Pequim
anuncia perdão de dívida de 30 milhões de Dólares à Bissau
Bissau, 11 Out 16 (ANG) - A China vai conceder uma perdão de
dívida à Guiné-Bissau na ordem dos 30 milhões de dólares, revelou esta
segunda-feira, o primeiro-ministro guineense, Baciro Djá, após um encontro com
o homólogo chinês, Li Keqiang, em Macau.
"O primeiro-ministro
chinês anunciou o perdão da dívida que a Guiné-Bissau contraiu com a
China", na ordem dos 30 milhões de dólares e um donativo de mais de 15 a
20 milhões para a Guiné-Bissau", revelou Baciro Djá, aos jornalistas,
manifestando-se "satisfeito", após o encontro que descreveu como
"caloroso e fraterno".
"A China sempre foi um
país irmão e amigo da Guiné-Bissau”, realçou o primeiro-ministro guineense,
para salientar que tal anúncio surge nessa base.
Já no âmbito do Fórum para Cooperação
Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (denominado
“Fórum Macau”) -, Baciro Djá destacou que "há vários projetos a serem
assinados".
"É nesta perspectiva que nós entendemos
que a nossa visita foi coroada de êxito e é uma oportunidade, de facto, poder
estar com o primeiro-ministro da China, uma potência mundial", sublinhou.
Além disso, acrescenta o governante, “existe
a perspectiva, também de a Guiné-Bissau poder oferecer à China, através do
Fórum Macau, um mercado ao qual pertence: o da Comunidade Económica dos Estados
da África Ocidental (CEDEAO) que tem mais de 300 milhões de habitantes".
"É uma oportunidade para a China
também" poder entrar no mercado
CEDEAO e "a Guiné-Bissau pode ser uma ponte importante", argumentou o
chefe do governo guineense.
"Estamos satisfeitos e esta é a
cooperação que carateriza a Guiné-Bissau e a China, e eu penso que é uma
cooperação na base da solidariedade, de não-ingerência nos assuntos internos do
outro país, respeitando a autodeterminação e independência dos povos",
realçou.
Baciro Djá chefia uma delegação composta por
18 membros ao Fórum Macau, cuja V Conferência Ministerial, a de mais alto nível
de sempre, decorre entre hoje e amanhã.
A China estabeleceu a Região Administrativa
Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica
e comercial com os países de língua portuguesa em 2003.
No mesmo ano, criou o designado “Fórum Macau”,
que tem um Secretariado Permanente e reúne ao nível ministerial de três em três
anos.
A conferência ministerial do chamado “Fórum
Macau”, visa promover as relações económicas e comerciais entre a China e os
países de língua portuguesa".
No final da conferência ministerial vai ser
assinado, como tem sido a prática, o Plano de Acção para a Cooperação Económica
e Comercial para o próximo biénio-2017-2019.
Esta conferência internacional está decorrer
numa altura em que, sob o patrocínio da CEDEAO, os actores políticos do país,
estão reunido na República da Guiné-Conacri, para procurar um entendimento, que
possibilite a execução do acordo de 10 de setembro último que prevê,
nomeadamente a formação dum “governo inclusivo e de consenso”.
ANG/LUSA
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