Promessa de
apoio à Guiné-Bissau
Bissau, 23 Jul 14 (ANG) - Os
membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) querem apoiar a
Guiné-Bissau e estão empenhadas em reunir apoios da comunidade internacional
para garantir o desenvolvimento daquele país, anunciou terça-feira o ministro
timorense dos Negócios Estrangeiros.
José Luís Guterres falava em Díli após o Conselho de Ministros dos
Negócios Estrangeiros, que antecede a X cimeira de chefes de Estado e de Governo
da organização lusófona.
"Há o interesse dos nossos
países em dar o apoio que for preciso, de acordo com os meios que cada um de
nós possuir, para que a Guiné-Bissau consolide o processo democrático,
consolide a paz e a estabilidade, condições fundamentais para o arranque e
desenvolvimento", afirmou o ministro timorense.
"Há um consenso de que
precisamos de fazer mais pela Guiné-Bissau", disse Guterres, que sublinhou
que "cada um dos países tem a sua própria conjuntura económica" e,
por isso, não se pode dizer que a CPLP "sozinha vai resolver todos os
problemas" daquele país africano.
O ministro anunciou que "há
a ideia de organizar uma conferência internacional para que os doadores dos
diversos países possam dar a sua contribuição", nomeadamente os membros da
União Europeia, das Nações Unidas, da União Africana ou da Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O governante timorense referiu
ainda que a CPLP decidiu renovar o mandato do representante especial para a
Guiné-Bissau, Carlos Moura, nomeado no início deste ano.
"Certamente ele irá, em
consonância com a União Africana e com a CEDEAO, arranjar forma de consultas
com vários intervenientes para que encontremos o apoio político e financeiro
necessário para fazermos o arranque para o desenvolvimento do país-irmão da
Guiné-Bissau", declarou.
Mais do que a possibilidade de
cada país de apoiar financeiramente Bissau, os membros da CPLP pretendem
"intervir politicamente e mobilizar outros países" para contribuir
para aquele país africano.
"O governo da Guiné-Bissau
tomou posse recentemente e precisará de algum tempo para fazer o plano
necessário para saber quais são as necessidades".
A Guiné-Bissau tem um novo
Presidente e governo eleitos, depois de mais de dois anos de autoridades de
transição, na sequência de um golpe de estado militar, em abril de 2012.
Lusa
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