União Europeia disponibiliza 60 milhões de euros à Guiné-Bissau
Bissau, 17 Jul 14 (ANG) - O
presidente cessante da Comissão Europeia afirmou, quarta-feira em Bruxelas, que
a UE vai disponibilizar um pacote financeiro à Guiné-Bissau num valor de 60
milhões de Euros e a longo prazo, um envelope adicional de 105,5 milhões de
euros, no âmbito do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED).
José Manuel Durão Barroso que
falava numa conferência de Imprensa conjunta com o Primeiro-Ministro da
Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira, frisou que os apoios começarão agora a
ser programados tendo em conta as prioridades definidas pelo novo Governo
guineense.
“A comunidade internacional ajuda, mas nada pode substituir a vontade e a capacidade dos próprios guineenses para criarem condições para que o país garanta a estabilidade, paz e segurança”, observou.
Durão Barroso considerou ainda
que, após dois anos sem autoridades legítimas, as eleições legislativas e presidenciais
na Guiné-Bissau foram um passo muito importante para o futuro do país, porque o
processo eleitoral correu de forma livre, justa e pacífica.
"Estas eleições
foram um momento muito importante e espero que venham a tornar-se um momento
fundamental para uma nova Guiné-Bissau. Falta contudo muito caminho para
percorrer", disse apontando que os "desafios políticos e
socioeconómicos da Guiné-Bissau são imensos, por isso é necessário mobilizar
todos os esforços".
O ex-presidente do executivo comunitário disse que
procurou sempre "que a comunidade internacional não se esquecesse da
Guiné-Bissau", tendo mesmo falado diversas vezes com o seu amigo Ban
Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, pois "não é justo que (a
Guiné-Bissau) tenha passado por vezes despercebida, dado que a atenção
mediática foi consagrada a assuntos talvez mais espectaculares".
Asseverou
que o novo governo guineense, que precisa de "apoio urgente", pois
"a situação económica e financeira do país é débil", pode contar com
o apoio da comunidade internacional designadamente da União Europeia.
“Logo
após a tomada de posse das novas autoridades enviei para o país uma missão
especial, com serviços da Comissão e do Serviço Europeu de Acção Externa, de
modo a definir apoio à um programa urgente de recuperação", Informou.
Por seu
turno, Domingos Simões Pereira indicou que o principal propósito foi expressar
o "sentimento de gratidão" a Durão Barroso, um "amigo da
Guiné-Bissau", que, mesmo durante o período de suspensão do programa de
cooperação da UE, não se poupou "no sentido de manter a Guiné-Bissau na
agenda" europeia.
O Primeiro-Ministro agradeceu designadamente "o anúncio de todos os instrumentos" de apoio que a UE vai disponibilizar, e o facto de a União ter enviado para a Guiné-Bissau uma missão pluridisciplinar, apenas alguns dias após a sua tomada de posse (a 04 de Julho), o que entendeu como "uma manifestação de confiança", que o novo governo não quer defraudar.
Lusa
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