segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Política

“O Presidente da República é o fulcro da crise que se vive no país”, acusa Nuno Nabian

Bissau, 31 Out 16 (ANG) - O líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) acusou o Presidente da República de ser o principal responsável pelo impasse político que paralisa o país há mais de um ano.

Nuno Gomes Nabian
Nuno Gomes Nabian que falava no último fim-de-semana na tabanca de Tchokmon, no sector de Bula, zona norte afirmou que José Mário Vaz criou o problema  de forma desnecessária e para satisfazer seus interesses pessoais. 

Adiantou que decidiu representar a voz do povo e convidar as outras formações políticas e a população em geral para protestarem contra esses “abusos e  má governação”.

 O político apontou a dissolução do parlamento e organização de novas eleições legislativas como a única solução para a crise, ao mesmo tempo que propõe a criação de uma Comissão Ad-Doc para melhorar a Constituição da Republica e a Lei eleitoral. 

Nuno Nabian afirmou ainda que a população guineense anda a procura de alternativas para uma boa governação e deu exemplo dos populares da tabanca de Tchokmon que antes eram, quase na sua maioria, do Partido da Renovação Social (PRS), mas que agora optaram por militar-se na APU-PDGB. 

O líder de APU-PDGB disse que a sua formação política completará dois anos de fundação em Novembro, mas que já tem uma forte aderência  da população em todo o país.

O comício de Tchokmon foi marcado com a aderência ao partido de cerca de 500 pessoas. ANG/JD/AC/JAM/SG

ANP


Funcionários ameaçam boicotar abertura do ano legislativo caso não forem pagos   

Bissau, 31 Out 16 (ANG) – O Sindicato dos Funcionários Parlamentares (SINFUP), anunciou hoje que irá boicotar nos próximos meses, a sessão da abertura do ano legislativo, caso não forem pagos os dois meses de salário em atraso. 
 
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Presidente de Sindicato dos Funcionários Parlamentares, Abel Augusto Tchuda, disse  que os funcionários da ANP não recebem desde de Setembro os seus salários, enquanto que nas outras Instituições todos os funcionários já foram pagos.  

“Fomos obrigados a fazer empréstimo ao Banco, porque praticamente passamos a festa de “Tabaski” sem dinheiro”, revelou o Abel Augusto.  

De acordo com aquele sindicalista, não vão desistir com a revindicação até que o governo cumpra os seus deveres.

Abel Tchuda referiu que a ANP tem a sua autonomia administrativa e financeiro mas que na prática não funciona.
ANG/LLA/SG

Crise política



           Cidadãos nacionais se divergem quanto a proposta de solução

Bissau,31 Out 16 (ANG) – Alguns cidadãos nacionais propuseram hoje a dissolução do parlamento e formação de um governo de iniciativa presidencial como forma de ultrapassar a actual impasse político prevalecente no país.

Na auscultação feita pela ANG, outros defenderam o regresso dos  15 deputados do PAIGC expulsos do partido de maneira a por fim à crise política que paralisa vida do país há mais de ano. 

Por exemplo, o Pastor Virgulino Gomes propõe a dissolução do parlamento pelo Presidente da República e a formação de um governo de iniciativa presidencial que terá como missão organizar novas eleições, caso contrário, segundo Gomes, o país vai  continuar na situação de instabilidade governativa.  

Quanto aos três nomes que desfilam para o cargo do futuro Primeiro-ministro da Guiné-Bissau Virgulino Gomes disse que nenhum deles reúne consenso dos políticos, porque cada uma das partes envolvidas continua a defender os seus interesses e não os do povo, por isso reafirma a sua opinião sobre a dissolução do parlamento.

“Eu julgava que os políticos voltaram da República da Guiné-Conacri com uma solução para a saída da crise, mas  a situação piorou, porque o Presidente da República concluiu o processo de auscultação, mas até hoje ainda não conseguiu nomear o novo primeiro-ministro, por falta de consenso a volta do nome do futuro chefe do governo”, lamentou o eletricista Costantino Nhaga.

Em relação a dissolução do parlamento e realização de novas eleições que alguns propõe o eletricista não concorda com a  ideia, alegando que os problemas do país não se resolvem com simples eleições, porque  nenhum partido político pensa no desenvolvimento da Guiné-Bissau e na melhoria de condições dos cidadãos. 

Nhaga sugere  um diálogo permanente entre todas as forças da nação para alcançar um entendimento definitivo.

Por sua vez, Quentim Sanhá responsabiliza o PAIGC pela actual situação vigente no país há mais de um ano, devido as suas divergências internas, tendo fundamentado que esta formação política foi escolhido pelo povo para dirigir o país da melhor forma possível, mas fez tudo ao contrário.

Disse que a solução para actual crise passa pelo regresso do grupo dos 15 ao PAIGC ou escolha de outra figura independente ou seja que não pertence a nenhuma formação política.

 A estudante universitária Fatumata Seide lamentou o actual momento político do país, e disse que a situação está a piorar dia após dia, por isso pede aos actores políticos a colocarem o interesse da Guiné-Bissau em primeiro lugar.

Maria de Fátima disse que a situação está difícil pelo que o Presidente da República deve tomar uma decisão para pôr fim à crise política e permitir o funcionamento do sector do ensino, para que crianças possam frequentar as aulas.

Ela concorda com a  dissolução do parlamento e a formação de um novo governo de iniciativa presidencial que irá dirigir o país até as próximas eleições , em 2018.

Enquanto isso, a estudante universitária, Aua Camara, disse que hoje em dia pouco importa identificar quem é culpado pela crise política.

Para ela o mais importante neste momento é  encontrar uma saida para esta situação, razao pela qual apela aos actores políticos para se sentarem à mesa e  discutirem ao fundo a situaçao politica e  encontrar uma solução .  
ANG/LPG/ÂC/JAM/SG

Eleições

        Movimento da Sociedade Civil elege nova direcção no fim deste mês

Bissau, 31 Out. 16 (ANG) – O Presidente em exercício do Movimento Nacional da Sociedade Civil (MNCS), disse hoje que a organização agendou para os dias 25 à 27 de Novembro a realização do seu congresso para eleger novos corpos directivos.

Jorge Gomes
Em entrevista exclusiva à ANG, Jorge Gomes disse que agendaram para amanhã (terça-feira) o empossamento da Comissão Organizadora do referido evento magno da organização.

De acordo como o aquele responsável, cerca de 150 delegados vindos de todo o país vão tomar parte no Congresso para escolher entre os três candidatos, cujos nomes escusou-se a revelar, para dirigir os destinos da maior organização da sociedade civil no país.

O Presidente cessante do Movimento da Sociedade Civil disse que vai abandonar a liderança da organização e se dedicar a sua vida privada tendo afirmado que o seu primeiro mandato foi positivo principalmente no incremento do diálogo sobre a crise política que assola o país.

“Ser activista dos direitos humanos na Guiné-Bissau não é nada fácil, precisa-se de muita coragem e ponderação e o problema do país reflete negativamente na organização uma vez que os doadores não aprovam os projectos e os financiamentos são bloqueados em detrimento da situação política social vigente “, explicou.

Jorge Gomes disse que a direcção cessante foi infeliz no seu segundo mandato porque só trabalharam no quadro de realizações de algumas acções de formação, frisando que já tinham um plano estratégico para executar, mas que devido a situação do país não se concretizou.

“A nossa organização vive unicamente de projectos e na condição em que o nosso país se encontra, os políticos não apoiam a sociedade civil, eles consideram-na uma opositora ao regime”, explicou.

O líder do Movimento da Sociedade Civil aconselha o seu futuro sucessor a ter muita paciência e ponderação e que pactua pela defesa da população, tendo salientado que gostaria que o futuro Presidente da organização fizesse o que ele não conseguiu fazer e que o momento lhe proporcione mais meios para o fazer.
ANG/MSC/SG

Trânsito rodoviário



Diretora-geral acusa taxistas estrangeiros de conduzirem sem conhecer  ruas  de Bissau

Bissau, 31 Out 16 (ANG) – A Diretora-geral da Polícia de Trânsito afirmou hoje que muitos motoristas estrangeiros de transportes urbanos conduzem sem conhecer os itinerários da capital Bissau.
 
Em entrevista exclusiva à ANG, Elizabeth Baticã Ferreira disse que, por exemplo, os cidadãos da Guiné-Conacri que são taxistas desconhecem por completo os destinos dos passageiros por total desconhecimento das ruas e avenidas de Bissau.

Disse  ainda que há condutores de transportes urbanos “Toca-toca” que a partir das 19 horas vão aos bares e entregam carros aos seus respetivos ajudantes que conduzem sem cartas de condução, o que tem colocado em perigo a vida das pessoas.

Aquela responsável anunciou igualmente que vão fazer brevemente uma operação stop conjunta com a Direcção-Geral da Viação e Transportes para estancar essa prática. 

Explicou que os motoristas andam a trocar o documento de mão em mão, porque nele só consta o nome do condutor e mais nada, acrescentando que tinham solicitado à Direção da Viação para que as cartas provisórias contenham fotografias do proprietário das viaturas, o que infelizmente não acontece.

Elizabeth Baticã Ferreira lembrou que existe uma lei que proíbe o uso de carro com vidros escuros e que nos últimos tempos não está a ser cumprida porque continua a importação dos referidos carros.

A diretora-geral de Trânsito disse que muitos carros com vidros escuros são originais para tal não se pode proibir a viatura de circular já que foi despachado e contem todos os documentos necessários.

A propósito disse que vai tratar do assunto junto a Direção-geral das Alfândegas visando acabar com importação de carros com vidros escuros.  
ANG/JD/JAM/SG

Desporto

       Governo doa viaturas à equipa técnica da seleção nacional de futebol

Bissau, 31 Out 16(ANG) - O governo da Guiné-Bissau ofereceu, na sexta-feira, duas viaturas à equipa técnica que garantiu a primeira presença da selecção nacional de futebol na fase final de um CAN. 

Baciro Cande, selecionador principal, recebeu as chaves da Volkswagen Touareg, enquanto que a viatura ( Nissan Murano) fora colocada a  disposição de Romao dos Santos e aos restantes elementos da equipa técnica, disseram fontes do executivo.

A seleção nacional vai integrar o Grupo A do CAN-2017, juntamente com Gabão, Camarões e Burkina Faso.

A Guiné-Bissau estreia-se no torneio no dia 14 de janeiro, frente ao Gabão, país anfitrião da prova.

Na semana passada uma fonte ligada a essa equipa técnica protestou que a mesma não recebe os seus salários há sete meses.
ANG/Rádio Jovem