Macron diz ter
provas de ataque químico por parte do regime de Assad
Bissau,13
Abr 18 (ANG) – O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que dispõe
de “provas” de que o regime de Bashar al-Assad utilizou armas químicas num
ataque contra a localidade rebelde síria de Douma, na semana passada.
“Estamos
na Síria para lutar contra o terrorismo, contra o Daesh [acrónimo árabe para o
Estado Islâmico]. Foi na Síria que organizaram os atentados. As diferentes
guerras em curso não permitem que se faça de tudo. Temos provas de que, na
semana passada, foram utilizadas armas químicas por parte do regime de Bashar
al-Assad”, disse hoje o Presidente francês, numa entrevista à televisão TF1.
Macron
disse ainda que a França tomará decisões “em tempo oportuno”.
Anteriormente,
o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, tinha dito
que Macron iria decidir sobre um eventual ataque contra a Síria nos próximos
dias.
Para
a França, recordou Le Drian, o uso de armas químicas representa “uma linha
vermelha”.
“Tomaremos
decisões em tempo oportuno, quando as considerarmos mais úteis e mais
eficazes”, disse Macron.
Ainda
à TF1, Macron disse que é preciso “lutar contra os terroristas até ao fim”.
“Devemos
assegurar que o direito internacional é respeitado e tudo fazer para que haja
um cessar-fogo”, salientou.
Sobre
os direitos humanos na Síria, Macron sublinhou que “é preciso apoiar as ONG que
ajudam as populações no terreno”.
“Para
que nunca mais vejamos as imagens dos crimes que vimos, com crianças e mulheres
prestes a morrer sufocadas”, declarou ainda o chefe de Estado francês.
Também
assegurou que será “necessário preparar a Síria de amanhã”, com uma “transição,
um regime livre onde todas as minorias sejam respeitadas”.
“Só
isto pode trazer paz”, concluiu.
Macron
revelou ainda que tem falado ao telefone com o seu homólogo russo, Vladimir
Putin, o maior aliado do regime de Damasco.
“Falamo-nos
regularmente. O mundo é caótico, há situações inaceitáveis”, disse Macron,
citado pelo jornal parisiense Le Monde.
“Em
caso algum a França deixará que ocorra uma escalada, ou o que quer que seja que
possa pôr em perigo a estabilidade da região. Não podemos deixar actuar regimes
que pensam poder fazer tudo”, concluiu.
ANG/Inforpress/Lusa
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