EUA anunciam 335 ME de apoio a Moçambique para combate à Sida em 2018
Bissau, 13 Set 17 (ANG) - Os Estados Unidos da
América anunciaram terça-feira a atribuição de um apoio de 400 milhões de
dólares (335 milhões de euros) para combate à sida em Moçambique em 2018.
Uma das metas consiste em aumentar em 40 por cento
o número de pessoas com HIV em tratamento anti-retroviral.
O "nosso objetivo comum nos próximos doze
meses é registar 375.000 pessoas com o HIV nos serviços de cuidados e
tratamento. Isso significa que, até final de 2018, 1.262.000 moçambicanos que
vivem com HIV estarão em tratamento", anunciou Dean Pittman, embaixador dos EUA em Maputo.
O diplomata falava durante uma cerimónia conjunta
com o Ministério da Saúde moçambicano para assinalar a atribuição do apoio no
âmbito do Programa do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para
o Alívio da Sida (PEPFAR).
"O objetivo principal de PEPFAR Moçambique é
apoiar os esforços dos países para alcançar o controle da epidemia do HIV até
2020", acrescentou.
O plano para o próximo ano prevê também uma aposta
em medidas de prevenção junto de grupos de risco e garantir que "todas as
mulheres grávidas e lactantes conheçam o seu estado serológico para prevenir a
transmissão da doença para recém-nascido", referiu o diplomata.
As ações vão dar especial atenção à província
central da Zambézia que, de acordo com os dados oficiais, tem o maior número de
pessoas infetadas com HIV e a menor cobertura de tratamento.
O índice de HIV/Sida em Moçambique aumentou de 11,5
por cento, em 2009, para 13,2 por cento, em 2015, de acordo com dados do
Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e HIV/sida (Imasida), divulgados
em março deste ano pelo Governo moçambicano.
O relatório do programa da ONU para o combate à
Sida (Onusida), publicado em julho, indica que 54 por cento das pessoas que
vivem com o vírus no país estão em tratamento e 61 por cento dos infetados têm
conhecimento do seu estado.
Segundo o documento, Moçambique está entre os sete
países da África Oriental e Austral que concentram 50 por cento das novas
infeções que ocorreram entre 2010 e 2016 e que nesse período atingiram 790 mil
pessoas.
Em agosto, o Conselho de Ministros de Moçambique
anunciou o compromisso de, até 2020, reduzir as mortes por VIH/sida em 49 por
cento e a transmissão sexual do vírus em 50 por cento.
ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário