sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Boicote na TGB



Funcionários reúnem com governo para discutir levantamento ou nao 

Bissau, 29. Set. 17 (ANG) – Os jornalistas e os técnicos da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), reúnem esta tarde, a pedido do Ministério da Comunicação Social, para deliberar se levantam ou não o boicote a cobertura das actividades dos partidos políticos.

Em declarações a ANG, o Presidente do Sindicato de Base desta estação pública, Francisco Indeque, afirmou que o Ministro da Comunicação Social será representado neste encontro pelo seu Chefe do Gabinete.

De acordo com sindicalista, na reunião de 26 deste mês, a “maioria esmagadora” dos trabalhadores da TGB subscreveram um abaixo-assinado para exigir o governo, o “fim da censura na Televisão”. 

Por isso, acrescenta Indeque, no dia 27 enviaram uma carta ao Ministério da tutela, em que deram “ultimato de 24 horas” para acabar com a proibição de emissão nos noticiários de actividades e acções de certas formações políticas.

Entretanto, segundo o Presidente do Sindicato de Base da TGB, com a “ausência de resposta” da parte do Governo, o boicote entrou em vigor a partir das dez horas de ontem.

“Todos trabalhos agendados e cobertos pelas equipas de reportagem devem sair, sob pena de colocar mal os profissionais de comunicação social em causa”, defende, tendo apontado como exemplo a proibição de emissão, por parte do Ministro da tutela, das peças noticiosas do PAIGC e APU-PDGB alusivas ao dia da independência nacional.

Na sua declaração sobre o assunto, o Ministro da Comunicação Social, Victor Pereira, refutou tudo afirmando que não existe censura nos órgãos da informação no país.

ANG/QC/JAM

Politica


ANP considera indigna interpretação da Constituição feita pelo Presidente da República

Bissau 29 Set 17 (ANG) - O Gabinete de Imprensa do Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) considera indigna a interpretação que o Presidente da República fez da constituição da Republicano, no discurso que proferiu por ocasião de 24 de Setembro.

Segundo o comunicado de imprensa ANP datada de 28 do mês em curso e a que ANG teve acesso, o facto projecta a sua clara intenção de confundir e distorcer o real sentido dos preceitos constitucionais para fazer a defesa da sua causa.

O comunicado acrescenta que estas declarações revelam o seu desconhecimento da Constituição que lhe impõe velar pelo normal funcionamento das instituições e garantir a sua correta aplicação e não pelo seu desrespeito, ao ponto de pôr em causa a estabilidade e princípio de separação de apores.

“Tais afirmações elucidam a grande aberração, descaramento e incompetência de quem está ávido e mórbido para implementar a ditadura num país que se libertou do jugo colonial”, escreve o documento.

Sobre a escolha do primeiro-ministro evocado pelo chefe de Estado no seu discurso por ocasião do dia 24 de Setembro em Gabu, a nota esclarece que isso cabe aos partidos políticos sufragados na urna e em primeira linha aquele que obtiver a maioria parlamentar com responsabilidade de garantir a estabilidade governativa.

Por outro lado, a nota informa ao Chefe de Estado José Mário Vaz de que no parlamento não existem sensibilidades, mas sim deputados oriundos de partidos políticos e organizados em bancadas, segundo as filiações partidárias e que agem conforme as estratégias e orientações das respectivas bancadas.

O gabinete de Imprensa da ANP disse que a Constituição não ordena o Presidente a auscultação dos deputados e grupos parlamentares para nomeação do primeiro-ministro, mas sim os partidos políticos com assento parlamentar.

“O Presidente tenta várias vezes ser omnipotente e omnipresente, um ditador, um compulsivo adversário da verdade e um divisionista convicto, que recorre ao seu persistente e perigoso desequilíbrio ou deriva mental para desestabilizar e desunir os guineenses”.

Segundo o gabinete de imprensa é desta forma que despoletou e sustentou a crise, cujas responsabilidades sacode de si, para à Assembleia Nacional Popular.

A abertura do plenário da ANP depende, segundo o documento, do entendimento dos partidos políticos com representação no parlamento, enquanto que a saída para actual crise política passa pela implementação efectiva e imediata dos acordos de Bissau e de Conacri.

No comunicado, a ANP disse que em nenhum momento da actual crise a ANP constituiu factor de bloqueio e instabilidade, antes pelo contrário apresentou propostas de soluções para saída equilibrada e consensual.

 E reafirma a sua total disponibilidade de continuar a trabalhar e colaborar com as iniciativas que visam retirar o povo guineense deste “imerecido sofrimento em que foi votado”, através do Acordo de Conacri.

ANG/LPG/JAM


  



quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Saúde Animal



Serviços veterinários lançam campanha de vacinação de caês e outros animais de estimação

Bissau,28 Set 17(ANG) – A Direcção Geral da Veterinária lançou hoje a campanha nacional de vacição de cães e outros animais de estimação como gatos, macacos etc, subordinado ao lema”Juntos Contra a Raiva”.

Em declarações à imprensa, o director de serviços veterinários afirmou que a campanha de vacinação de animais com a duração de um mês, enquadra-se no âmbito da celebração do Dia Mundial de Luta contra Raiva que se comemora hoje dia 28 de Setembro.

Ivo Mendes disse que a Guiné-Bissau como país membro da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) não podia ficar indeferente sem assinalar a efeméride.
“Lançamos a primeira campanha de vacinação gratuita de caês no ano 2015 em que conseguimos vacinar 12 mil caês ao nivel nacional e no ano seguinte com o final do projecto financiado pela UEMOA resolvemos instituir um preço simbílico de 100 francos CFA por cada cão”, explicou.

Aquele responsável disse que no presente ano, resolveram subir para 1500 o preço de vacinação de cada animal devido a falta de meios para aquisição de materiais.

“Portanto a raiva é uma doença que não tem cura. Quando uma pessoa foi mordida por um cão deve imediatamente recorrer aos serviços veterinários mais próximo para receber orientações de como pode salvar a sua vida”, explicou.

Ivo Mendes apelou a população em geral para aproveitarem a campanha em curso para vacinarem seus animais caso contrário depois dela, o preço de cada vacina subirá para cinco mil francos CFA.

ANG/ÂC


Artesanato



Profissionais clamam pelo apoio de governo

Bissau, 28 Set 17 (ANG) – Os artesões da Guiné-Bissau lamentaram hoje a falta de apoio de governo no desenvolvimento das suas actividades artesanais, nomeadamente de esculpir. 
 
Ouvidos pela ANG, Mamadú Baldé, um dos escultores criticou o executivo por nunca ter disponibilizado nada e muito menos ter mostrado algum interesse ao sector. 

“São Já quinze anos que trabalho nesta área e nunca vi ou ouvi dizer que o governo prestou sua ajuda nisto ou naquilo”, sublinhou Mamadú Baldé tendo realçado as dificuldade por que passam os seus colegas de profissão na aquisição de matérias-primas para a execução das suas actividades.

“Conseguimos os troncos de madeira das mãos dos nossos irmãos da Guine-Conacri a preços de 1.500 FCA, 3000 FCA, e 5000 FCA”, lamentou Balde.
Questionado sobre se conseguem tirar lucros que compensa o dinheiro investido aquele artista respondeu afirmativamente.

Entretanto, o artesão Calilo Fati destacou que o governo da Guiné-Bissau devia apoiar o sector de artesanato, porque, na sua opinião, o mesmo possui grande importância e pode trazer vantagens para o país.

De acordo com aquele transformador de bonecos de pau, com o incêndio do  Mercado Central em 2006 sofreram grandes prejuízos, acrescentando que o governo na altura visitou o local, e fez o levantamento dos seus danos, mas até agora não houve nenhum reembolso da parte do executivo tal como havia prometido.

Calilo Fati criticou o executivo por apenas preocupar-se em cobrar o imposto aos artesões, mas nada faz para criar condições favoráveis no sentido de poderem trabalhar em condições adequadas.

De salientar que os entrevistados foram unânimes em admitir a possibilidade de criação em breve da associação da classe por forma a estarem mais aptos a beneficiar de financiamentos através de projectos que irão elaborar.

ANG/LLA/ÂC
                 

           

Crise Política



Embaixador dos EUA elogia Forcas Armadas guineenses por permanecerem fora de política

O novo Embaixador dos Estados Unidos da América para a Guiné-Bissau com residência no Senegal, Tulinabo Mushingi, diz ter ouvido dos atores políticos que é necessário impulsionar o processo da resolução da actual crise política.

O diplomata americano, que se encontra de visita ao país, defendeu que a solução da crise política está nas mãos dos guineenses, desafiando todos a se sentarem na mesma mesa para discutirem e encontrarem a solução do actual impasse. “Nós não podemos impor, interpretar nem dar os detalhes da solução para a crise política”, disse o embaixador.

Tulinabo Mushingi adiantou que uma vez acordada, por via de consenso, uma solução para a saída da crise, os Estados Unidos da América e a Comunidade Internacional estarão “prontos” para desempenhar o seu papel no apoio à implementação da proposta de solução.

“Só através de uma proposta liderada pelos guineenses, o país poderá alcançar um futuro estável e próspero” insistiu o diplomata. 

Esta terça-feira, 26 de Setembro, em conferência de imprensa, o Embaixador Tulinabo Mushingi informou que, durante os encontros separados que mantive com jovens, empresários, líderes da sociedade civil, militares, camponeses, líderes religiosos, jornalistas, às questões relacionadas com o futuro da Guiné-Bissau. 

Segundo o embaixador a juventude mostra-se preocupada quanto aos recursos da Guiné-Bissau que dizem estão em risco de serem dilapidados devido a interesses políticos e agendas pessoais.

“Elogiei o engajamento e determinação das Forças armadas por terem permanecido fora da arena política do país” realçou o diplomata.

Para o embaixador norte-americano, a Guiné-Bissau é um país com enormes potencialidades que devem ser aproveitadas pelos guineenses.

“Vê-se claramente as potencialidades do país. O desafio do país deve agora, ser em transformar essas potencialidades em oportunidades de desenvolver a Guiné-Bissau” insistiu, informando que o seu país estuda a possibilidade de trabalhar com a Guiné-Bissau para desenvolver as potencialidades agrícolas de que o país dispõe para o bem dos guineenses e dos Estados Unidos da América.

ANG/E-global