quinta-feira, 31 de julho de 2014




Massacre de Pindjiguiti

Centrais sindicais assinalam 3 de Agosto com realização de palestras e marcha desportiva

Bissau, 31 Jul 14 (ANG) – As duas Centrais Sindicais do pais, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) vão celebrar o 55° aniversario do massacre de marinheiros no cais de Pindjiguiti com realização de uma palestra e marcha desportiva.

Em declarações exclusivas hoje à ANG, o Secretario Geral da UNTG disse que a referida palestra a ser realizada no próximo dia 1 de Agosto terá como tema, “O Papel do Movimento Sindical nos Desafios de Estabilidade Politica e Reconciliação Nacional”.

Estevão Co informou que a marcha desportiva será realizada no dia 2 de Agosto e que iniciara na Rotunda do Aeroporto e termina  na Praça dos Heróis Nacionais, e no dia 3 de Agosto, data do efeméride, sera feita a  deposição de coroas de flores no Cais de Pindjiguiti, local onde no ano de  1959 os marinheiros foram massacrados pelos colonialistas portugueses quando reivindicavam  aumentos salários .

 Estêvão Gomes Có sublinhou que a celebração do 3 de Agosto deste ano vai servir para minimizar o sofrimento dos trabalhadores guineenses e também para uma reflexão sobre o futuro da Guiné-Bissau

Por sua vez, secretário-geral da CGSI-GB, Filomeno Cabral, disse que este ano näo vai ser reivindicado o pagamento dos salários mas sim a manutenção da paz, estabilidade e promoção de dialogo entre os guineenses, com o objectivo de permitir o desenvolvimento do pais.

 “Já temos disponível 40 por cento do dinheiro necessário para a realização da festa do 3 de Agosto. Estou confiante de que até final do dia de hoje vai ser acrescentado a outra parte para que os festejos decorram da melhor forma”, declarou Filomeno Cabral.

Aquele responsável sindical disse que é necessário o diálogo permanente mas que é fundamental um Pacto Social.

O Governo e as duas centrais sindicais preveem assinar um Pacto Social para impedir ondas de greves que têm impedido o funcionamento normal de instituições sanitárias e educacionais, nos últimos anos.

O 03 de Agosto é celebrado em homenagem ao massacre de mais de 50 marinheiros que reivindicaram nessa data, em 1959, o aumento dos seus salários. ANG/AALS






Carta de Condução

Bissau e Lisboa preparam equiparação directa

Bissau,31 Jul 14 (ANG) - O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau afirmou que se tudo correr como previsto, dentro de seis meses os cidadãos guineenses vão poder conduzir em Portugal com cartas de condução do país.
 
Em conferência de imprensa realizada na quarta-feira sobre os temas tratados durante encontros mantidos no exterior nas últimas semanas, Domingos Simões Pereira disse que está a estudar com as autoridades portuguesas o reforço da capacitação das entidades que emitem as cartas de condução na Guiné-Bissau para estas passarem a ter equiparação direta em Portugal.

"Temos interesse que os nossos documentos tenham o mesmo reconhecimento que os de outras nacionalidades", referiu.

O chefe do executivo guineense sublinhou contudo que temos que reconhecer que muitos dos documentos emitidos na Guiné-Bissau carecem de alguma fiabilidade e credibilidade.

“Antes de atingirmos o ponto da equiparação, queremos reforçar a capacidade das instâncias que emitem esses documentos", prometeu Simões Pereira.
Simões Pereira disse que esse reforço incluirá o aumento da eficiência das escolas de condução, os programas ministrados e os exames.

O Primeiro-Ministro acredita que será possível resolver o assunto no prazo de seis meses.
"Estamos a discutir com o governo português o reforço de capacitação dessas instâncias" para que se possa atingir a equiparação direta dos documentos emitidos na Guiné-Bissau", concluiu.

Nesta conferência de imprensa, Domingos Simões Pereira falou também sobre a supressão de vistos de entrada de certas categorias de pessoas nos países que fazem parte da CPLP. A respeito lembrou que todos os países ratificaram este documento, excepto a Guiné-Bissau.ANG/ÂC/SG


Transporte aéreo
 
Primeiro-Ministro defende promoção de concorrência na exploração da rota Bissau/Lisboa
Bissau,31 Jul 14 (ANG) - O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau defendeu a promoção de concorrência na rota aérea Bissau-Lisboa para mudar várias situações objecto de protesto por parte de viajantes guineenses.
 
"A única forma de influenciarmos os bilhetes é promovendo a concorrência. Temos que ser capazes de pensar nisso, temos que ser capazes de criar alternativas", referiu Domingos Simões Pereira numa conferência de imprensa em que foi confrontado com queixas de clientes da companhia aérea portuguesa.

A rota é explorada há vários anos apenas pela transportadora aérea portuguesa que pratica preços consideradas exorbitantes pelos utilizadores da companhia que ainda se queixam dos horários de voos.

Os governos de Portugal e da Guiné-Bissau assinaram na segunda-feira um protocolo na área da segurança que permite à TAP reativar a rota a partir de 26 de outubro  próximo, apos sete meses de  suspensão de voos para Bissau, devido ao alegado embarque forçado em Bissau de 74 turcos para Lisboa com passaportes ilegais .

Algumas queixas colocadas se relacionam com os  preços dos bilhetes entre Lisboa e Bissau (a rondar os 1000 euros) por cada passagem de ida e volta, para uma viagem de pouco mais de três mil quilómetros, inferior a quatro horas), assim como com os horários.

Tais questões "são do âmbito estritamente empresarial. Isso compete à TAP" e o governo só pode intervir promovendo "a concorrência" no espaço aéreo, referiu Simões Pereira.

"Assinámos o acordo, mas o Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira continua em Portugal e está em reuniões de trabalho com o seu homólogo, a passar em revista um conjunto de questões", sublinhou o chefe de governo guineense.

A exploração da rota Bissau - Lisboa - Bissau "faz-se ao abrigo de um acordo aéreo" entre os dois Estados e "é por isso importante que as autoridades façam a revisão desse contrato para se poder aproximar dos padrões universais", sublinhou Simões Pereira.
 

No acordo, a exploração pertence à TAP e uma transportadora guineense, que na prática não existe.

"Ao falarmos da retoma dos voos da TAP, também estamos a falar do interesse do governo da Guiné-Bissau em exercer os direitos que lhe assistem de explorar essa mesma rota", acrescentou.

Segundo Domingos Simões Pereira, trata-se de um tema que está "na agenda" do governo, com várias opções a equacionar. ANG/Lusa



quarta-feira, 30 de julho de 2014



Direitos Humanos

LGDH promove jornadas de reflexão com jornalistas

Bissau, 30 Jul 14 (ANG) - A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) promove de 30 de Julho à 1de Agosto jornadas de reflexão com jornalistas sob o  lema “Jornalismo, Ética e Direitos Humanos”.

A iniciativa denominada de Djumbai realiza-se no âmbito do projecto Observatório dos Direitos Humanos criado pela LGDH em parceria com a União Europeia e o Instituto Camões, e visa trazer relacionamentos práticos e padrões de deontologia profissional coincidentes com preocupações de respeito aos direitos humanos.

Prevê-se que sejam diagnosticados durante as sessões de trabalho, os desafios à integridade deontológica e ética dos jornalistas guineenses, e analisados as possibilidades de criação de um Código Deontológica e Ética jornalística para os profissionais guineenses.

Na cerimónia de abertura do Djumbai, o Coordenador do Projecto Observatório dos Direitos Humanos, Vitorino Indequi aconselhou aos jornalistas guineenses a pensarem na estratégia de Direitos Humanos virada à comunidade.

Indequi ainda pediu que se  discuta a possibilidade de institucionalização  de um prémio jornalístico  de  domínio dos Direitos Humanos “como forma de incentivar mais profissionalismo”. ANG/JD
 





Viaçao automobilistica

Proibidas circulações com vidros escuros, com matriculas estrangeiras e sem matrículas

Bissau, 30 Jul 14 (ANG) -O Governo da Guiné-Bissau, através da Secretaria do Estado de Ordem Publica, voltou a anunciar a proibição de circulação de viaturas com vidros escuros ou as que não dispõe de chapas de matrículas e também as que circulam com matrículas estrangeiras.

A decisão em vigor desde terça-feira, 29 e Julho vem expressa num comunicado da Secretaria do Estado de Ordem Pública, a que ANG teve acesso.
O Governo alegou no comunicado que os veículos com vidros escuros dificultam a visibilidade de passageiros no seu interior.

 O comunicado recordou que a referida decisão saiu da reunião do Conselho de Ministros de 13 de Abril de 2000 e foi promulgado pelo ex-Presidente da República Koumba Yala, em 27 de Abril do mesmo ano.

 “O incumprimento desta medida, implica a tomada de medidas legais da parte do Ministério da Administração Interna”, avisou o governo através desse comunicado assinado pelo actual Secretario de Estado da Ordem pública, Doménico Sanca.

Não é a primeira vez que as autoridades guineenses tentam proibir a circulação de viaturas nas condições visadas. Consta que são as próprias autoridades civis e militares que não as cumprem. ANG/LPG