quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Movimento Cidadãos do Mundo



 Coordenador afirma que é urgente intervenção da ONU no país para se evitar o pior

Bissau, 06 Out 16 (ANG) – O Coordenador do Movimento Voz dos Cidadãos do Mundo (MVCM), voltou a pedir a ajuda das Nações Unidas ao país, alegando que os guineenses, sozinhos, não serão capaz  de chegar a um consenso para estabilizar e desenvolver a Guiné-Bissau.
Antônio Goia

António da Goia que falava hoje numa conferência de imprensa na entrada principal do maior mercado de Bissau, por ocasião do 1º aniversário do Movimento, disse que é urgente a intervenção da ONU no país, antes que a situação vigente se transforme em conflito armado como o que ocorreu em 2008.

“Não é bom que a Guiné-Bissau volte a entrar num novo conflito armado. Por isso estamos a pedir a gestão ou co-gestão das Nações Unidas”, exortou.

António Goia sublinhou que a recente proposta da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), e que foi assinada pelas partes em diferendo representa  uma forma de monitoramento por parte desta organização sub-regional o que a ONU podia igualmente fazer.

O Coordenador do MVCM, lembrou que as ajudas que o país recebe são provenientes de impostos de cidadãos de outros países, salientado que em vez de servirem para a construção de escolas, hospitais, os governantes utilizam-nas nas compras dos seus carros e casa de luxo deixando o povo na extrema pobreza.

Para o activista, no século XXI quem não conseguir ter paz, estabilidade, justiça, reconciliação e perdão é porque está fora do comboio de desenvolvimento.

Segundo Goia, a Guiné-Bissau está no mesmo patamar com os piores países do mundo em termos de Desenvolvimento Humano, como o Sudão do Sul, República Centro Africana, Somália e Burundi.

“Não podemos comparar hoje em dia a Guiné-Bissau com Cabo-Verde, Senegal e nem mesmo a Guiné-Conacri, porque, apesar de as pessoas dizerem que são desorganizados como nós, conseguem cumprir com os ciclos eleitorais, ao contrário da Guiné-Bissau” esclareceu.

Perguntado sobre qual será o próximo passo da organização depois de um ano de sua existência, António da Goia disse que o povo guineense tem um lenço negro amarado na cara e a sua juventude está perdido com futuro incerto.

O activista disse que já chegou o momento de os guineenses saírem a rua para exigirem os governantes a abandonarem as funções que estão a exercer porque, segundo ele, não estão à altura das funções que o povo os confiou, tendo frisado que é triste quando um país não possuir uma juventude capaz de mudar o paradigma do que vai mal.

“Uma sociedade que está em conformismo é uma sociedade que não serve e o país está doente e deve reconhecer a sua situação para que possa ser sarado esta enfermidade caduca que nos afecta à todos “realçou António da Goia.  
ANG/MSC/SG

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