Líder
do PAIGC admite possibilidades de o “Acordo
de Conacri” acabar com impasse
Bissau,17 Out 16(ANG) – O
Presidente da Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), admite
a possibilidade de o acordo de Conacri tirar o país da situação do impasse e
desbloquear as instituições e permitir a formação de um governo de inclusão.
Domingos Simões Pereira, em
declarações à RDP-África, disse contudo que não é o acordo ideal.
O referido Acordo foi assinado
no passado dia 14 do corrente em Conacri entre as partes desavindas da crise
política no país sob a mediação da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental(CEDEAO) e determina que o Primeiro-ministro seja indigitado pelo
Presidente da República.
“Digo que não é ideial
porque o ideal sempre é o partido vencedor das eleições, observando os seus
ditames internos proceder a escolha. Entende-se que, tendo em conta a própria
fragilidade das instituições na qual a CEDEAO viabilizou um acordo, que era
importante permitir que a escolha do primeiro-ministro observasse a disposição
no sentido de poder trabalhar com o Presidente da República”, explicou.
Domingos Simões Pereira sublinhou
que nessa perspeciva, o Presidente da República apresentou três propostas,
sendo uma que ele considera de figura independente, outra do integrante do
grupo dos 15 e última de militante e dirigente do PAIGC.
“Perante essas três
propostas, o PAIGC enquanto partido vencedor das eleições tem as perrrogativas
de puder escolher e já fez a sua escolha que anunciará brevemente”, informou.
Em relação ao processo de
integração dos 15 deputados dissidentes do partido, o líder do PAIGC disse que
isso fez parte do processo, acrescentando que isso deverá começar pela
recomposição da sua Bancada Parlamentar
o que irá permitir que o partido reponha a sua maioria na Assembleia Nacional
Popular.
“A partir daí espera-se que
os 15 vão respeitar a disciplina
interna, a orientação do partido que será uma parte determinante em poder
convencer os militantes e os órgãos competentes do ´partido a iniciar o
processo da sua reintegração, explicou Domingos Simões Pereira.
ANG/RDP-África
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