Bissau 24 Out 16)
ANG) – O Presidente da Republica afirmou hoje que a profissão de jornalista
constitui uma actividade de elevada responsabilidade e obrigações sociais, por
isso, deve ser exercida por técnicos capacitados e conscientes do poder da
Comunicação Social.
José Mário Vaz falava
na cerimónia de abertura do Vº Encontro da Plataforma das Entidades Reguladoras
da Comunicação Social dos Países e Territórios de Língua Portuguesa sob lema: A
Regulação Editorial On line.
Disse que a sua presença
na reunião expressa o seu reconhecimento do papel particular reservado a
Comunicação Social na informação e formação de uma sociedade mais democrática
nos respetivos países.
“ Nos próximos dias,
acredito que vão ser chamados ao debate temas como auto – regulação da profissão,
o respeito escrupuloso dos códigos de ética, a independência dos órgãos, a
importância do editorial online, o impacto do alcance das notícias online, os
acontecimentos que podem gerar “disse.
De acordo com Mário Vaz,
a auto -regulação da profissão é o caminho correto para conciliar a liberdade e a responsabilidade, salientando que o sector
no país tem neste encontro uma enorme responsabilidade para troca de experiencia,
colher ensinamentos e estreitar laços de cooperação com as suas congéneres de
países da Comunidade da Língua Portuguesa.
O Chefe de Estado
frisou ainda que a liberdade de expressão e de imprensa, a semelhança das
outras liberdades, são conquistas democráticas do nosso povo que devem ser
preservadas e protegidas, pelo que a classe política, sociedade civil, mas
sobretudo os órgãos da comunicação social devem fazer o seu trabalho de forma
livre, sem serem incomodados.
O Presidente da
Republica pediu o apoio de todos os participantes na reposição da verdade dos factos,
invertendo a imagem negativa do país no exterior, com base no que vão ver e
constatar ao longo da estadia na pátria de Amílcar Cabral.
Por seu turno, o
ministro da Comunicação Social, Victor Pereira frisou que num regime democrático influenciar
a opinião publica é influenciar indiretamente o poder, o que evidencia a
necessidade de apropriação de padrões morais de conduta e de referência por
parte da comunicação social.
Acrescenta que são esses comportamentos normalizados que as instancias de regulação compete fiscalizar.
Victor Pereira referiu
que enquanto quarto poder, a média têm
uma função de exprimir a voz dos cidadãos, tendo questionado em que medida a
comunicação social é tão necessária à democracia, ou então qual o impacto que
ela tem sobre a opinião pública.
“Os jornalistas têm pois,
um poder extraordinário, constatamos, no entanto, que eles nem sempre são
independentes e podem ser influenciados pelo poder financeiro ou então sofreram
a pressão dos órgãos para os quais trabalham ou ainda dos partidos políticos
“disse.
O Presidente do
Conselho Nacional da Comunicação disse que a presença dos órgãos da soberania
no evento mostra o interesse e a preocupação que têm quanto aos desafios que o
sector da comunicação social enfrenta nesta fase em que se assistem profundas transformações nesta área essencial
da convivência colectiva.
Ladislau Embassa
lembrou que o legislador guineense, quer no plano constitucional quer no plano
da legislação estabeleceu um quadro jurídico propício ao livre exercício da
liberdade de imprensa e de expressão e que se ajusta as exigências do Estado de
direito.
“O défice de recursos
humanos qualificados e a carência de ordem técnica e financeira constituem
grandes obstáculos ao bom desempenho da Comunicação Social guineense”, afirmou.
Embassa salientou que a criação de uma instituição de
formação de qualidade para os jornalistas, bem como a adoção de um fundo para o
sector como acontece em alguns países da nossa comunidade, poderiam constituir
medidas interessantes se se quer assegurar a qualidade de informação e a
sustentabilidade dos órgãos da Comunicação nacionais.
O encontro hoje iniciado deve decorrer até a próxima quinta-feira e conta com as presenças das autoridades de regulação da
Comunicação Social dos países da CPLP.
ANG/MSC/SG
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