sexta-feira, 27 de abril de 2018

Campanha de cajú


Novo ministro do Comércio promete solução urgente para venda da castanha 

Bissau,27 Abr 18 (ANG) – O novo ministro de Comércio, Turismo e Artesanato prometeu quinta-feira uma solução urgente para a campanha de comercialização da castanha de caju do presente ano.

Segundo a Rádio Difusão Nacional, Vicente Fernandes falava a margem da cerimonia da tomada de posse do novo executivo liderado por Aristides Gomes.

Prometeu  sentar-se à mesa com todos os intervenientes do processo para a definição de uma estratégia conjunta.

“A nossa missão é cumprir com os desígnios de governação e sobretudo no sector de caju. Temos de arranjar uma solução o mais rápido possível”, garantiu o governante, tendo pedido calma as pessoas, “porque é uma situação muito preocupante para o povo em geral”. 

O ministro do Comércio disse que o assunto não se limite apenas a uma pessoa, mas que toca com o povo em geral e  com a economia em particular,

Desde a abertura da campanha de caju em Março que os agricultores têm dificuldade em vender produto a mil francos CFA por cada quilo, como estipulado pelas autoridades . ANG/LPG/ÂC/SG





Brasil


Indígenas  protestam em defesa de seus  direitos e terras

Bissau, 27 Abr 18 (ANG) – Cerca de 2.000 indígenas do Brasil marcharam na quinta-feira pela capital em protestarem contra o que classificaram como um ataque governamental sem precedentes aos seus direitos e às suas terras.
Todos os anos, em Abril, membros dos grupos indígenas do país vão a Brasília para dar voz às suas preocupações junto das instituições do poder.
Mas os líderes dizem que a sua situação se tornou mais precária desde que o actual Presidente, Michel Temer, tomou o poder, em 2016, e começou a instituir aquilo que classificaram como um recuo sistemático dos direitos e garantias aos indígenas.
Durante o “Acampamento Terra Livre” deste ano, que durou uma semana, os grupos indígenas concentraram a sua ira numa lei adoptada em Julho passado segundo a qual as autoridades só podem reconhecer como pertencentes aos povos indígenas terras que tenham sido ocupadas em 1988, o ano em que a Constituição do Brasil foi adoptada.
Os grupos indígenas argumentam que esse requisito ignora a história da expropriação no Brasil – que foi especialmente brutal durante a ditadura de 1964-1985.
Essa lei tornará impossível o reconhecimento de muitas reivindicações pendentes de terras indígenas, sustentam os activistas, e poderá mesmo ser usada para lhes retirar terras já atribuídas, o que poderá dar aso ao abate de árvores, à transformação em pastos e a outros interesses comerciais e poderá ter graves implicações para a capacidade do Brasil para proteger o seu meio ambiente e travar a desflorestação.
“Há muitas ameaças: ordens, decretos, todos os tipos de documentos que eles quiserem para reduzir as nossas terras, para não reconhecer as nossas terras”, disse Megaron Txucarramae, membro da tribo Kayapo, que marchou hoje pela capital.
Juntaram-se-lhe cerca de 2.000 outros índios – muitos usando chapéus com penas, as tradicionais saias de erva e pinturas faciais e corporais.
Alguns grupos dançaram pelas ruas, enquanto cantavam, batiam em tambores e agitavam maracas.
Em frente ao ministério da Justiça, um grupo de pessoas estava deitado sobre uma bandeira brasileira junto a uma faixa em que se lia: “Fim ao Genocídio Indígena”.
Outros pintaram uma faixa de uma via central de vermelho, chamando-lhe “rasto de sangue” e afirmando que representava a violência contra o povo indígena.
“Nunca, nos últimos 30 anos, o Estado brasileiro optou por uma relação tão completamente adversa aos direitos do povo indígena”, declarou a Coligação do Povo Indígena do Brasil num comunicado, no início desta semana.
Lusa/Fim

Justiça


Polícia Judiciária incinera mais de doze quilogramas de cocaína

Bissau,27 Abr 18(ANG) - A Polícia Judiciária(PJ)  incinerou  quinta-feira, doze quilogramas e meio (12,59 kg) de cocaínas, noticiou o jornal O Democrata.

Segundo o jornal que cita uma fonte da PJ, a  apreensão, resultou de várias operações desencadeadas, entre 2017 e 2018 pela polícia da investigação criminal guineense, essencialmente, por mulas provenientes do Brasil e Portugal.

Em declarações à jornalistas, Juscelino Pereira, Diretor Nacional da Polícia Judiciária, nega que a quantidade apreendida seja prova de que a Guiné-Bissau é cada vez mais procurada como rota para tráfico de drogas.

“Constatamos que há uma verdadeira mudança de rota”, confirma, justificando que são “números incomparáveis” com os outros países [mais alto], adiantando que as estatísticas anteriores mostram que o nível do controlo da droga evoluiu e está a ter eficácia.

“ A quantidade apreendida e incinerada é resultado da performance da PJ, por isso se chegou a esse número que parece até ser volumoso, mas na realidade não é”, disse Juscelino Pereira.

O Director da PJ disse que, em termos operativos, faltam muitos meios à esta instituição, que para além do  Aeroporto de Bissau,  está a vigiar também outras fronteiras, nomeadamente, a terrestre em colaboração com as outras forças que intervém nesse setor.
“A restrição orçamental não permite  a Polícia Judiciária fazer novos recrutamentos, mas com o dimensionamento estrutural da instituição vamos estar em condições de pôr em marcha esse plano tanto na área administrativa como na operacional”, sublinha.

Sem precisar a quantidade, anunciou que na próxima semana a PJ vai incinerar “lamba” apreendida por outras forças em diferentes pontos do país.

O diretor nacional da PJ, anunciou na ocasião  que a nova sede da Polícia Judiciária em Bubaque pode ser inaugurada em Junho deste ano.

 ANG/O Democrata