quinta-feira, 31 de julho de 2014



Transporte aéreo
 
Primeiro-Ministro defende promoção de concorrência na exploração da rota Bissau/Lisboa
Bissau,31 Jul 14 (ANG) - O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau defendeu a promoção de concorrência na rota aérea Bissau-Lisboa para mudar várias situações objecto de protesto por parte de viajantes guineenses.
 
"A única forma de influenciarmos os bilhetes é promovendo a concorrência. Temos que ser capazes de pensar nisso, temos que ser capazes de criar alternativas", referiu Domingos Simões Pereira numa conferência de imprensa em que foi confrontado com queixas de clientes da companhia aérea portuguesa.

A rota é explorada há vários anos apenas pela transportadora aérea portuguesa que pratica preços consideradas exorbitantes pelos utilizadores da companhia que ainda se queixam dos horários de voos.

Os governos de Portugal e da Guiné-Bissau assinaram na segunda-feira um protocolo na área da segurança que permite à TAP reativar a rota a partir de 26 de outubro  próximo, apos sete meses de  suspensão de voos para Bissau, devido ao alegado embarque forçado em Bissau de 74 turcos para Lisboa com passaportes ilegais .

Algumas queixas colocadas se relacionam com os  preços dos bilhetes entre Lisboa e Bissau (a rondar os 1000 euros) por cada passagem de ida e volta, para uma viagem de pouco mais de três mil quilómetros, inferior a quatro horas), assim como com os horários.

Tais questões "são do âmbito estritamente empresarial. Isso compete à TAP" e o governo só pode intervir promovendo "a concorrência" no espaço aéreo, referiu Simões Pereira.

"Assinámos o acordo, mas o Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira continua em Portugal e está em reuniões de trabalho com o seu homólogo, a passar em revista um conjunto de questões", sublinhou o chefe de governo guineense.

A exploração da rota Bissau - Lisboa - Bissau "faz-se ao abrigo de um acordo aéreo" entre os dois Estados e "é por isso importante que as autoridades façam a revisão desse contrato para se poder aproximar dos padrões universais", sublinhou Simões Pereira.
 

No acordo, a exploração pertence à TAP e uma transportadora guineense, que na prática não existe.

"Ao falarmos da retoma dos voos da TAP, também estamos a falar do interesse do governo da Guiné-Bissau em exercer os direitos que lhe assistem de explorar essa mesma rota", acrescentou.

Segundo Domingos Simões Pereira, trata-se de um tema que está "na agenda" do governo, com várias opções a equacionar. ANG/Lusa



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