quinta-feira, 21 de abril de 2016

Segurança Social


Diálogo interno evita segunda vaga de paralisação 

Bissau, 21 Abr 16 (ANG) – A segunda vaga de greve inicialmente agendada para os dias 20 e 21 do mês em curso no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), já não terá lugar devido ao consenso alcançado entre o Sindicato de Base dos trabalhadores e a direcção da empresa.

Em entrevista à ANG, o Presidente do Sindicato de Base dos Trabalhadores do INSS, referiu que a intervenção de colegas funcionários e de alguns ex-directores do instituto que decidiram dialogar com o director, tendo-se conseguido ultrapassar alguns pontos de discórdia levou o sindicato a desconvocar a segunda onda de greve.

Nicásio Horta explicou que depois daquela reunião decidiu-se fazer uma acta e depois elaborar um memorando de entendimento, mais que havia dois pontos mais quentes da greve que o sindicato queria ver resolvido de imediato.

O primeiro, acrescenta Horta, tem a ver com a nomeação do director financeiro sem que seja obedecida as regras da instituição, e o segundo era a saída dos 100 milhões de francos CFA dos cofres do INSS.

O sindicalista explicou que em relação ao segundo ponto, já receberam  informações segunda as quais a direcção do INSS já enviou uma carta pedindo a devolução dos 100 milhões de francos cfa que terão sido doados como crédito.

E quanto ao segundo ponto, o sindicalista disse que decidiu-se que o  sindicato fizesse uma carta com fundamentos jurídicos mostrando as razões da contestação da nomeação pelo Director-geral do novo director financeiro.

“ Já fizemos o documento e foi entregue ontem. Agora estamos a espera do parecer do advogado do Instituto e depois ver como a situação vai ser  resolvida. Por estarmos em negociações, demos benefício de dúvida ao patronato desconvocando a paralisação prevista para ontem e hoje, e, neste momento, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), interveio nas negociações para ajudar a encontrar uma solução” disse.

Para além da nomeação do director financeiro e da retirada dos 100 milhões de francos CFA do cofre dos INSS, os grevistas ainda exigem o cumprimento da  carreira do quadro do pessoal e da decisão do Ministério Público que proibiu ao INSS de tirar dinheiro para fins alheios.

Nicásio Horta disse que não assinaram ainda nenhum memorando de entendimento com o patronato, mas está esperançado de que as negociações vão dar resultados que todos almejam, tendo pedido aos funcionários daquela casa a confiarem no sindicato. 

ANG/MSC/JAM

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