Bissau,
18 Out 16 (ANG) – O porta-voz do Sindicato dos trabalhadores do Ministério das Finanças
considerou hoje de positivo o segundo dia de greve, tendo qualificado de má-fé
o incumprimento dos pontos constantes no seu Caderno Reivindicativo por parte
do Governo.
Em entrevista
exclusiva à ANG, Gregório N`bana disse que entregaram o Caderno Reivindicativo
desde o passado dia 06 do mês em curso mas que só na sexta-feira passada é que
o governo, através do Secretario de Estado do Tesouro se dignou sentar-se à
mesma mesa com o sindicato, tendo informado que só pode satisfazer os pontos que têm a ver com
as remunerações assessórias.
“O Secretário de
Estado do Tesouro garantiu-nos que os outros pontos devem ser resolvidos pelo
ministro de tutela. Mas em relação ao ponto mais importante do Caderno
Reivindicativo, que é o pagamento dos 170 milhões de francos CFA, referente ao subsídio
do mês de Abril passado nada ficou decidido”, informou.
Disse que, por isso,
o sindicato vai continuar com a paralisação e pondera avançar com uma nova interrupção
caso não for atendido até ao dia 21 corrente.
De acordo com o
sindicalista, o montante em questão já estava na conta do sindicato mas foi
emprestado ao patronato que o utilizou no pagamento de parte dos funcionários.
MBana disse que o
pagamento dessa dividida é fundamental para a suspensão da greve.
Contou que na
segunda-feira, realizaram um encontro
com o secretário-geral do Ministério das Finanças, mas que esse encontrou não produziu qualquer
efeito, “porque continuam a dizer que o referido montante vai ser pago, mais que
ainda não há dinheiro para o fazer .
“Ficamos um pouco
perplexos com está informação, porque não temos nenhum documento nesse sentido
e tudo foi feito na base de promessa oral e sem garantias.
“No passado,
assinaram um documento de garantia de
que o pagamento do referido montante seria feito a 10 de Agosto, pelo que não
seria idóneo da parte do sindicato o levantamento da greve com meras
promessas”, disse.
Gregório N´bana pediu
aos seus superiores hierárquicos para mostrarem a vontade de resolver o
diferendo, porque, segundo ele, ninguém gosta da greve, mas é a última arma dos
trabalhadores para reivindicar os seus direitos.
A greve está a ser
observada pelos sindicatos do Ministério da Economia e Finanças e da
Direção-geral das Alfândegas desde segunda-feira e vai decorrer até ao próximo
dia 21. ANG/MSC/ÂC/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário