Falta de infra-estruturas na origem da crise cultural no país, diz DG
Bissau, 03 de Jul. (ANG) – O Director – geral da cultura revelou
hoje que a falta de infra-estruturas
é que estaria na origem da crise cultural na Guiné-Bissau nomeadamente Museu e Biblioteca
nacionais, Cinema, e locais para eventos culturais.
Em entrevista exclusiva a
ANG, Manuel Taborda (Nelito) reconheceu que antes do conflito político militar
de 7 de Junho de 2008 existia um Museu Etnográfico recheado de várias relíquias,
mas que, com a guerra, foram roubadas.
“Não temos lei sobre património cultural. Temos
vários bens culturais, a maioria não está inventariada, classificada e muito
menos filmados, para serem registados. Precisam de ser catalogados”, reclamou
Manuel Taborda.
O DG da cultura informou
terem elaborado leis que proíbem a pirataria e a violação dos direitos de
autores e que foram entregues ao ministro da tutela, mas que entretanto não foi
presente no Conselho de Ministros para discussão e, eventual, aprovação antes
de subir para a ANP.
Acrescentou ainda que a direcção
geral da cultura elaborou e produziu um catálogo para Museu Etnográfico, mas devido
a falta de meios financeiro ficou por concluir. “Precisamos mostrar a geração
vindoura o que existe de positivo na Guiné-Bissau.
Assim, Nelito Taborda exortou
ao governo que em breve tomará posse para restituir o espaço em que actualmente
decorrem as sessões do Conselho de Ministros para albergar o Museu Etnográfico
Nacional.
Manuel Taborda aconselhou o próximo executivo
a investir na promoção de artistas plásticos e na literatura, particularmente e
apelou-o a criar um prémio anual de incentivo para os autores.
“O prémio
iria incentivar mais obras produzidas, pois a maioria de artistas plásticos, escultores, oleiros e tecelões trabalham por conta própria”, justificou.
ANG/JD/LPG/JAM
Sem comentários:
Enviar um comentário