Guiné-Equatorial já é membro de pleno direito
Bissau, 23 Jul 14 (ANG) - Os membros da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa aprovaram hoje a adesão da Guiné Equatorial e reiteraram o apoio às
autoridades no cumprimento dos estatutos, nomeadamente quanto à "adopção
da moratória da pena de morte, até à sua abolição".
Presidente da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang Nguema |
"Aprovaram a adesão da Guiné Equatorial como Estado membro da CPLP
[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], reiterando o empenho da
Comunidade em continuar a apoiar as autoridades do país no pleno cumprimento
das disposições estatutárias da CPLP, no que respeita à adopção e utilização efectiva
da Língua Portuguesa, à adopção da moratória da pena de morte, até à sua
abolição, e demais acervo da CPLP no respectivo ordenamento interno da Guiné
Equatorial", lê-se no ponto sexto da declaração final da X Conferência de
Chefes de Estado e de Governo da organização, que hoje decorreu em Díli.
A referência à questão da moratória e abolição da pena de morte foi
introduzida por iniciativa da delegação portuguesa na declaração final, que não
foi assinada pelo Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang.
Fonte da CPLP explicou à Lusa que este país apenas assinará a declaração
final da próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo, que se realizará
dentro de dois anos.
Os membros da CPLP haviam definido condições para a adesão da Guiné
Equatorial, entre as quais o uso do português e o fim da pena de morte.
Em Fevereiro, o governo
equato-guineense anunciou a suspensão da pena de morte, mas organizações de
defesa dos direitos humanos alertaram que a decisão afectava apenas os casos já
julgados e não constituía qualquer garantia ou moratória para o futuro.
Lusa
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