANG) – O Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, despediu-se esta quinta-feira do Presidente da República José Mário Vaz, apelando-lhe para que procure ser árbitro e não jogador, na busca de solução entre as partes em conflitos no país.

Miguel Trovoada que falava durante a cerimónia da despedida dos seus 20 meses de missão na Guiné-Bissau, considerou normal  o problema da crise que assola o Guiné-Bissau,” porque existe países com melhor meios e maturidade política que também se deparam com o mesmo problema”.  

 Trovoada disse que deixa o pais com o sentimento de ter feito tudo para a estabilidade voltasse ao pais.

 “Mas deixo o meu apelo para o Presidente da República e aos guineenses, para procurarem dialogar-se, no sentido de ultrapassar o mal entendido vivido no país”, aconselhou.

Por outro lado, aquele diplomata pediu ao José Mário Vaz, para se manter afastado das partes em conflitos, eque,  na qualidade de árbitro,  procure conversar com ambas as partes envolvidas no conflito a fim de
encontrar caminhos de consenso.

Para Trovoada é preciso ser humilde e tolerante, porque ninguém tem o monopólio da verdade.

“Sobretudo quando a responsabilidade nos coloca a frente, devemos lembrar que não é para nós que trabalhamos, e nem para a resolução dos nossos problemas é que o povo nos escolheu”, disse Trovoada.

Miguel Trovoada despede prometendo que estará disponível a qualquer hora e momento que foi solicitado pelo país, a fim de ajudar no que puder.

Por sua vez, o Presidente da República, José Mário Vaz, considerou positivo a missão de Miguel Trovoada, alegando que durante a sua estada na Guiné-Bissau, não houve perseguições, matanças e outras perturbações que nas outras missões aconteceram.  

José Mário Vaz, acrescentou por outro lado que no que diz respeito ao conflito vigente no país, na qualidade de árbitro, tentou falar com as partes e não obteve  sucesso, por isso apela o respeitem à decisão do Supremo Tribunal de Justiça.

O chefe de Estado recordou ainda que quando nomeou o Baciro Dja como Primeiro-ministro, o Supremo Tribunal considerou a decisão de inconstitucional, e no respeito pela lei cumpriu rapidamente a decisão do Tribunal.

"Por isso, todos têm a obrigação de respeitar a decisão do Supremo Tribunal”, salientou acrescentando que a Guiné-Bissau, não é país para  certos indivíduos, mas sim para  todos os guineenses, assim com para aqueles que desejam viver nela. 

ANG/LLA/SG


1º de Maio



Cerca de 300 agentes nas ruas para garantir segurança 

Bissau,29 Abr 16(ANG) - Duzentos e setenta e três agentes de Polícia de Ordem Pública incluindo as forças da Guarda Nacional, Trânsito, Investigação Criminal, técnicos da saúde, Bombeiros, e efectivos da Ecomib, serão desdobrados em todo o território nacional para assegurarem a manutenção da ordem durante as celebrações do 1º de Maio.

O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa pelo Comissário Adjunto Nacional para Área de Operação e Segurança, do Ministério da Administração Interna que recomendou aos automobilistas, condutores de transportes mistos e inter-urbanos a condução com muita prudência.

"Normalmente, durante qualquer acontecimento, as pessoas têm tendência de optar por fazer as coisas incorrectas. Por exemplo, quando estamos embriagados devemos evitar de pegar no volante do carroe, se estamos a conduzir e recebemos chamadas telefónica devemos estacionar para  atender", aconselhou Celso de Carvalho .

"Portanto, as pessoas devem andar nas estradas com a máxima prudência de forma a evitar acidentes de viação e consequente perdas humanas e ferimentos que podem ser graves", disse.

Celso de Carvalho aconselhou as pessoas a comemorarem a festa com o espírito de tolerância e para não exagerarem, acrescentando que um velho ditado diz que mais vale perder um minuto na vida do que perder a vida num minuto.

"Não vamos cansar de chamar atenção às pessoas que vão para as praias para evitarem de objectos cortantes porque tê-los em posse demonstra  que têm a intenção de fazer mal", aconselhou.

O Adjunto Comissário da POP sublinhou que as pessoas devem igualmente evitar de desentendimentos e que em muitas ocasiões quando estamos  embriagados excedemos com os companheiros e se isso acontecer a outra parte deve manter-se calma.

Disse que deve-se  tomar todas as precauções para que que 1º de Maio passe  à semelhança dos festejos comemorados anteriormente, sem casos de acidentes, feridos ou mortes.

"A POP vai tomar todas as medidas necessárias para que o 1º de Maio decorra dentro do espírito de tranquilidade, de forma ordeira e para que não haja acidentes que possam por em causa a vida humana", avisou a concluir. AMG/ÂC/SG

Mensagem/1º de Maio



Filomeno Cabral pede fim da instabilidade na Guiné-Bissau

Bissau, 29 Abr 16 (ANG) – O secretário-geral da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) deplorou a situação da vida dos trabalhadores guineenses em consequência da crise que abala o pais, pelo que exortou aos governantes a encontrarem uma solução para por cobro a instabilidade reinante. 

Na sua mensagem alusiva ao primeiro de Maio, Dia Mundial dos trabalhadores, Filomeno Cabral acrescenta que os trabalhadores guineenses têm que estar cada vez mais unidos, vigilantes, firmes e determinados para dizer basta a instabilidade porque o  sacrifício já atingiu níveis  intoleráveis.

Disse que a instabilidade política que o país atravessa torna mais difícil a vida dos trabalhadores com a perda do poder de compra, aumento de riscos nos locais de serviço e o aumento galopante de preço dos produtos da primeira necessidade, num período em que a campanha de castanha de cajú, responsável por mais de 80 por cento das receitas públicas, corre o risco de ser um fracasso. 

O secretário-geral da CGSI-GB sublinhou que a luta dos trabalhadores consiste em definir novas estratégias capazes de melhorar as suas condições de vida, a segurança laboral e a inscrição no sistema de protecção social.

“Basta de instabilidade porque é preciso valorizar os funcionários que apesar de enormes sacrifícios e sem salário, trabalham com dedicação e abnegação dia e noite, para fazer deste país, um lugar deferente pela positiva”, afirmou Filomeno Cabral.

Aquele líder sindical afirmou que o momento é de acção, porque o país precisa de uma Administração Pública despartidarizada para dar primazia ao mérito e a competência. 

Adiantou que todos os guineenses devem unir-se à volta dos valores republicanos, enterrando o  ódio do passado para semear a paz rumo a verdadeira reconciliação.

Filomeno Cabral informou que a Guiné-Bissau em virtude da instabilidade permanente continua a situar-se na lista dos países com piores indicadores no domínio de emprego, acrescentando que este cenário ganhou amplitude após o derrube do primeiro governo, dificultando assim o desbloqueamento das verbas prometidas na mesa redonda de Bruxelas. 

Revelou que o elevado nível de pobreza que situa em 69,3 por cento em 2010 em relação aos 64,7 por cento em 2002, o baixo rendimento de 189 dólares por habitante e a fraca cobertura dos serviços sociais são entre outros indicadores referentes a situação económica e social do país.

Estes dados, de acordo com Cabral, mostra que a estabilidade é indispensável para a criação, não só de condições mínimas de trabalho e consequentemente aumento de salário que é uma obrigação de empregador, assim como de atingir performances iguais à dos países vizinhos da sub-região em termos do desenvolvimento humano.

Apesar da instabilidade que assola o país, Filomeno Cabral acredita nos melhores dias para a classe trabalhadora. 

ANG/LPG/SG

quinta-feira, 28 de abril de 2016

África



Relatórios sobre  continente citam avanços na boa governação
 
Bissau, 28 Abr 16 (ANG) -|Um fórum de Alto Nível sobre a “África que queremos em 2030, 2063 e Além” analisou, na semana passada, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) , em Nova Iorque,  as agendas de desenvolvimento do continente.

O vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, afirmou no encontro que “liderança sábia” e “espírito de compromisso” são fundamentais para transformar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável “em planos nacionais e melhorar a vida de milhões de africanos”.

Jan Eliasson lembrou que a expectativa em relação aos dirigentes africanos “é que ajam e sejam responsáveis pelas suas acções” e definiu o “empoderamento” das mulheres como “essencial” para o desenvolvimento de África. 


Os africanos, prosseguiu, devem acabar com as guerras no continente, o que exige “que governos e países se concentrem nas causas profundas e fragilidades dos conflitos”. 


Pobreza, desigualdade, exclusão, má governação, falta de trabalho decente e fluxo de armas são as motivações para as vulnerabilidades em África e a disponibilização de recursos suficientes, em termos de capacidade e de financiamento, e de ajuda ao desenvolvimento vão continuar a ser importante para os países africanos menos desenvolvidos, acrescentou.


“Os países africanos devem mobilizar melhor os recursos internos através de regimes fiscais mais eficientes e equilibrados, de mais medidas internacionais para combater a evasão fiscal e da contenção do fluxo ilícito de milhares de milhões de dólares anuais com origem nos recursos do continente”, concluiu. No mesmo fórum, o presidente da Assembleia Geral da ONU disse que “não deve ser esquecido que o mundo emerge de desafios” que incluem “crises económicas cujos erros não podem ser repetidos”. 


Mogens Lykketoft sublinhou que África “não está a começar do zero porque praticamente todos os países do continente passaram por sucessos e fracassos para cumprir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio” e exortou os africanos “a não descurar da experiência dos erros cometidos”.

Estes relatórios foram divulgados antes do ex-Secretário-Geral da ONU Koffi Annan afirmar na Etiópia que “de uma forma geral os golpes de Estado em África acabaram e os generais se mantêm nas casernas” e alertar que alguns países “estão a criar situações que podem trazê-los de volta”.


Koffi Annan, que discursava no quinto Fórum de Alto Nível de Tana sobre Segurança em África, pediu que à redução de alterações inconstitucionais na governação se junte a erradicação das políticas de exclusão “que ameaçam reverter os avanços registados no continente” e aos governantes africanos para abandonar os cargos no final dos mandatos e deixar de excluir os partidos da oposição nas eleições.

 “Nenhuma abordagem deve ser vista como uma alternativa à democracia, às eleições ou às regras parlamentares” e “as constituições e as regras do jogo devem ser respeitadas”, disse o ganense Koffi Annan. Para o Secretário-Geral da ONU entre 1997 e 2007 e Nobel da Paz em 2001, os dirigentes africanos devem criar as soluções para os problemas de África.


“Não podemos estar sempre de mão estendida e insistir que queremos ser soberanos e independentes. Devemos liderar e conseguir o apoio dos outros, que aparecem muito mais quando virem quão sérios e empenhados estamos”, sublinhou.
As dificuldades dos países membros da União Africana em pagar as quotas impedem a organização de realizar operações e programas com a eficácia que se deseja e “as preocupações financeiras prejudicam o trabalho do continente no fortalecimento da estabilidade e exigem formas criativas de financiamento”, concluiu Koffi Annan.

Um relatório da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgado na semana passada revela que, globalmente, África é o segundo continente com melhor classificação a nível da liberdade de imprensa, perdendo apenas para a Europa.


Pela primeira vez desde 2002, é referido no documento, África supera a América Latina, “fustigada pela violência crescente contra os jornalistas”. A Ásia mantém a pior classificação, segundo o relatório dos Médicos Sem Fronteiras.


Um outro relatório, apresentado na semana de desenvolvimento do continente, que decorreu este mês, em Addis Abeba, prevê um crescimento para África de 4,3 por cento este ano, e de mais 0,1 ponto percentual em 2017.


No documento é explicado que melhorias na governação em África estão entre os factores que apoiam a expansão e que o desempenho do continente “tem sido impulsionado pela lenta, mas progressiva,  diversificação da economia”, apesar do que são tidos como “fortes ventos contrários globais”.


O relatório cita progressos no desenvolvimento social com a queda de taxas de pobreza e dos níveis de desigualdade em vários países” e provas suficientes “para justificar a opção pela industrialização verde, como caminho para o crescimento e desenvolvimento inclusivo”.

África, conclui o documento, é  a região de maior urbanização a nível global, com uma expansão de 4,5 por cento ao ano, e mais da metade da população africana deve viver em áreas urbanas até 2035.ANG/JA

FARP


Restos mortais do ex-Chefe de Estado Maior da Armada sepultados hoje em Bissau

Bissau, 28 Abr 16 (ANG) – A Ministra da Defesa Nacional pediu hoje, no cemitério Municipal de Bissau aos guineenses a prosseguirem com a obra de servir a nação, como o falecido Chefe de Estado Maior da Armada, Sanhá Clussé.

Adiatu Djaló Nandigna que falava em nome do governo, no funeral de Sanha Clussé, que morreu vitima de doença prolongada, considerou este antigo oficial militar de “um homem íntegro que sempre lutou pela causa do país”.

Momento antes do funeral, o Presidente da República, José Mário Vaz presidiu, no Estado Maior General das Forcas Armadas, na fortaleza d"Amura, a cerimónia de homenagem do extinto, nas presenças, nomeadamente do Presidente do Parlamento, Cipriano Cassama, do Primeiro-ministro, Carlos Correia, e do Vice-Chefe de Estado Maior General, Mamadú Turé.

De acordo com a sua biografia, lida pelo Adjunto Chefe da Divisão Cívica dos Assuntos Sociais e Relações Públicas Militar, Anibal Sedja, o Contra-Almirante Sanha Clussé ingressou nas FARP em 1980, onde começou a desempenhar as funções do Atirador de AKM, passando por vários cargos até ao de responsável máximo da Armada guineense.

O Contra-Almirante Sanhá Clussé tinha 51 anos, casado segundo os usos e costumes e deixou  seis filhos. 

ANG/QC/JAM/SG

Caju


ACOBES denuncia fraudes na comercialização da castanha

Bissau, 28 Abr 16 (ANG) – A Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) denunciou hoje que alguns comerciantes estão a retirar determinadas quantias de arroz em cada saco de 50 quilogramas que depois trocam pela mesma quantia de castanha de caju, prejudicando  desta forma os produtores.

Em comunicado de imprensa enviada à Agência de Notícias da Guiné - ANG, A ACOBES salienta que actualmente mesmo nos mercados, os comerciantes retiram entre 3 a 5 quilogramas de arrozem cada saco de 50 quilogramas.

A ACOBES exorta aos agricultores a absterem-se da troca directa de  arroz por castanha de cajú, mas sim, pedir dinheiro em troca da castanha ou então confirmar a quantidade do arroz recebido.

De acordo com o comunicado, a organização de defesa dos consumidores pede a todos os comerciantes intermediários e aos jovens contratados para a campanha para se darem ao trabalho de passar revista aos prazos de validade do arroz antes de os colocar nas prateleiras . 

ANG/JD/JAM/SG