Bissau,11 Abr 18 (ANG) - O economista guineense
Santos Fernandes afirmou segunda-feira que a avaliação positiva do Fundo
Monetário Internacional à Guiné-Bissau é "extemporânea" e que a população ainda não sentiu o impacto do
crescimento económico.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou segunda-feira que o défice orçamental da Guiné-Bissau baixou de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, para 1,5% em 2017 e que o crescimento económico deverá situar-se nos 5,9%.
"É uma avaliação positiva, mas extemporânea pela conjuntura que o país vive. Extemporânea porque quando se fala de crescimento económico cria-se expectativa a nível político e social", salientou. Para Santos Fernandes, quando se fala em crescimento económico é preciso ter em consideração o bem-estar da população.
"O próprio conceito do crescimento económico está muito ligado ao conceito do PIB, mas esse crescimento do PIB tem uma outra variável que é a renda 'per capita'. Portanto, quando o PIB cresce é expectável que esse crescimento também albergue o rendimento 'per capita'. Essa avaliação é positiva do ponto de vista do FMI, mas é extemporânea e não condiz com a realidade em termos reais", disse.
Segundo Santos Fernandes, o crescimento económico deve ser acompanhado com o aumento da qualidade de vida da população. "Continuamos a ter uma economia que consegue pagar salários, sim senhor, mas não consegue resolver outros problemas, não há investimento. Não se pode falar em crescimento, quando não há investimento em infraestruturas", disse.
Para exemplificar, o economista recordou o crescimento registado na Guiné-Bissau entre 2009 e 2011 que variou entre 5 e 6% e que teve impacto na vida da população com a melhoria de algumas infraestruturas.
"Já não se compara com o crescimento atual. Os números podem ser iguais, mas em termos reais, da economia real, daquela economia que costumamos chamar de panela de comida lá em casa já não é igual", disse.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou segunda-feira que o défice orçamental da Guiné-Bissau baixou de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, para 1,5% em 2017 e que o crescimento económico deverá situar-se nos 5,9%.
"É uma avaliação positiva, mas extemporânea pela conjuntura que o país vive. Extemporânea porque quando se fala de crescimento económico cria-se expectativa a nível político e social", salientou. Para Santos Fernandes, quando se fala em crescimento económico é preciso ter em consideração o bem-estar da população.
"O próprio conceito do crescimento económico está muito ligado ao conceito do PIB, mas esse crescimento do PIB tem uma outra variável que é a renda 'per capita'. Portanto, quando o PIB cresce é expectável que esse crescimento também albergue o rendimento 'per capita'. Essa avaliação é positiva do ponto de vista do FMI, mas é extemporânea e não condiz com a realidade em termos reais", disse.
Segundo Santos Fernandes, o crescimento económico deve ser acompanhado com o aumento da qualidade de vida da população. "Continuamos a ter uma economia que consegue pagar salários, sim senhor, mas não consegue resolver outros problemas, não há investimento. Não se pode falar em crescimento, quando não há investimento em infraestruturas", disse.
Para exemplificar, o economista recordou o crescimento registado na Guiné-Bissau entre 2009 e 2011 que variou entre 5 e 6% e que teve impacto na vida da população com a melhoria de algumas infraestruturas.
"Já não se compara com o crescimento atual. Os números podem ser iguais, mas em termos reais, da economia real, daquela economia que costumamos chamar de panela de comida lá em casa já não é igual", disse.
ANG/LUSA
Sem comentários:
Enviar um comentário