“A Guiné-Bissau pode desenvolver com agricultura sem
necessidade de explorar seus recursos naturais”, diz José Mário Vaz
Bissau, 11 Set 17
(ANG) – A agricultura pode projectar a Guiné-Bissau na senda do desenvolvimento
sem necessidade de exploração do seu petróleo, bauxite, fosfato e outros
recursos naturais, garantiu este fim-de-semana o Presidente da República.
José Mário Vaz falava
a imprensa no final de um périplo agrícola que o levou as bolanhas do interior
do pais, nomeadamente Cumebu e Cubumba, ambos no sector de Catio na região de
Tombali, bem como as de Ndjassan e Nhacoba em Quinara.
Antes, a comitiva
presidencial esteve na localidade de Dara e Porto de Fulamory, ambos no sector
de Pitche, região de Gabu, bem como visitou o campo de produção de bananas,
ananás e outras frutas propriedade do agricultor guineense, Joaquim Lobo de
Pina.
“Temos todas as
condições de viver felizes sem tocarmos nos recursos naturais”, disse o chefe
de Estado referindo-se as condições climatéricas de que dispõe o pais e tomando
em conta a sua dimensão em termos de quilómetros quadrados.
José Mário Vaz vincou
que, por quilo que viu em termos de potencialidades agrícolas durante os dois
dias que esteve nas regiões, chegou a conclusão de que o pais pode projectar-se
rapidamente na senda do desenvolvimento sem necessariamente tocar nos seus
outros recursos.
Para tal, pediu que
haja entendimento entre os guineenses como factor mais importante, tendo
evocado Amílcar Cabral que dizia que apenas na unidade é que se podia ganhar a
luta de libertação nacional. “Portanto, só na unidade também eh que poderemos
vencer a luta pelo progresso”.
De acordo com o
estadista guineense já eh hora de se por de lado as divergências político/sociais
e unir-se para desenvolver o pais, com base na inteligência de cada um e tendo
por suporte o projecto “Mon na Lama”.
“Entretanto, quem não
quiser seguir a nossa caravana rumo ao progresso que deixe de nos incomodar”,
advertiu justificando que, para já, ninguém mais pode fazer o pais regredir,
pois “ o desenvolvimento da Guiné-Bissau já arrancou”.
De acordo com o
Presidente, com a actual dinâmica do Mon na Lama todos acabarão por aderir-se
ao mesmo e, por conseguinte, o projecto vai resgatar o respeito que cabe a
Guiné-Bissau no concerto das nações.
Justificou a sua
deslocação com a necessidade de constatar in-loco da situação no mundo rural e
prometeu fazer uma avaliação real para depois determinar os apoios de que
necessitam os camponeses.
Outrossim, o Chefe de
Estado apelou aos agricultores a aproveitarem os espaços disponíveis para
produzirem mais, pois, a dada altura da sua visita, mostrou-se descontente com
o facto de em certas bolanhas com capacidade de até 500 hectares, os
agricultores locais terem produzidos apenas 25.
Integraram esta
missão presidencial do projecto de relançamento da produção agrícola denominado
“Mon na Lama” os ministros da Agricultura e do Interior, respectivamente
Nicolau dos Santos e Botche Cande, além da representante residente do Fundo das
nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e técnicos agrícolas.
ANG/JAM
Sem comentários:
Enviar um comentário