sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Crise Política


  Organizações femininas da Guiné-Bissau preocupadas com a atual crise política

Bissau, 14 Out 16 (ANG) - As organizações femininas da Guiné-Bissau manifestaram-se preocupadas com os contornos imprevisíveis que tem assumido a atual crise política que se vive no país.

Através de um Memorando tornado público hoje, a porta-voz das referidas organizações Aissatú Camará Injai disse que a instabilidade político-institucional tem causado prejuízos enormes que atingem a vida social e económica do país afetando famílias inteiras e tendo maior impacto nas crianças, mulheres e jovens.

“O clima de incerteza e de precaridade inviabiliza o normal funcionamento das instituições, paralisa escolas e perturba o fornecimento de água energia elétrica. A população continua a morrer nos hospitais por falta de luz, pessoal médico e medicamentos”, lembrou.

Aissatú Injai lamentou a exclusão das mulheres no quadro do diálogo em curso, acrescentando que impede que a parte da população mais afetada pela crise, seja escutada o que compromete o bom resultado das conversações. 

A porta-voz das referidas organizações chamou atenção ao respeito do quadro jurídico-constitucional existente e das leis e regras de convivência política e institucionais como condições indispensáveis para ultrapassar definitivamente a crise e evitar outras situações similares no futuro.

 Pediu para que seja respeitada os resultados eleitorais das eleições de 2014, que dela depende a conclusão da presente legislatura, evitando a repetição de mais ciclo de transição em classe política nacional.

 Aconselhou os partidos políticos a flexibilizar as suas posições, orientando as suas estratégias pela salvaguarda dos interesses nacionais, dando oportunidade a paz e estabilidade tão almejada pelo povo guineense.

Aissatú Camará Injai solicitou a comunidade internacional, nomeadamente as Nações Unidas, a CEDEAO, União Africana e União Europeia, que têm acompanhado técnica e financeiramente o processo democrático no país que continuem a facilitar o diálogo entre os actores e responsáveis políticos do país.

Exortou a todos a respeitarem o cumprimento dos valores e princípios fundamentais a uma convivência democrática, isso passa pela vontade popular expressa nas urnas, alicerce de toda a legitimidade governativa.
ANG/JD/ÂC


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