quinta-feira, 26 de abril de 2018

Política


CPLP saúda acordo sobre novo primeiro-ministro 


Bissau, 25 Abr 18 (ANG) - A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) destacou segunda-feira que «os principais atores políticos» da Guiné-Bissau tenham chegado a um entendimento para a nomeação do novo primeiro-ministro.

«Estamos a seguir com muita atenção a evolução da situação. Saudamos o facto de os principais atores políticos terem chegado a um entendimento», afirmou  à Lusa Maria do Carmo Silveira.

A comunidade lusófona destaca o facto de o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter nomeado um primeiro-ministro – Aristides Gomes – «que resulta do consenso de todas as partes envolvidas no conflito» e de ter sido possível «retomar os trabalhos da Assembleia Nacional».

Questionada se a CPLP pode colaborar com as autoridades guineenses neste processo, Maria do Carmo Silveira respondeu que a organização «sempre esteve disponível para apoiar a classe política guineense para construir pontes que pudessem levar a um entendimento», mas lembrou que «qualquer intervenção deve ser feita a pedido da Guiné-Bissau».

«Estamos satisfeitos por verificar que esta ponte está a ser construída. Esperamos que seja para valer», comentou.

O Presidente guineense nomeou na semana passada o sociólogo Aristides Gomes, 63 anos,  para chefiar um Governo inclusivo, que terá como missão a realização de eleições legislativas, marcadas nesse mesmo dia para 18 de novembro deste ano.

Esta decisão resultou das negociações promovidas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para encontrar um mecanismo que pusesse fim definitivo à crise política que afeta a Guiné-Bissau há cerca de três anos.

Aristides Gomes é assim o sétimo primeiro-ministro nomeado por José Mário Vaz, eleito Presidente da Guiné-Bissau em 2014.

Sociólogo formado em França, Aristides Gomes, dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de que chegou a ser primeiro vice-presidente, vai liderar um Governo que terá a missão de organizar eleições legislativas.
ANG/Lusa

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