PAIGC declara apoio ao Augusto Olivais para novo primeiro-ministro da
Guiné-Bissau
Bissau,18
Out 16(ANG) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
vai apoiar Augusto Olivais, deputado e dirigente daquela força política, para
ocupar o cargo de primeiro-ministro, disse à Lusa fonte partidária.
Augusto Olivais |
Augusto
Olivais, 59 anos, nasceu em Bula, Guiné-Bissau, foi secretário-geral do PAIGC
durante 12 anos e, entre outros cargos, já foi primeiro vice-presidente da
Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento guineense).
Olivais
é um dos tres nomes que o Presidente da República, José Mário Vaz, deve
anunciar para dirigir um governo
inclusivo até às eleições legislativas de 2018.
Além
de Augusto Olivais, o chefe de Estado fez chegar os nomes de João Fadia,
diretor nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental, e de Umaro
Sissoko, general guineense, às negociações políticas realizadas na última
semana em Conacri - sob mediação da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO).
O
Partido da Renovação Social (PRS), maior partido da oposição, ainda não
declarou apoio a nenhum dos nomes.
No
seguimento de um acordo assinado na sexta-feira, em Conacri, o grupo de 15
deputados dissidentes deverá regressar ao PAIGC, pelo que o partido deverá
voltar a ter maioria no parlamento.
O
Presidente da República, José Mário Vaz, disse segunda-feira ser necessário que
o novo primeiro-ministro tenha o apoio necessário para poder fazer aprovar um
orçamento de Estado no parlamento - e a Guiné-Bissau ainda precisa de um para
2016, além dos cálculos para 2017.
O
chefe de Estado falava à chegada a Bissau depois de ter mantido um encontro com
o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a situação
guineense.
José
Mário Vaz disse ainda que vai promover audiências com os partidos políticos e
que espera ter o cenário político esclarecido até à posse do Presidente de Cabo
Verde, Jorge Carlos Fonseca, marcada para quinta-feira.
Depois
de escolhido o primeiro-ministro, os partidos com assento parlamentar deverão
dividir entre si as pastas governamentais, na razão dos lugares conquistados no
parlamento nas eleições de 2014, tal como definido no acordo assinado na
sexta-feira.
O
PAIGC tem maioria absoluta com 57 lugares, o Partido da Renovação Social (PRS)
ocupa 41, o Partido da Convergência Democrática (PCD) tem dois eleitos, o
Partido da Nova Democracia (PND) tem um deputado, tal como a União para a
Mudança (UM). ANG/LUSA
Sem comentários:
Enviar um comentário