Presidente
da República nomeia Aristides Gomes novo PM
Bissau, 17 Abr 18 (ANG)
– O Presidente da República nomeou hoje Aristides Gomes como novo
primeiro-ministro a quem cabe formar um governo inclusivo cuja missão principal
será a realização das eleições legislativas no decurso deste ano.
Horas antes, José Mário Vaz havia tornado
publico um outro decreto que exonerou o até aqui Primei-ministro, Artur Silva.
Antes da nomeação de
Aristides Gomes, o Chefe de Estado reuniu separadamente com os cincos partidos
políticos com assento parlamentar, nomeadamente o Partido União para Mudança (UM), Partido Nova Democracia (PND), Partido da Convergência
Democrática (PCD), Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido Africano para
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
A saída ,o líder do PND,
Iaiá Djaló disse que para o seu partido qualquer solução para a saída da crise
é bem-vinda, e manifestou sua concordância com a escolha feita em Lomé.
Questionado se a sua
formação política vai integrar o novo executivo respondeu positivamente e
justificou que o PND é um dos subescritores do Acordo de Conacri.
Já o presidente do PCD,
Vicente Fernandes disse esperar que o novo primeiro-ministro tenha autonomia e
independência na escolha dos elementos que irão engrossar a sua equipa
governamental.
O líder da bancada do
PRS, Certório Biote disse que os renovadores vão cumprir todas as decisões saídas na reunião
extraordinária de Lomé, porque querem a paz para a Guiné-Bissau.
Para o presidente do
PAIGC, o encontro foi cordial e o Chefe de Estado deu-lhes a conhecer sobre as
diligências que está a tomar na sequência das resoluções da cimeira
Extraordinária que teve lugar em Lomé /Togo, a fim de cumprir os compromissos
assinados.
Domingos Simões Pereira
revelou ter deixado garantias ao Presidente da República de que o PAIGC vai
prosseguir com a decisão de reintegração e de reconciliação com os “dissidentes“.
Para on presidente do
PAIGC, a cimeira Extraordinária da CEDEAO foi uma oportunidade que se abriu
para a Guiné-Bissau .
Simões Pereira lamentou
por outro lado o facto de a presente legislatura,
que chamou de “infeliz”, ter terminado em vão, e exortou para “tirarmos ilações”
para um desempenho mais positivo no futuro.
Questionado se o forte abraço com José Mário Vaz em Lomé
simboliza o reatar de novas relações respondeu que sim acrescentando que espera
que seja um apaziguar de um ambiente que considerou de infeliz e desnecessária,
“porque os atores políticos são escolhidos pelo povo e devem traduzir as suas
aspirações em coisas concretas”.
Disse que a atitude de
José Mário Vaz mostra um gesto dirigido
ao povo guineense no sentido de maior aproximação.
ANG/JD/JAM/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário