sábado, 5 de julho de 2014

Novo Executivo

Novo governo não se limita ao PAIGC

Bissau, 05 Jul 14 (ANG) - O novo Governo da Guiné-Bissau liderado pelo PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que tem a maioria absoluta, inclui representantes do PRS (Partido da Renovação Social), de pequenas forças partidárias e independentes.

Entre os 16 ministros e 15 secretários de Estado do Governo liderado por Domingos Simões Pereira – cuja composição foi na tarde desta sexta-feira anunciada por decreto presidencial – está o secretário-geral do PRS, Florentino Mendes Pereira, como ministro da Energia e Indústria.

A segunda figura do executivo é Baciro Djá, que ocupará a pasta da Presidência e Assuntos Parlamentares. O ministro da Economia e Finanças é Geraldo Martins, que foi ministro da Educação entre 2001 e 2003 e quadro do Banco Mundial. Os Negócios Estrangeiros foram confiados a Mário Lopes da Rosa, membro do PAIGC e ministro das Pescas do governo de transição, que agora cessa funções.

A delicada pasta da Defesa foi entregue a uma mulher, Cadi Mané, médica militar. Carmelita Pires, do pequeno Partido Unido Social-Democrático, que se distinguiu no combate ao narcotráfico, regressa ao ministério da Justiça, cargo que havia ocupado entre 2007 e 2009.

Na campanha eleitoral, Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tinha confidenciado a intenção de incluir no Executivo políticos não pertencentes ao PAIGC, que nas eleições do passado mês de Abril elegeu 57 dos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.

“Com a minha tomada de posse começa a tocar no sentido regressivo o relógio do período que pedimos para, em quatro anos mudarmos a sorte e o destino desta nação. Que Deus nos ajude e abençoe a Guiné-Bissau”, disse na quinta-feira, quando foi empossado.

A entrada em funções do novo executivo completa formalmente o processo de regresso à democracia, após o golpe de Estado de Abril de 2012.

ANG

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